domingo, 31 de outubro de 2010

Fim de tarde no Taim

Algumas vezes, as viagens nos trazem gratas surpresas que não foram planejadas. Retornando do Uruguai pelo Chuí, passamos no final de tarde pela Reserva do Taim e captamos o momento da foto ao lado.

Até onde sei não existe um roteiro de visita turística ecológica à reserva, pois o objetivo principal é proteger o ecossistema e estudá-lo. Mas se você desacelerar e parar no acostamento (não existem muitos pontos de parada e, em tese, a velocidade máxima é de 60Km, embora poucos respeitem), vai conseguir ver capivaras, muitas aves, tartarugas e, quem sabe, até jacarés.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

La Paloma

La Paloma é um balneário uruguaio feito para famílias, localizando-se cerca de 228 Km norte de Montevideo e 689 Km sul de Porto Alegre. Digo que foi feito para famílias porque é um lugar tranquilo, com algumas praias de mar calmo e outras de mar mais agitado, próprias para surfistas.

Para chegar a partir do Brasil, deve-se pegar a BR 471 até chegar ao Chuí, dali pegue a rodovia 9 até Rocha e depois continue 28 quilômetros pela rodovia 15 até chegar a La Paloma.

O lugar é calmo, mas tem alguns restaurantes e um pouco de comércio. Fora de temporada, não existem muitas opções de hospedagem, mas há pelo menos dois hotéis, facilmente visíveis do centro: o Bahia  e o Viola. O point, fora da estação, pareceu ser uma sorveteria, a única aberta em outubro.

Existem duas principais atrações, fora a praia: subir no farol e observar as baleias. O farol, com seus 143 degraus, é a construção que mais aparece quando você chega ao lugar. Vale a pena a visita, pois a vista lá de cima é incrível.

A outra atividade é procurar as baleias. Nós as vimos pela primeira vez nos molhes do porto. Parecia haver 2 ou 3 nadando para o sul. As fotografias não ficaram muito boas, mas elas estavam lá (tente encontrá-la na foto ao lado). Disseram-nos que a espécie de baleias encontrada por ali é a franca austral, diferente das baleias encontradas no Brasil. Aliás, os molhes são bastante visitados nas tardes de domingo tanto para pesca, como para observação das baleias.

Sobre as praias, existem as de mar mais calmo, localizadas mais próximas da bahia e do farol (mais a esquerda do farol) e as de mar mais agitado. La Pedrera, point de surfistas é uma parte de La Paloma, tem um povoado próprio, mas é minúscula. Passamos por lá em um mês de janeiro anos atrás e agora, em outubro. Posso dizer que em janeiro é quase inviável transitar nas ruas estreitas, mas em outubro o lugarzinho pareceu bom para um final de semana tranquilo.

No domingo à noite, havia uma banda de rock tocando no canteiro central da cidade, em frente a um enorme osso de baleia que parece representar o balneário. Som em volume adequado pra quem queria ouvir, sem atrapalhar quem não queria ouvir.
Se você for a La Paloma em janeiro ou fevereiro, será bem difícil conseguir hospedagem sem reserva. Passamos por isso há algum tempo. Lembro que queriam nos cobrar US$ 60 a diária em um hotel que sequer ventilador de teto tinha. Fora de temporada os preços baixam bastante, consegue-se hospedagem na faixa dos US$ 35-40 para o casal.

Existem muitas opções de aluguel para esta época, mas a maioria dos hotéis e pousadas fecha durante o ano. Também há opções de aluguel de casas e cabanas.

Quanto aos restaurantes, fora de temporada havia o La Ballena, na avenida principal, pequeno e bem decorado, com comida e preços bem razoáveis.

Indico o local como ponto de passagem para quem está indo para Montevideo ou Punta del Este ou para passar um feriadão com paz e silêncio, mas com relativo conforto, infra-estrutura e segurança.

sábado, 16 de outubro de 2010

Dia e noite em Cabo Polônio

Amigos sempre nos diziam que Cabo Polônio era um lugar único. Depois da visita, tendo a concordar com a afirmação. Talvez não seja um lugar único, mas é um dos poucos lugares em que você consegue ficar quase  afastado da civilização. Mas chega a ser um lugar onde você fica sem comunicação ou sem nenhuma espécie de energia elétrica. Consegue-se relativo conforto e até banho quente. Aí vão as dicas pra quem quiser ser aventurar.

Como chegar
Você não vai a Cabo Polônio com seu carro, a menos que ele seja uma caminhonete 4x4. Existem duas opções de acesso:

1) Por Valizas: Você deve deixar o carro na Barra de Valizas, senão a caminhada é maior. Não há estacionamento pago e coberto, mas fora de temporada você consegue deixar o carro em uma das vagas próximas da praia. Dali nos disseram que são cerca de 8Km de caminhada pela praia, mas olhando parece mais.

Lembre-se que, durante essa caminhada, você passará por praias desertas, sem nenhuma estrutura de apoio.

2) Com veículos próprios: Existe um ponto facilmente visível na estrada de onde saem os caminhões de transporte para Cabo Polônio. O valor do transporte fica em torno de R$ 15 (ida e volta). Existem horários fixos fora da temporada. O último sai às 19h30min. Para retornar, os horários fixos são às 6h, às 11h, às 14h, às 16h, às 18h e às 20h. No entanto, se existem passageiros, os caminhões saem conforme vão se preenchendo. No verão, com certeza eles são mais frequentes.

São 7Km pelo areal, com direito a muitos solavancos. Você pode fazer esse trajeto a pé também, mas não deve ser nada fácil caminhar 7Km por dunas e areia fofa. Não recomendo. Depois, o veículo anda mais uns 2Km pela praia até chegar no que se chama de vila de Cabo Polônio, onde é o ponto final. O trajeto completo dura entre 20-30 minutos.

Você pode deixar o carro no estacionamento improvisado em torno desse local onde se pega o transporte. Não dá pra dizer que ele será vigiado, mas como é na entrada de um parque, pelo menos há guardas florestais durante a noite e bastante movimento durante o dia. Como o Uruguai ainda é um lugar tranquilo em relação a furto de automóvel, creio que dá pra confiar.

Infra-estrutura
Esse é o ponto que gera mais curiosidade em quem pretende ir a Cabo Polônio. Primeiro: há telefone. Os públicos são de ondas curtas, movidos a energia solar. Raridade. Mas fique calmo, porque há sinal de  celular.

Não há energia elétrica pública, exceto no farol. Observamos que os moradores, pousadas e restaurantes possuem algum tipo de energia: solar, eólica ou geradores. Obviamente, os geradores são ligados no final da tarde e desligados em torno das 10h30min da noite, fora da temporada. Não sei dizer se no verão ficam até mais tarde.

As pousadas são simples. Ficamos no que dizem ser a melhor delas, a La Perla del Cabo, fone (598) 470. 5125, e Mariemar, fone (598) 470.5164 A diária saiu R$ 80 para o casal, em um quarto pequeno, mas bem limpo, com banheiro privativo, banho bem quente e café da manhã. O único problema é que o vaso sanitário não tinha tampa, o que para nós, mulheres, é um problema. A pousada também tem uma localização excelente: a beira-mar e próxima ao farol e ao ponto de observação dos lobos-marinhos.

Nas pousadas, normalmente se serve janta (a parte), mas comer não me pareceu um problema. Há alguns restaurantes improvisados, que servem peixes, massas e até omelete de algas.

Existem outras pousadas mais econômicas, um hostel e também é possível ficar em casas de moradores locais, dizem que se consegue até preços de US$ 10 nessas acomodações mais simples.

Não há muito o que fazer de noite. Na nossa pousada, ao desligar o gerador, exatamente às 10h30min da noite, reinava o silêncio absoluto.

Venta muito à tarde e o vento é frio. Fomos em outubro e precisei de blusão de lã e casaco. Pra caminhar e aproveitar a praia, o melhor mesmo parece ser o período da manhã.

O que fazer em Cabo Polônio
1) Visite o farol. Você pode subir os 132 degraus e avistar o povoado inteiro, pagando R$ 1,50. A vista é linda.

2) Caminhe pelo povoado. É uma sensação única, pois não há ruas ou pátios de residências próprios. Você caminha por onde quer, seguindo apenas sua orientação e desviando das galinhas e pássaros do caminho. Aliás, quase fomos atacados por um casal de quero-queros que cuidava do seu ninho, supostamente enterrado no chão por onde estávamos passando.

3) Caminhe pela praia deserta até as dunas. Não é uma caminhada muito longa e Cabo Polônio ainda é dos poucos lugares em que você consegue subir nelas e ficar de bobeira apreciando a vista em total silêncio e privacidade.
4) Se estiver quente o suficiente, curta a praia sem ser incomodado por NENHUM vendedor.

5) Para quem gosta, é possível surfar em Cabo Polônio.

6) Observe os lobos marinhos. Eles ficam nas pedras próximas ao farol e também em três pequenas ilhas que se avista dali.

7) Passe uma noite em Cabo Polônio. Saímos para a rua em torno da meia-noite para observar as estrelas. O céu é muito, mas muito diferente do céu da cidade. A única luz disponível nesse horário é a que vem do farol. Uma experiência diferente de tudo o que você está acostumado.

    sexta-feira, 8 de outubro de 2010

    4 horas em Curitiba

    Se você tiver apenas quatro horas em Curitiba um dos lugares mais interessantes pra se visitar é o Jardim Botânico. O lugar é lindíssimo e muito bem cuidado. Além disso, não há custo para visitação.

    No nosso caso, tínhamos um intervalo entre uma conexão e outra de aproximadamente quatro horas. Como o aeroporto de Curitiba é em São José dos Pinhais, ficaria um pouco caro pegar táxi para ir até o Jardim e retornar ao aeroporto (dá mais ou menos uns R$ 80 por trecho).

    Porém, existe um serviço de micro-ônibus que sai do aeroporto e passa por alguns pontos no centro de Curitiba. O valor da passagem é R$ 8 e a viagem dura em torno de 30 minutos. Além disso, em dias úteis, o intervalo a cada viagem é de 20 minutos. E ele é bastante pontual.

    Descemos na primeira parada, a rodoviária. Lá facilmente encontramos um táxi que nos levasse até o Jardim Botânico por menos de R$ 10.

    Para retornar ao aeoroporto, tomamos novamente um táxi no Jardim, mas pedimos para que nos levasse ao Shopping Estação que é o último ponto do micro-ônibus antes de retornar ao aeroporto. É um shopping bem bonitinho, construído em uma antiga estação de trem. Ainda deu tempo de uma visita relâmpago nele. Igualmente gastamos uns R$ 10.

    Como já disse o lugar é lindo. Os gramados e flores são muito bem cuidados. A construção que aparece nos cartões-postais de Curitiba é uma estufa, que abriga plantas da floresta atlântica brasileira.

    Além disso, o Jardim Botânico conta com um espaço bem interessante chamado de "Jardim das Sensações", lago, um espaço para exposições, quadras esportivas e um velódromo.

    Com relação ao Jardim das Sensações cabe um comentário: é uma trilha de 200 metros de extensão que você pode percorrer de olhos vendados, sentindo as plantas com as mãos, e aspirando seu perfume. Mesmo que não queira vendar os olhos, o lugar oferece uma sensação de calma e paz raras na cidade grande.

    Visitas: diariamente, das 6 h às 21 h (no verão) e das 7 h às 20 h (no inverno).

    domingo, 3 de outubro de 2010

    Os últimos passeios em Foz

    Pra terminar os posts sobre Foz, seguem outros passeios que você pode aproveitar para fazer por lá.

    Parque das Aves
    Este parque privado fica em frente ao Parque Nacional das Cataratas. Você pega o mesmo ônibus para chegar lá (Aeroporto-Parque Nacional). A diferença é que deve descer na penúltima parada.

    Lá são encontradas aves tropicais coloridas que voam em amplos viveiros integrados à floresta. Os visitantes têm a oportunidade de entrar nesses viveiros para conhecer de perto a vida das aves. Além delas, há jacarés, sucuris, jibóias, sagüis e borboletas.

    Site Oficial: http://www.parquedasaves.com.br/v2/br.htm

    Mesquita Muçulmana
    Para quem se interessa por conhecer uma cultura diferente, faça uma visita à mesquita. É recomendável que você agende antes, para receber explicações e ter uma visita completa. Nós fomos num sábado pela manhã e só conseguimos ver o templo, que é belíssimo e tirar algumas fotos. Se você passa por perto à noite, a iluminação dele, inclusive, chama a atenção. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 9h às 18h.

    Para chegar lá, Você pode pegar no Terminal Central qualquer ônibus onde esteja escrito "Ponte de Amizade" ou "Conjunto C" e descer na primeira parada após o Supermercado Big. Siga pela rua do Big por umas três quadras, vire à esquerda e depois a direita e você estará no templo.

    Templo Budista
    Não chegamos a visitá-lo, pois é um pouco afastado da cidade, mas nos aconselharam a ir de táxi ou pelo menos ir com a linha de ônibus "Porto Belo" até a Vila Porto Belo e depois pegar um táxi, já que a vizinhança não parece ser muito amistosa. O templo fica aberto à visitação de terça à domingo das 9h às 17h (domingo fecha mais cedo).

    Marco das Três Fronteiras
    Você pode visitar o marco tanto no lado brasileiro, como no lado argentino. Fomos aconselhados a visitar pelo lado argentino, que dá uma melhor visão dos três marcos: o brasileiro, o paraguaio e o próprio argentino. Mas depois visitamos também o brasileiro e não achei muita diferença. Na foto ao lado, você vê o marco brasileiro e lá, bem ao fundo, o argentino. O paraguaio está escondido à direita na foto.

    Você pode aproveitar para visitar o marco argentino quando for visitar o lado argentino das cataratas. Se estiver de carro, entre na cidade de Porto Iguaçu e peça indicações. Se estiver de ônibus, igualmente, peça indicações na rodoviária, pois você precisará pegar um ônibus local. O ônibus que vem do Brasil não passa por lá.


    Para visitar o marco do lado brasileiro, você pode pegar no Terminal de Transporte Urbano (TTU) o ônibus "Porto Meira" e descer no final do ponto. Ainda terá que caminhar um pouquinho, peça informações ao cobrador.

    O lugar é meio ermo, não vá à noite. Na volta ainda tivemos que andar um pouco mais para pegar um ônibus que passa mais frequentemente, pois fomos avisados alguns ônibus só vão até esse ponto do marco se tiver gente para desembarcar ali.

    Passeio de Helicóptero
    Esse é para os mais afortunados, pois o passeio é curto e caro, mas deve ser muito bonito. Você verá as cataratas pelo lado de cima. A partida do passeio fica bem em frente ao Parque das Aves. Se for de ônibus desça na mesma parada.

    Para terminar, quero responder à dúvida da Paula que postou um comentário aqui dias atrás, sobre a facilidade ou não de ir de carro para o lado argentino.

    Você consegue chegar de carro até o parque, não é difícil, mas dentro do parque não consegue circular com ele. Terá que deixar no estacionamento antes da entrada.

    As indicações são claras, basta seguir a placa que indica a Argentina na Rodovia das Cataratas. Siga sempre por aquela estrada e preste atenção às placas.