segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Diário de mãe: o primeiro Natal

Acho que não preciso dizer que as famílias estavam ansiosíssimas para o primeiro Natal do guri fora da barriga. Já ele não entendeu muito bem o que estava se passando. Primeiro, não deu muita bola para a decoração de Natal (bem gurizinho, mesmo). Depois, parece ter se aborrecido com tanta gente o apertando e o beijando. Ele queria mesmo era engatinhar, mas aquele monte de gente no meio do caminho não estava deixando. Com relação aos presentes, gostou mais de morder os pacotes. E posou direitinho pra foto de família. Quer saber o segredo? Deixamos a máquina no automático e, nesse modo, ela pisca e faz um barulhinho até disparar. Foi o suficiente para paralisá-lo durante alguns segundos.

Aguentou até às 23h. Depois, desmaiou. Não ouviu nem os fogueteiros do Natal.

Hoje, dia 26, acordou com uma tremenda ressaca dos dois dias de festa. Dormiu super bem a noite passada, aliás, sem resmungar até quase às 8h da manhã. Acordou desesperado de fome e, depois de mamar, foi direto pros seus brinquedos favoritos: qualquer móvel que ele possa bater ou arrastar ou se apoiar pra ficar em pé, ou seja, nada mudou. Não que ele não tenha gostado dos brinquedos de Natal. Gostou. Mas a utilização preferida dele para os brinquedos continua sendo rolar todos como se fossem a bolinha. Pobre ursinho! Virou pano de chão.

Estou deixando ele bater com vontade especialmente um volante (de carro) cheio de barulhinhos de buzina e de motor irritantes que ele ganhou de pessoas provavelmente surdas. Mãe má.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Diário de mãe: enfim o primeiro dente

Como todos devem perceber pela leitura dos meus posts passados, andava angustiada com os dentes que não vinham. Apesar de saber que é perfeitamente normal uma criança de 1 ano não ter nenhum dente, não me conformava com o meu gurizinho ser tão atrasado nesse aspecto. Então, com exatamente 9 meses e 13 dias de vida apareceu o seu primeiro dentinho. Ele ainda está pequenino, mas já dá pra sentir uma "serrinha" na gengiva dele.

Essa, aliás, foi a grande novidade da semana natalina, porque ele não gostou do Papai Noel do shopping. Também não causou empolgação a árvore de Natal. Ele prefere ver ventilador de teto rodando.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Diário de mãe: o primeiro concerto

Penso que bebês devem ser brindados com boa música. Nunca apresentei pro meu pequeno funk ou rebolation, estilos que não gosto e que tem pouca validade. Mas apresentei desde seus primeiros dias a música clássica que é universal e sobrevive aos séculos.

Pois fazia tempos que queria levá-lo para assistir um concerto. Mas temia que ele não gostasse ou começasse a fazer barulho, então, um ambiente fechado era inviável. Consegui finalmente levá-lo ao concerto de Natal do Zaffari, no último domingo, no Parcão. Se ele começasse a chorar era fácil de sair e seu resmungo não seria tão notado.

Sabe aqueles momentos em que você sente a maior felicidade em ser mãe? Foi o que aconteceu ali. No início, ele estava curioso e quieto, prestando atenção às pessoas, às luzes, às árvores e ao palco. Depois, ficou numa alegria só. Dava gargalhadas, pulava no colo, parava para ouvir as pessoas aplaudirem... e quando elas paravam de aplaudir, aí  começava a vez dele bater palminha. Cantou aaaaaaaaahhhhhhhh junto com o tenor, flertou com uma menina que estava ao seu lado e em nenhum momento chorou. Aguentou uma hora de concerto. Não exigimos mais dele, pois já começava a ficar frio e tarde.

Na hora de voltar pra casa, ele ficou excitadíssimo. Fomos e voltamos a pé e, para voltar, passamos em meio ao parcão. A satisfação dele olhando para as sombras que as árvores e as luzes da noite faziam, era imensa. Ele ria e sacudia os bracinhos em total felicidade.

Bebês são assim: se chateiam com pouco, porém, se alegram com menos ainda. Mas a alegria dele é tão pura, genuína e contagiante, que me faz pensar por que para nós, adultos, não é tão simples assim.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Diário de mãe: engatinhando e dormindo melhor

Desde quando completou 8 meses, meu bebê já andava de barriga. Mais ou menos com 8 meses e meio, ele começou a engatinhar pra valer mesmo. E adquiriu agilidade nessa nova função muito rapidamente. Agora, com 9 meses completos, ele vai pra onde quer engatinhando. Ele joga sua "bolinha luminosa" e vai atrás, engatinhando. Também engatinha para alcançar algum móvel, que ofereça apoio para se levantar.

Não sei se ele já começa a entender o sentido de algumas palavras, mas se dizemos "bate palminha", normalmente ele bate, coisa mais bonitinha de se ver! Também parece entender a palavra "não", especialmente se dita em um tom de voz mais bravo. Aliás, algumas vezes quando ele não quer alguma coisa, sacode a cabeça de um lado para o outro mostrando o seu "não".

Estou convencida de que a palavra "mãe" ou mother ou madre ou mom ou mamma ou qualquer outra coisa similar em outro idioma, foi inventada porque quando o bebê fica bravo nessa fase sai um "mã-mã".

Quanto ao sono, imagino que meus estimados leitores estejam curiosos para saber se o guri está dormindo melhor. Eu diria que sim, na maioria das noites. Se foi algo que fizemos que mudou a história, já não sei dizer. O sono começou a melhorar quando levantamos a cabeceira do berço e ligamos o ar condicionado para ele dormir. Antes disso, já havíamos começado a deixar uma luzinha azul acesa durante a noite. Mas em algumas noites, ele ainda acorda às 3h ou 4h da madrugada e se levanta no berço. Fica todo esticadinho tentando nos alcançar pra nos "acordar". Se não acordamos e não damos atenção pra ele em uns 10 minutos, então ele abre o berrador.

Decidi, pois, usar o método da psicologia antiga: deixar chorar. Na primeira noite, ele chorou e se debateu por uns 40 minutos. Depois se atirou todo atravessado no berço e dormiu. Deu pena, claro. Aliás, filho, se um dia você ler isso, saiba que foi com profundo remorso que tomei essa atitude. Mas nem eu, nem o pai aguentávamos mais ficar andando pela casa, balançando 9 Kg durante 1 hora, às 4h da manhã diariamente.

Concluindo, ele continua acordando e tentando levantar de madrugada. A diferença é que nas últimas noites resmunga uns minutos, percebe que ninguém vai dar bola pra ele e volta a dormir. Só tem um probleminha nessa solução: agora ele deu pra chorar se fica sozinho na sala durante o dia. Se ele percebe que eu ou o pai estamos saindo da vista dele, abre o berreiro. Quer alguém com ele todo o tempo. E de preferência levando-o pra passear em qualquer lugar diferente, mesmo que esse lugar diferente seja o banheiro da residência.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Diário de mãe: ainda o nono mês

A médica trocou o remédio que ele toma para o refluxo na tentativa de fazer com que ele durma melhor. Nas três primeiras noites foi horrível: ele passou a acordar de hora em hora ao invés de a cada 3 horas como vinha fazendo. Depois tivemos uma semana ótima, na qual ele vinha dormindo quase a noite inteira.

Mas então veio a noite fatídica: madrugada do dia 21/11. Ele acordou às 11h da noite e nada de dormir. Só berrava. Perto das 3h, ouvi passos no andar de cima e imaginei que se não saísse com o bebê de casa em breve me incomodaria com o vizinho. Foi o que fizemos. Afinal a criança tinha que estar sentindo alguma dor pra não dormir.

Nessa noite fizemos outra descoberta. Não basta você ter plano de saúde. Mesmo com ele, os pronto-atendimentos muitas vezes estão sem pediatra. Quando conseguimos uma, foi pra ouvi-la dizer que aparentemente o guri não tinha nada. Mas tomou um Alivium mesmo assim que lhe deu 2 horas de sono. Sim, 2 horas pra ele, porque eu já estava tão acesa que não consegui mais pregar o olho naquela noite.

No dia seguinte, fui até à pediatra normal e esta achou que ele podia estar com uma gripezinha. Passou, além do analgésico, um remedinho pra alergia, daqueles que dão sono. A noite seguinte foi uma maravilha. Pena que foi apenas uma noite: nessa última ele já voltou a acordar de 3 em 3 horas, com remedinho e tudo.

Pra mim o grande problema do sono dele chama-se ausência de chupeta. Ele passou a odiá-la de um mês pra cá, mas tem necessidade de sugar pra dormir. Como não suga nada, não dorme. E fica bravo por isso. Então, chora enloquecidamente a ponto de eu achar que qualquer dia o conselho tutelar vai aparecer lá em casa.

Mãe é profissão de tempo integral.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Diário de mãe: o início do nono mês e o feijão

Socorro! Comecei o nono mês do meu bebê gritando essa palavra. Ele começou a comer feijão. Não estranhou. O feijão não pode ter muito tempero, nem carne de porco, bacon, essas coisas... então é meio insosso. Mas ele aprovou. O problema é o cocô. Deus do céu, o cheiro é o pior até agora. Dá pra sentir o cheiro da fralda que está no lixo pela casa inteira.

As crises de choro durante a noite estão piores. Ele acorda de 2 em 2 horas e chega a levar 1h30min pra dormir novamente. Já estou entrando em desespero. Pior: criança que dorme mal de noite, fica agitada durante o dia. Estou quase desistindo da medicina tradicional e partindo para a homeopatia. Preciso de um calmantezinho pra ele dormir, uma noite que seja, porque estou virando zumbi.

Percebo que agora ele já tem alguns medos: fomos até Gramado assistir ao desfile do Papai Noel e ele se assustou com a banda. Agarrou-se a minha blusa como nunca. Também não gosta de ficar no escuro, especialmente de dia.

É impressionante como nessa idade a cada dia eles evoluem um pouquinho. Se na semana passada ele se arrastava, nessa semana já consegue levantar o quadril e ficar sozinho na posição de engatinhar. Falta pouco mesmo pra ele conseguir. Também já fica de joelhos. E o mais legal: aprendeu a bater palminha. Mas só bate quando ele quer.

Estou tentando fazer com que aprenda a dar tchauzinho. Mas o máximo que ele faz (quando quer) é abanar as duas mãos pra cima e pra baixo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Diário de mãe: o final do oitavo mês

Com 7 meses completos, só o que interessa para o meu bebê é exercitar suas habilidades motoras. Agora ele passa o dia inteiro tentando:

1) pegar qualquer coisa que esteja na minha mão;
2) se eu dou pra ele o que está na minha mão e pego outra coisa, ele imediatamente larga o que eu acabei de dar pra tentar pegar o próximo objeto que está na minha mão;
3) arrastar-se pelo chão tentando alcançar alguma coisa que está fora do alcance dele;
4) lamber o chão.

Não adianta colocá-lo no chão na posição de engatinhar e chamar em sua direção. Ele se arrasta para o sentido contrário, onde está o objeto que interessa. Esse objeto de interesse sempre é o pé de algum móvel.

Nessa semana ele também aprendeu que não pode se jogar do trocador. Quase caiu no chão. Levou um susto tremendo, o coraçãozinho ficou batendo forte por minutos. Mas tem ficado quieto lá desde então.

Não pense que as noites estão mais tranquilas. Ele continua berrando de madrugada. Mas dormindo. Ele não chega a abrir os olhos. Essa noite fiz uma tentativa que parece ter dado resultado: dei um outro travesseiro para ele encostar o rosto e abraçar. Fiz isso duas vezes e ele acalmou. Conto depois se a estratégia surtirá efeito nas próximas noites.

Para a pediatra, o choro é porque nessa idade os bebês começam a recordar dos sonhos. Só que eles não entendem que estavam dormindo e sonhando. Então, de repente sonhavam que estavam no colo e mamando e acordam no escuro e sozinhos. Por isso choram.

E nada de dentes ainda.

No último final de semana, ele foi assistir seu papai jogar vôlei. Havia outras crianças maiorzinhas lá e ele era o brinquedo preferido dessas crianças. Na primeira distração, encontrei um menino de 1 ano e 8 meses lhe dando salgadinho industrializado. Claro que ele estava estendendo os bracinhos pra pegar. Ao mesmo tempo, uma menina de 1 ano e pouco chorava porque queria ir no brinquedo que o meu bebê estava. Qual brinquedo? Seu próprio bebê-conforto que ele faz de balancinho e se diverte.

domingo, 23 de outubro de 2011

Diário de mãe: choro que não acaba mais

Faz duas semanas e meia que o picorrucho continua chorando todas as noites. Isso significa que faz duas semanas e meia que não tenho uma noite completa de sono. O melhor que consegui nessas duas semanas foi meia noite de sono, dando Tylenol pra ele às 3h da matina. Estou praticamente convencida de que o problema são os dentes e rezando ansiosamente pra que eles nasçam de uma vez. Ele está com a gengiva branquinha na parte de baixo, então acho que quando nascerem virão 2 dentinhos praticamente juntos. Isso deve justificar a agonia do coitado, aliás, que tenta ficar mordendo qualquer coisa que aparece todo o tempo. E quando não tem nada ao alcance pra morder, ele morde a própria gengiva.

Mas a grande novidade do oitavo mês de vida é que ele já se movimenta um monte sozinho, para nossa agonia. Se está sentado no berço, consegue ficar em pé, se apoiando. Se está sentado no chão, consegue ficar na posição de engatinhar. Se está na posição de engatinhar, consegue se virar e voltar a sentar. E já se arrasta pra frente e pra trás no chão. Chega a ser engraçado vê-lo tentando engatinhar. Ele tenta pegar impulso encostando a cabeça no chão ao invés de movimentar os braços.

Ele também já sabe quando vai sair para passear. É só abrir a porta de casa pra ele dar gritinhos de "aaaaaaaaaahhhhhhhhhh". Talvez ele goste de ouvir o eco da própria voz no corredor.

Meu filho nunca foi criança de estranhar ninguém, mas já tem medo de algumas coisas agora. Tem medo de barulho muito forte (como o da reforma no prédio) e de uma boneca velha da minha irmã que a gente dá corda e se mexe sozinha. Minha mãe tem um quadro de Jesus pendurado na parede. Ele tem fascínio pelo Jesus. Quando a avó pergunta: "cadê o Jesus da vovó?", ele olha para o quadro e faz "uhuh".

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Diário de mãe: os 7 meses e a crise da separação

Mais ou menos uma semana depois que eu voltei a trabalhar, a fase boa terminou. Meu bebê começou a acordar durante a noite algumas vezes, berrando, choro desesperador mesmo. E não adianta dar a chupeta que ele recusa. Não adianta tentar acalmar no próprio berço. A única coisa que adianta é pegar no colo, colocar o rostinho dele no meu peito e embalar um pouco. Algumas vezes, tenho que dar o peito alguns minutos até ele acalmar e aceitar a chupeta. Aí dorme de novo. Passa algum tempo e tudo recomeça. Isso significa que estou novamente há várias noites sem dormir direito.

Pesquisei sobre o assunto na Internet e encontrei duas possíveis causas: nascimento de dentes e a tal crise da angústia da separação ou crise dos 8 meses.

Sobre os dentes, o que tenho a dizer é que nenhum apareceu ainda.

Sobre a crise da angústia da separação, li que o bebê passa por quatro crises durante o primeiro ano de vida, mas a mais grave é essa. Pode acontecer entre os 6 e os 9 meses de idade e se caracteriza pelo fato da criança apresentar novas reações a ausência da mãe, por perceber que a mãe e ela são seres distintos e não uma unidade. Dizem que dura entre três ou quatro semanas. Estou esperando, pelo menos duas semanas já faz que meu gurizinho está assim.

Os sintomas são alteração do sono, perda de apetite e agitação, mas é o sono que incomoda mais. Há crianças que chegam a acordar 15 vezes em uma noite.

Para passar por essa fase, a criança conta com algumas ferramentas para superar essa separação que traz a angústia. Geralmente a criança começa a se apegar a algum objeto:  um paninho, uma chupeta , um brinquedo. Esse objeto, para ela, representa a mãe, e é bom que aconteça esse apego, pois isso vai ajudá-la a entender que à noite as coisas não desaparecem. Coincidência ou não, a primeira coisa que meu bebê faz quando acorda é se agarrar numa almofada fofinha que fica a seu lado no berço.

Honestamente, não sei se meu filho está passando por essa crise. A maioria das pessoas a minha volta nunca ouviu falar disso e duvida. Vamos ter que aguardar os próximos capítulos da sua história para saber.

Pra completar a semana, ele ainda teve uma lesão no olho de tanto se arranhar. Susto brabo, ficou com o olho bem vermelho. E quem diz que deixa a gente pingar colírio? Mais berreiro, o vizinho do andar de baixo já deve estar irritado.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Diário de mãe: o retorno ao trabalho

Mãe que é mãe fica com sentimento de culpa quando retorna ao trabalho e tem que deixar o bebê aos cuidados de outrem. Claro que não foi diferente comigo.

Sobre isso o que tenho a dizer é que somos nós quem sofremos. O bebê não sofre tanto, não. Pelo menos o meu não sofreu. Meu bebê foi acostumado, desde cedo a ficar com os avós e a ir no colo de outras pessoas. Ele deve ter feito algum tipo de raciocínio de que, se sorri para as pessoas, elas são legais com ele. Então, sorri pra todo mundo e geralmente não faz manha quando vai com outra pessoa. Isso fez com que o meu retorno ao trabalho fosse bem tranquilo pra ele.

A única mudança que transpareceu foi o fato de que ele ficou mais cansado e agitado no final do dia. Talvez porque não fique comigo mais à tarde, quando chego em casa ele não pára. Agita os braços sem parar, quer pegar tudo o que vê pela frente e o principal: quer me morder inteira. Morde o meu queixo, a minha roupa e faz uma babança (acho que essa palavra não existe).

Com a minha volta ao trabalho, ele começou a comer papinha no final de tarde também. Só que não estamos dando os 250ml do meio-dia, porque ele precisa tomar leite no mínimo três vezes ao dia. Se ele come tanta papinha naquele horário, não quer o leite após o banho. E o leite tem nutrientes que a papinha não tem.

A propósito: continuo amamentando três vezes ao dia mesmo tendo retornado ao trabalho. E tenho a convicção que a excelente saúde do meu bebê se deve a isso.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Diário de mãe: o sétimo mês - parte 2

Mais ou menos na terceira semana do mês, meu bebê aprendeu a falar a-bá. Agora ele passa o dia falando a-bá-bá-bá. Outras vezes é ahhhhh-bá. E tem o ainda é-bá. O ma-ma ele só faz quando está chorando de brabeza.

Ele agora come os 250ml de papinha bem feliz, assistindo seu Bob Esponja. Quase não faz sujeira, a não ser quando quer colocar a mão na boca enquanto come sopa. Aí, se eu me distraio, ele coloca a mão na roupa ou no bebê-conforto e faz aquela sujeirada.

Tenho tido dificuldades é com a fruta da tarde agora. Ele parece não gostar muito. A única fruta que come inteira é pêra. Só come meia maçã e tem rejeitado banana e mamão.

Ele também já fica bem sentadinho, brincando e consegue passar da posição sentado para bruços. Também já consegue virar de bruços e desvirar. Creio que mais um pouco e está engatinhando. Ele agora tem sempre que estar pegando alguma coisa. Pra ele tudo é brinquedo. O mais engraçado disso é que se liga em coisas mínimas. No berço, ele tenta pegar justamente a babá eletrônica que fica escondidinha, ou então a fita que amarra o protetor de berço.

Hoje retornei ao trabalho. No primeiro dia, ele se comportou super bem, parece não ter sentido minha falta. Vamos ver os próximos dias.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Diário de mãe: o sétimo mês - parte 1

Semana 1:
Enfim, meu bebê completou 6 meses. A gente acha que agora tudo entrou na rotina. Ele não sente mais cólica, não mama mais de 3 em 3 horas, já está comendo sopinha.... mas nem tudo é maravilha. Agora ele não pára mais quieto. Já consegue se virar de bruços, o que torna a tarefa de trocar a fralda ainda mais complicada, pois ele fica se virando pra tentar pegar tudo o que está ao alcance. E claro que a predileção é por aquilo que não é brinquedo, como o tubo da pomada contra assaduras.

Até agora não consegui fazer ele comer mamão. Banana, ele só come se estiver morrendo de fome. Mas picolé de limão... estava um sábado quente e fomos passear em Ipanema (digamos que é quase uma praia pra quem não é de Porto Alegre). Então, compramos picolé de limão. Resolvi deixar ele dar uma chupadinha, achando que não gostaria, já que é gelado e ele não está acostumado com nada gelado. Mas o guri grudou no picolé. Não queria devolver e chorava se a gente tirava. Definitivamente, ele está aprendendo o que é bom.

Semana 2:
O guri está ficando manhoso, pode? Agora, se ele quer pegar algum objeto e eu não deixo ou tiro esse objeto dele, ele chora. Mas chora horrores, alto, de dar vergonha. Nesse caso, ou deixo chorar ou dou outro objeto pra distrair. Sempre odiei criança manhosa e não vou deixar meu guri se tornar um desses, não.

Fazer ele comer a sopa também não tem sido fácil. Não que ele não queira. Ele está comendo super bem, mas não quer parar quieto enquanto come. Chora quando não deixo enfiar dos dedos no prato. Chora porque eu não sou rápida o bastante pra dar a sopa. Chora porque a sopa esfriou. Chora porque não quer ficar amarrado no bebê-conforto enquanto come a sopa. E faz brrrrrrrrr. Com a boca cheia de sopa, claro. Aí a sopa salta nos olhos e ele chora. Eu largo tudo, busco um guardanapo, limpo, dou a chupeta pra ele se acalmar um pouco e depois recomeço. Amamentar é mais rápido, pode crer.

Para dar a sopa, então, vou munida de: babeiro, guardanapo, dois brinquedos para distrai-lo, o prato de sopa, a colher da sopa, um banquinho pra colocar a sopa longe dele, pano para limpar o chão e a TV ligada no Bob Esponja. Ele adora Bob Esponja, diga-se de passagem. Estou considerando ainda a possibilidade de levar uma toalha pra tapá-lo inteiro e não sujar a roupa. E tem mais um detalhe: ele come a sopa no bebê-conforto que é pra poder ficar se balançando enquanto não vem a próxima colherada.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O novo labirinto de Nova Petrópolis

Li em algum lugar que a praça e o labirinto de Nova Petrópolis passaram por reforma. Então, quando estive lá há pouco tempo, esperava encontrar um labirinto novinho em folha e bem fechado. Ao lado, a foto do novo labirinto. Ainda vai levar algum tempo até o coitado retornar à antiga forma. De qualquer modo, a praça está bem bonita e florida pra não sairmos decepcionados de lá.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cocô de nenê

Já que entramos no assunto cocô de nenê (quem me viu e quem me vê...), aproveito pra responder para a Natália, do blog Mundinho Particular, que perguntou se mudou desde que o meu nenê começou com a alimentação mais sólida. Mudou, sim... está bem mais parecido com o de adulto. Claro que ainda é bem mais pastoso, mas a cor e o cheiro (infelizmente) estão ficando parecidos.

Aliás, tenho uma tese sobre o assunto: acho que o cocô é amarelinho, sem cheiro, quando a gente dá o peito pra não recebermos o filho já com nojo. Aí, quando ele muda, estamos tão acostumados a banhos de xixi, cocô e vômito, que nem ligamos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Diário de mãe: o sexto mês - parte 2

Semana 3:
Meu gurizinho a cada dia descobre uma nova artimanha: agora ele aprendeu a tirar a meia do pé, atirar longe e chupar o dedão. Ele também quer pegar tudo o que encontra pela frente, principalmente aquilo que não é brinquedo. Tem loucura pelo controle remoto da TV e por papel. Sabe pacote de bisnaguinha Seven Boys? Aquilo é vermelho e faz barulho, então ele fica enloquecido pra pegar. E já chora quando a gente tira do alcance aquilo que ele quer pegar.

Trocar a fralda também está ficando difícil, pois ele se vira, tentando pegar e colocar na boca tudo o que está pela frente, desde a fralda suja, até a pomada das assaduras. Como diz minha mãe, ele é um curiosão. Quero só ver o que me espera quando começar a caminhar.


Semana 4:
Nessa semana iniciei a sopinha: coloco 1 colher de arroz, 1 batata pequena, meia cenoura, um pedacinho de moranga e uma pitada de sal. Poderia colocar também um pedaço de peito de frango, mas não tinha em casa no primeiro dia, então, fiz sem. Aliás, ainda bem, pois nos três primeiros dias ele comia só umas quatro colheradas e depois não queria mais. No quarto dia, segui o conselho da minha mãe e resolvi passar a sopa em uma peneira ao invés de só amassar com o garfo. Aí ele comeu bastante. Hoje (sexto dia de sopa) ele não só comeu tudo o que coloquei no prato, como ficou pedindo mais. Na pressa de dar mais, nem passei direito na peneira e ele comeu até grão de arroz sem reclamar. Acho que agora já posso tentar o frango desfiado.


Eu costumo fazer a sopa e guardar na geladeira por 2 dias, esquentando no microondas apenas o que vou dar para ele. Coloco de 15 a 30 segundos no microondas, depois amasso e misturo pra ficar um aquecimento uniforme.

Há algum tempo recebi um e-mail que dizia que o treinamento para dar papinha para o bebê era colocar um melão pendurado, balançando, fazer um buraco no melão e tentar enfiar uma colher por aquele buraco. Brincadeira à parte, é a pura verdade: ou ele acha que eu não sou rápida o bastante e fica tentando tirar a colher da minha mão, ou ele empurra a minha mão com o braço. Resultado: sujeira por todos os lados e moranga até dentro do nariz do guri após a papinha.

A consequência da alimentação pastosa é um assunto que não é dos mais agradáveis: já disse aqui que constipação não é um dos problemas do meu guri. Ele sempre fez o número 2 várias vezes ao dia. Pois agora, com a alimentação, agravou. Ele faz menos vezes, mas aumentou muito a quantidade. Cada vez que ele evacua, faz uma sujeirada braba de limpar. Raro é o dia em que não preciso trocar ele inteiro depois disso. Dias atrás, até precisei improvisar um banho de bacia, pois subiu até pro cabelo. Tomara que um dia ele leia isso pra saber o que eu passei e não seja mal-agradecido.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Diário de mãe: o sexto mês - parte 1

Semana 1:
Ele descobriu que quando o colocamos em pezinho pode ficar pulando sem parar. E adorou isso. Só quer fazer o dia inteiro. Haja braço da mãe. A propósito: meu marido nunca esteve tão musculoso na vida.

Finalmente, aos 5 meses ele entrou numa rotina de sono contínuo. Dorme às 21h, acorda entre meia-noite e 1h da manhã para mamar e depois vai até umas 8h da manhã dormindo. Claro que chorominga de vez em quando, mas parece conseguir se acalmar sozinho.

Nessa semana, introduzimos frutas na alimentação dele. Até então ele só mamava no peito, mas como ganhou pouco peso neste mês e no próximo já volto a trabalhar, a pediatra achou melhor dar uma frutinha por dia. Começamos com banana. No primeiro dia, ele só fez cara feia e cuspiu tudo. Começou a comer alguma coisa mesmo no terceiro dia. No quarto, já conseguiu comer quase uma banana inteira (quer dizer, sem as sementes que tenho que tirar, dá meia banana). O segredo: insistência e não usar colher de metal. Tenho usado uma de silicone nos últimos dias. Pode parecer frescura, mas o fato é que ele faz cara feia pra colher de metal. Pra de silicone, não.

Semana 2:
Ainda com relação às frutinhas, a pediatra liberou maçã argentina, banana prata, mamão papaia e pêra. Mas recomendou que repetisse a mesma fruta durante uns 3 dias para ter certeza de que ele não é alérgico a nenhuma. Li em alguns artigos na internet também que o bebê pode levar até 10 tentativas para aceitar um alimento novo, então, é complicado para o paladar que está se acostumando se a cada dia a gente vem com alguma coisa diferente. A fruta que ele aceitou melhor até agora foi pêra raspada.

Há algum tempo eu tenho o hábito de dançar e cantar na frente dele pra ele parar de chorar. Ele adora, dá gargalhadas. Pois agora, quando enxerga alguém dançando, até na TV, o guri ri sozinho. Aliás, ele ri tanto que está quase ganhando o apelido de bobo alegre.

As noites estão bem mais tranquilas agora, mas ontem aprontou uma: acordou à 1h da manhã, mamou e nada de dormir depois. O pai embalou, ele dormiu, mas foi só largar no berço que o guri despertou. Deitei-o na minha cama pra segurá-lo, porque se não faço isso ele fica sacudindo aqueles braços sem parar, ficando cada vez mais agitado. Dormiu. Acordou de novo quando o pai tentou colocá-lo no berço. Resumo: voltou pro berço dele só às 4h30min da manhã. Segundo o pai, isso lhe custará 5 mesadas em breve.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Bebê cibernético

Palavras digitadas pelo meu guri medonho de 5 meses para o pai dele no Gtalk:


ljh\
\\\\\\==[[p
;-]
yuu
\\\\\\\\\ v\
u'Gsdev]p[pytb vu]

Juro que ele fez a "carinha" sozinho. Não ajudei em nada.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Diário de mãe: o quinto mês - parte 2

Semana 3:
Muitos acontecimentos nessa semana. Finalmente levei ele para tomar a segunda dose da vacina contra o rotavírus. Demorei para criar coragem porque na primeira dose ele ficou chorando por 24 horas. Mas foi tudo bem na segunda dose, ele parece não ter tido reação, a exceção do fato de praticamente não ter dormido durante o dia. À noite, porém, dormiu como tem dormido: deitado na minha cama, ao meu lado, sem embalar e em menos de 15 minutos.

Acredite se quiser, a única reação aparente à vacina foi que ele perdeu o gosto recém adquirido pela chupeta. Não quis saber dela por três dias, só no quarto voltou lentamente a gostar. Mas uma coisa é certa: ele gosta da chupeta apenas quando tem sono e fome. O que até acho bom.

Nessa semana, ele também fez a primeira viagem para a serra. Fomos até Nova Petrópolis. Viagem tranquilíssima: dormiu tanto na ida, quanto na volta e foi sozinho no bebê-conforto, no banco de trás. Quanto ao passeio, ele estava no céu. Muitas coisas novas pra olhar, várias pessoas lhe dando atenção e conversando com ele... esqueceu até de mamar. Preferia ficar olhando o ambiente.

Mas o pior da semana foi o susto. Deixei-o sem cinto no bebê-conforto por 2 minutos e este estava sobre a cama. Pois nesse tempo ele conseguiu se jogar pra fora do bebê-conforto e cair de barriga pra baixo no chão. Por sorte foi apenas o susto mesmo, ele não bateu com a cabeça, nem nada e parou de chorar logo que eu o peguei. Todavia, aprendi que não dá pra deixar mais ele sozinho e solto em lugar algum, pois já se mexe o suficiente pra se jogar.

Semana 4:
Ele está quase sentando sozinho. Consegue erguer o corpo até a metade do caminho. E aprendeu que pode se apoiar nos cotovelos pra fazer isso. Também adora ficar em pezinho agora. Claro que só consegue fazer isso com a nossa ajuda, mas adora fingir que está caminhando.

Meu guri se tornou um bebê bem risonho. Não é daqueles que estranha as pessoas, ri sem distinção pra todo mundo quando está feliz. E fica feliz quase todo o tempo, principalmente quando está na rua.

Porém, quase aos 5 meses continua aprontando. Uso fraldas descartáveis de boas marcas, mas volta e meia acontece um acidente. O cocô sobe para as costas e suja a roupa inteira. O mais engraçado disso tudo é que ele parece escolher justamente horários em que estamos atrasados para alguma coisa para fazer isso ou os eventos festivos. Então a gente nunca pode sair de casa sem uma muda de roupa completa pra ele.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Diário de mãe: o quinto mês - parte 1

Semana 1:
Quando o bebê completa 4 meses, é necessário repetir todas as vacinas que foram dadas com 2 meses. Como fiquei com trauma daquela do rotavírus, decidi iniciar pela tetravalente (no meu caso penta) e a pneumo-13.

Não sei se foi devido às vacinas, mas passou a semana dormindo muito mal. Acorda no meio da noite e não adianta embalar, demora um tempão pra voltar a dormir e berra. Aliás, que goela ele tem! Talvez para mães com relógio biológico mais noturno seja um pouco mais fácil, mas para mim essa história das noites é o que há de pior em ser mãe. Eu adoro dormir cedo e acordar cedo, nem nos meus tempos de juventude eu gostava de passar a madrugada acordada. Portanto, o gurizinho me deixa de muito mau humor quando dorme mal... a ponto de pensar que ele vai ser filho único mesmo.

Sempre me diziam que depois dos 3 meses os bebês dormem a noite toda. Pura conversa pra gente não se desencorajar.

Os dias chuvosos também são terríveis. Como ele não sai para passear nesses dias fica completamente entediado dentro do apartamento. E ranzinza, claro.

Semana 2:
A grande novidade da semana foi que ele finalmente começou a gostar de chupeta. O segredo? Honestamente não sei. Volta e meia quando ele estava agitado eu tentava a chupeta e ele virava o rosto ou só ficava com a gente segurando. Mas, sem mais nem menos, começou a chupar sozinho. Percebi apenas que ele tentava sugar tudo o que encontrava pela frente e aí tentei a chupeta de novo. Deu certo.

E que benção pra nós, pais, a chupeta! Ele fica quietinho chupando e assistindo TV por um bom tempo, não fica nervoso quando está com sono e dorme mais fácil.

Dormir à noite, aliás, está bem fácil agora. Deito com ele na minha cama, ele no travesseiro dele, enrolado nas cobertas, com a sua chupeta. Quando está quase dormindo eu tiro a chupeta, ele se vira para o meu lado e dorme. Em alguns dias leva menos do que 15 minutos.

O problema é que tem acordado diariamente às 4h da manhã e custa a dormir novamente. Para este problema ainda não encontramos solução.

Ele coloca a boca em tudo o que aparece pela frente agora. E tenta agarrar tudo o que aparece pela frente, o que torna o banho dele bem engraçado. Primeiro, porque ele tenta beber a água do banho e faz cara feia. Segundo, porque ele tenta, em vão, agarrar a água.

Pra terminar: ouvi comentários de que eu assusto quem quer ser mãe com o que escrevo. Quanto a isso não se preocupem... como comentou meu amigo Gabriel dias atrás aqui, gargalhada de bebê é a coisa mais gostosa do mundo!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Diário de mãe: o quarto mês

Semana 1:
Fisiologicamente, um bebê de 6 quilos é capaz de ficar entre 6 e 8 horas sem mamar, o que daria a mãe quase uma noite inteira de sono. Na prática não é bem assim. Minha mãe sempre disse que depois dos 3 meses o bebê dorme quase a noite inteira, então, eu, na minha santa ingenuidade, achei que o meu dormiria tranquilo a noite toda. Bom, talvez eu dormisse a noite inteira com 3 meses, mas o mesmo não ocorre com o guri. Quer dizer, às 9h da noite, ele capota até mais ou menos 1h da manhã, mas depois fica se remexendo a noite inteira. E há dias que só volta a acalmar se mamar. Duvido que seja fome. É mania de mamar mesmo.

A boa notícia é que agora ele fica entre 4h e 4h30min durante o dia sem mamar. Isso significa que já consigo fazer outras coisas entre as mamadas, como atender ao telefone e tomar conta dos processos dos meus clientes.

Tentei todas as técnicas sugeridas na internet pra ele dormir sozinho: deixar chorar um tempo, colocar no berço e esperar dormir do lado, banho e berço, enfim, tudo o que se possa imaginar. Não adianta: de noite ele só dorme no colo e sendo embalado. Sinto-me uma total incompetente como mãe nesse ponto. Às 4h da manhã, realmente me falta paciência pra esperar ele dormir sozinho (o que pode levar horas).

Estou de olho naquelas cadeirinhas de balanço pra bebê. É meu atual sonho de consumo.

Semana 2:
Santa vacina contra a meningite! No dia em que tomou a vacina, ficou 9h sem mamar e dormiu ininterruptamente das 9h da noite às 5h da manhã. Recorde.

Com três meses completos, os bebês já interagem bastante e começam a tentar pegar tudo o que veem pela frente. Pois bem, o meu agora deu para pegar no meu rosto quando está em pezinho para arrotar. Ele fica tentando pegar o meu nariz, a minha boca, os meus dentes, o meu queixo... o problema é que ele tem uma força danada, chega a doer.

A coisa que ele mais gosta sempre foi ficar pelado, mas agora ele age para que eu não recoloque a fralda na hora da troca. Fica chutando e se empurrando pra trás. E faz isso rindo sem parar, o danado!

Semana 3:
Ele agora dorme quase 2 horas no horário do meio-dia. É a maior dormidinha dele durante o dia, porque no turno da tarde fica bem desperto. Uma enorme evolução pra quem, no máximo, dormia uns 20 minutos por soneca. Isso dá tempo a mãe aqui de almoçar mais descansada e até de trabalhar um pouco em casa.

Outra coisa muito engraçada que ele já faz é tentar se arrastar. A gente coloca ele de bruços, com os braços apoiados nos cotovelos e ele mexe as pernas tentando se arrastar. Claro que ainda não consegue sair do lugar, mas é uma graça ver ele tentar.

Agora também já distribui sorrisos para todo mundo quando está de bom humor. É um menino muito simpático quando quer. Porque também quando fica bravo, sai de perto! Ouviu uma sirene de ambulância passando ao lado dele na rua e se assustou. Abriu um berreiro, só.

Dia histórico:
No dia 22/06, com exatamente 3 meses e meio, ele dormiu sozinho, deitado na cama, sem ser balançado à noite. E repetiu o feito nas duas noites seguintes. Precisou apenas ficar no escuro, mas em uma posição que enxergue a luz do corredor e a gente por perto. Faz isso sem a chupeta, que ele está odiando agora. E eu, que não acreditava que fosse possível fazer ele dormir sozinho, tive que morder a língua. Se o meu guri danado conseguiu, qualquer um consegue. Mas em um aspecto todos os conselhos que li tem razão: não dá pra tentar forçar isso antes do bebê completar 3 meses. Alguns até podem conseguir, mas a partir dos 3 meses condicioná-los a determinados horários e atividades de rotina é muito mais fácil e muito menos frustrante.

Semana 4:
Ele está ficando cada vez mais engraçado. Já tenta erguer o corpo quando não quer ficar deitado em algum lugar ou quando não quer ficar no colo. Quando a gente tenta fazer pra ele ruídos como "brrrrrrrrrrrrrrrrrr", ele dá gargalhadas sonoras e tenta imitar. Aliás, pegou a mania de fazer "brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr" e se baba todo fazendo isso. Tenho a impressão que isso é até substituição pra chupeta, que ele não gosta. Começou, pois, a fase dos babeiros.

Mas a melhor descoberta da semana veio com o frio de gelar. Nós o colocamos para dormir em um cobertor com fecho que deixa a cabeça e as orelhas tapadas. Ele parou de se remexer a toda hora durante a madrugada. Agora dorme bem mais calmo. Ainda resmunga, mas ao invés de eu ter que levantar e fazer dormir de novo, na maioria das vezes, dar uma balançada no berço (o que eu faço só esticando o meu braço, sem levantar) resolve.

Pra eu voltar a ser feliz só falta mesmo ele dormir às 9h da noite e só acordar pra mamar lá pelas 8h da manhã seguinte.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

2 dias em Gramado

Esse post é muito mais para os leitores de fora do Rio Grande do Sul do que para aqueles que vivem por aqui, pois quem vive por aqui sabe até melhor do que eu o que fazer na serra gaúcha. Gramado é a cidade turística mais conhecida fora do Rio Grande do Sul e o lugar para onde os locais vão em lua-de-mel ou quando querem passar um final de semana romântico.

Particularmente não é meu local preferido para fazer turismo no estado, mas tenho que concordar em algo: Gramado é uma cidade que sabe explorar o turismo. Tem um povo que sabe recepcionar o turista e uma administração municipal que, ao longo dos anos, soube tornar a cidade atrativa em qualquer época do ano. Se você vai na época da Páscoa encontra chocolates artesanais que enchem os olhos. Se vai no inverno, tem o frio, com todos os seus atrativos. Se vai em agosto, o Festival de Cinema, e se vai na época de Natal, encontra as decorações e espetáculos do Natal Luz. Aliás, mesmo nos meses de janeiro e fevereiro, já há quem prefira a serra, longe do congestionamento do litoral.

As dicas que passo a mencionar aqui são meio óbvias para quem é gaúcho, mas para o turista de fora que tem pouco tempo, talvez ajudem a decidir o que fazer. Procurei listar lugares que, independentemente da época do ano, estarão abertos.

1. Comer
Particularmente, acho que é o que há de melhor em Gramado. Não existe melhor lugar para quem quer ganhar peso. Há várias casas de café colonial, de fondue, galeterias, de massas e, apesar de Gramado ter colonização alemã, churrascarias. Creio que para quem vem de fora, se for inverno, o que há de mais imperdível são os fondues e os chocolates. Com relação aos chocolates há vários que são ótimos, mas eu prefiro os da Lugano ou da Planalto. Os sorvetes da loja da Prawer (que também tem chocolates) são uma ótima pedida também.

Para quem nunca provou, vale ir a uma casa de café colonial, ao menos uma vez. Mas vá no almoço ou no jantar, porque é muito mais do que um café. Aliás, se não quiser, você nem precisa tomar o café, pois é servido suco de uva ou vinho.

2. Gramado Zoo
Inaugurado em 2008 e aberto diariamente das 9h às 17h, é o melhor zoológico da Serra Gaúcha (talvez do RS) e abriga 1500 animais, todos da fauna brasileira. O interessante desse zoológico é que ele procura reproduzir o habitat natural dos animais. Não há jaulas, mas vidros blindados para separar o visitante dos bichinhos. Vale a pena conhecer, mesmo se você não tem crianças. A entrada do zoo fica a 700m do pórtico de entrada da cidade pela RS115.

3. Lago Negro
O lago é uma das atrações mais antigas da cidade. Lá é possível dar uma caminhada a pé em volta do lago (ele não é grande) ou andar de pedalinho. O lugar é bonito para quem quer sentar e apreciar a natureza, mas não há muito mais o que fazer além disso. Os mais inquietos provavelmente vão detestar, os mais calmos vão adorar.

4. Minimundo
O parque apresenta réplicas em miniatura de castelos, ferrovias e casas européias. Apresenta também réplica  da Usina do Gasômetro e do porto de Porto Alegre. É bonitinho e diferente. Vale conhecer.

5. Aldeia do Papai Noel
Essa é uma atração mais direcionada para quem vem com crianças. A aldeia do Papai Noel, como o nome diz, simula a morada do velhinho. Lá estão sua casa, sua fábrica de brinquedos, a árvore dos desejos, entre outros atrativos. Para os adultos, o que se pode dizer é que a aldeia fica no Parque Knorr e de lá se tem uma bela vista para o Vale do Quilombo, que é muito bonito. Ah, tem também o monorail, que é uma espécie de trem com trilho para cima, que liga a casa do Papai Noel à fábrica, em um trajeto bem interessante.
Mais informações: http://www.papainoel.com

6. Green Land
Fica ao lado da Aldeia do Papai Noel, então pode ser visitado na saída da visita à Aldeia. Lá estão um lago com lodo terápico, alguns animais, trilhas suspensas e uma ponte pênsil.

7. Vista do Vale do Quilombo
Na saída da cidade, em direção a Canela, há um mirante do Vale do Quilombo. É comum ver as pessoas estacionarem os carros por ali e pararem para admirar o vale. Gasta-se pouco tempo e, se o dia estiver claro, as fotos ficam bonitas.

8. Museus
Gramado tem museus para todos os gostos, quase todos privados. Em dois dias, o melhor é você escolher apenas alguns para conhecer, de acordo com o que gosta mais de fazer. Há o Museu do Perfume, o do Chocolate (junto a Prawer), o DreamLand (museu de cera), o Harley Moto Show (museu de motos), o de minerais e pedras preciosas (com loja), o do Piano, o Medieval e o Mundo Encantado (que é mais um parque que um museu). São todos museus pequenos, para visitas rápidas.

9. Passeio pela cidade
O centro de Gramado é bem pequeno e a melhor alternativa para conhecê-lo é estacionar o carro e andar a pé. Nesse passeio, não deixe de entrar na Igreja de São Pedro, com sua estrutura de pedra basáltica e sua torre de 46 metros. Eu, que gosto de conhecer igrejas, a considero muito bonita, principalmente, externamente. Para quem gosta de tirar fotos com estátuas, na rótula da Bandeiras, há um enorme Kikito, o símbolo do festival de cinema da cidade. Outros cartões postais são a prefeitura e o Palácio dos Festivais, onde acontece a premiação do festival de cinema.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Diário de mãe: o terceiro mês

Semana 1:
O terceiro mês se inicia com as vacinas que devem ser dadas aos 2 meses completos. São a tetravalente (coqueluche, difteria, tétano e meningite), a contra a poliomelite, a contra o rotavírus e ainda a tal de pneumo-10, que nas clínicas privadas é a 13 (protege contra 3 tipos a mais).

A pediatra nos deu a opção de fazer essa tetravalente nos postos públicos ou substitui-la pela hexavalente que acumula a antipólio e também é a segunda dose da Hepatite-B. O argumento decisivo foi o fato de que a vacina pública causa febre e dor por 48 horas em 65% das crianças, enquanto na privada o número cai para 3%. Considerando o histórico de choro do nosso menino, apesar do custo, decidimos não arriscar com a gratuita. Graças a Deus ele não estava nos 3%. A vacina do rotavírus foi feita na rede pública.

Juro que fiquei com pena dele na hora de tomar as vacinas, que são injetáveis na perna (a exceção do rotavírus que é oral). Ele chegou todo alegre na clínica, deitou na maca e estava distribuindo sorrisos. E eu pensando: coitado, não tem ideia do que vem a seguir. Quando foi espetado, o sorriso foi sumindo e o rosto dele foi se ficando num vermelhão só, enquanto ele tomava fôlego para abrir o berreiro. No momento em que abriu, parecia que o mundo ia acabar. Mas passou rápido.

No início do terceiro mês a gente já começa a retomar a vida. Nos primeiros dias de vida, ele levava uma hora e meia entre mamada e arroto. Como fazia isso a cada 3 horas, eu ficava mais ou menos 12 horas por dia em função das mamadas. Agora, ele leva uns 20-25 minutos para mamar e geralmente arrota em mais 10, o que reduziu o tempo diário em função das mamadas pra umas 5 horas.

Então, mães que se desesperaram nas primeiras semanas como eu: existe luz no fim do túnel.

Semana 2:
Ele pegou um resfriado e regrediu ao estágio recém-nascido. Não dorme direito à noite e com isso acaba mamando de 3 em 3 horas novamente. Chora para acordar o prédio inteiro de madrugada. Só quer dormir no colo e em posição fetal. Sabe todos aqueles progressos que havia feito? Nada. De volta a estaca zero.

Quando finalmente melhorou do resfriado, tomou a vacina do Rotavírus. Pois teve reação à vacina. Chorou (ou melhor, berrou) a noite inteira. Nos dois dias seguintes, ficou bem chatinho e teve gases como nunca. Resultado: noites muito mal dormidas.

Semana 3:
Ele retomou os progressos que o resfriado e as vacinas tinham eliminado. Agora mama depois do banho, em torno das 19h30min e vai até meia-noite. Alguns dias é melhor ainda, vai até às 3h da manhã. Daí mama de novo e só mama de novo de manhã. De dia mesmo, os intervalos entre as mamadas estão aos poucos aumentando.

O nosso grande pesadelo que era fazer ele adormecer sem berrar em volta das 21h está terminando. Agora vamos com ele para o quarto nesse horário, com a luz acesa e deixamos ele brincar na cama, se quiser. Depois diminuimos as luzes, pegamos no colo (dormir sozinho no berço, que seria a glória, ele ainda não dorme), ele vai acalmando até dormir. Tem vezes que ele apaga direto após a última mamada, nem precisa ir pro quarto.

Descobrimos um segredinho para dormir. Quando está muito agitado, uso um pouco de funchicória na chupeta. Aliás, é a única maneira de mantê-la na boca, porque ele não é chegado nas chupetas. E olha que já tentamos quatro modelos diferentes. Mas para não preocupar os pediatras: só uso a funchicória quando a situação realmente está desesperadora.

Confirmei a minha desconfiança de que ele adora igrejas. Foi na missa de 100 anos de vida de uma tia do meu marido e continuou encantado com a igreja, em especial, com o candelabro. Acho que vou começar a levá-lo na missa nos sábados.

Mas a melhor notícia de todas foi ele ter se comportado no jantar de aniversário da tia. Ficou lá, no bebê-conforto, bonitinho, enquanto a gente comia. Depois resmungou um pouco, levantei, ele dormiu e ficou lá, quietinho, dormindo, a ponto de as pessoas pensarem que eu minto quando digo que ele é danado.

Semana 4
Acredite ou não, ele está quase gostando de chupeta. Agora toda a vez que tem sono, fica chupando o que encontra pela frente: a blusa da gente, a mão da gente, o pescoço, a mão inteira dele... como a mãe aqui está ficando esperta, aproveito para dar a chupeta nesse momento. Ele segura ela por uns instantes sozinho e segura até a minha mão na chupeta pra que ela não caia. Aí acaba dormindo.

As mamadas do dia também estão ficando mais espaçadas, estão aumentando pra quase de 4 em 4 horas.

Ele está começando a ficar viciado em TV. Aliás, TV é um santo remédio para acalmá-lo quando está prestes a completar 3 meses. Só tem um problema: ele gosta de assistir TV no colo, de barriga pra baixo e sendo balançado. Haja força, ainda mais considerando que ele já passa dos 6,5Kg. Mais uma vez: não acredito em quem diz que eles só fazem manha a partir de um ano.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Diário de mãe: o segundo mês

O segundo mês ainda está longe de ser o paraíso, mas as coisas começam a melhorar. Aí vai um resumo da minha experiência, dividida nas semanas desse segundo mês.

Semana 1:
Tenho uma amiga que diz que o primeiro mês poderia ser chamado de fase negra, depois começa a melhorar. Faço minhas as palavras dela. Quando meu bebê completou um mês parou de chorar durante todo o tempo em que estava acordado. Antes, eu o havia apelidado de "Senhor Ranço", pois só parava de chorar em dois momentos: quando mamava e quando dormia. Com um mês completo ele começou a sorrir, especialmente pela manhã. Também começou lentamente a se relacionar com o mundo a sua volta. Tomou conhecimento da TV e, me perdoem os pais muito zelosos, mas para mim foi uma benção: pelo menos ele se distrai sozinho por alguns minutos para que eu possa ir ao banheiro. 

O primeiro filme animado que tomou conhecimento foi "O corcel indomável", que passou na sessão da tarde daquele dia. Chamou tanto a atenção dele que conseguiu ficar mais de 1 hora sem reclamar. Inacreditável.

Cheguei a conclusão nessa semana que pessoas mais velhas devem ter memória curta ou os bebês de hoje é que são terríveis. Todas elas dizem que seus bebês dormiam a noite inteira sem mamar e praticamente não tinham cólica que é pra fazer a gente se sentir a mais incompetente das mães. Então, minha leitora que tem um filho chorão, acredite em mim: o meu acorda de 3-4 horas durante a noite para mamar e tem cólica em quase todo o entardecer. E eu já li vários artigos de especialistas na internet que dizem que a MAIORIA dos bebês é assim. As cólicas duram até aproximadamente 10 semanas e as mamadas noturnas até os 6 meses. Se passar disso é que começa a ser anormal.

Semana 2:
Ele já acompanha as vozes. Quando várias pessoas estão falando a cabeça dele fica igual iô-iô: vai para um lado e para o outro tentando acompanhar. Até então eu achava que ele não conhecia minha voz, mas agora parece reconhecer. Se várias pessoas desconhecidas estão falando, ele parece prestar mais atenção ao meu tom. 

Ele continua o mais danado dos seres, mas já sei o que fazer para acalmá-lo na hora. Se está nervoso em casa, basta levar para passear a pé ou de carro. O mau humor passa na hora. Pelo jeito, o guri vai ser festeiro.

Não sei porque, mas o barulho da máquina de lavar centrifugando deixa o guri hipnotizado. Ele chega até a dormir ouvindo. Quando ele está agitado de noite, o pai tenta massagear as têmporas dizendo: "você está com sono". Mal sabe ele que a máquina de lavar faz isso com muito mais eficiência.

Na semana de Páscoa passou vários dias bem calminho. Depois passou mais uns 3 dias nervosinho e dormindo mal. Mas vejo com bons olhos: já há dias em que ele consegue ficar um bom tempo acordado e feliz.

Semana 3:
Ele sorri bastante agora, mas continua mais risonho pela manhã, o que é praticamente uma afronta ao pai dele, conhecido por todos pelo mau humor matinal. Já chegaram inclusive a dizer (para o pai) que ele sofre de dupla personalidade: é uma pessoa de manhã, outra à tarde. Enfim, o guri parece não ter herdado o mau humor matinal, o que a mãe aqui agradece.

É difícil entender ainda o que causa o riso. Ele parece adorar tetos. Ri para o lustre da sala, ri para o ventilador de teto e parece rir até para o teto vazio. Foi fazer um exame no hospital Mãe de Deus e ficou fascinado com um pássaro pendurado no teto, a ponto de nem perceber o geladinho do gel usado na ecografia. A mãe iniciante finalmente entendeu porque existem móbiles para bebês. O meu não deve ser o único que adora tetos.

Comecei a usar nessa semana o bebê-canguru para passear com ele. Foi uma maravilha, ele senta no canguru, eu saio para caminhar e 10 minutos depois ele já está dormindo. O único problema é que se eu paro de caminhar ele acorda em 2. Aliás, dizem que bebês dessa idade não sabem fazer manha, mas então quero uma explicação para esta situação: vou no supermercado com ele no canguru e a criaturinha fica fascinada pelas prateleiras enquanto caminho. Um bom humor e um estado de excitação invejáveis, eu diria. Pois é parar na fila do pão para ele começar a reclamar. Se isso não é manha, não sei o que é.

Sempre insisti em colocar ele em uma rotina e começou a dar resultados. Agora ele mama, fica um tempo acordado, depois dorme uns 30-40 minutos. Três horas depois tudo de novo. De noite ele consegue até ficar mais tempo. Banho é todo dia no mesmo horário seguido de mamada e soninho. De todos os conselhos que li até hoje sobre bebês esse é o principal: bebês tem que ter rotina.

Semana 4:
No início dessa semana foi o batizado. Definitivamente tenho um filho que é do contra. Dormiu a missa inteira, enquanto as outras crianças resmungavam. Pelo jeito os cânticos lhe deram sono. Na hora do batizado, chorava sem parar, fiquei até com vergonha. Mas no momento da água na cabeça, enquanto as outras crianças novamente choravam, ele parou. Adorou a água, achou que estava tomando banho e até posou para a foto, olhando direitinho pra câmera enquanto ela era despejada.

Finalmente assimilei uma técnica para fazê-lo dar dormidinhas durante o dia com alguma facilidade. Ele fica um tempo acordado após as mamadas. Então quando começa a ficar manhoso, eu deito no meu colo, seguro os braços pra ele não se agitar (se eu deixo ele mexer os braços como quer, fica mais nervoso) e fico caminhando pela casa ou dou uma embalada. Ele dorme em seguidinha. Só que essas naninhas continuam curtas, duram uns 30 ou 40 minutos apenas. Mas já consigo almoçar.

Mais uma vitória: consigo tomar banho quando estou sozinha com ele em casa e com ele acordado. Até então só conseguia fazer isso com ele dormindo. A técnica foi colocá-lo no bebê-conforto e levar para a peça contígua ao banheiro. Ele resmungou um pouco, mas depois acabou dormindo sozinho. Tenho a impressão que o barulho da água do chuveiro correndo foi responsável pelo feito.

Um dia antes de completar 2 meses ele dorme das 11h da noite às 5h40min da manhã, sem mamar. A mamada anterior foi às 10h da noite. E isso sem mamadeira e sem funchicória, mas talvez algo tenha contribuído. A pediatra disse para dar 3 gotinhas de Mylicon diariamente às 18h, que é mais ou menos o horário em que a agitação noturna dele inicia. Depois disso, ele toma banho e solta gases durante o banho. Realmente tem ficado mais calmo depois disso.

domingo, 10 de abril de 2011

Diário de 30 dias como mãe

Bem que eu gostaria aqui de estar falando de como estamos viajando com o nosso baby, mas a verdade é que posso contar nos dedos as vezes em que saí de casa nos últimos 30 dias. É por isso que, nesse momento, quero compartilhar aqui minha experiência de mãe novata. Simplesmente não tenho outro assunto. Tenho consciência de que nem todos os bebês são iguais, portanto, saliento bem que é a minha experiência.

Dia 2: ainda no hospital, passamos nossa primeira noite em claro. O bebê chorou até as 4h da madrugada e nós, desesperados, não sabíamos o que fazer. Nesse momento cai a ficha: não há ninguém para você chamar. Você terá que entender aquele serzinho para que ele pare de chorar. Como não sei o que fazer, choro junto.

Dia 3: tomo o primeiro banho de xixi ao trocá-lo. Conselho para pais de meninos: deixe uma fralda de pano no trocador e coloque na sua frente na hora de trocá-lo.

Dia 4: até então o bebezinho tinha muita dificuldade em mamar, pois não sabia encontrar o bico do seio. Então, ele se desesperava e aí mesmo que chorava mais e não mamava. Pra completar, as mamas começam a ficar fissuradas. Surge então a solução mágica, que aconselho para todas as mães iniciantes com o mesmo problema: bicos de silicone para amamentação, encontrados nas farmácias. Ele pegou o seio na hora depois que comecei a usar. Agradeço ao inventor dos bicos.

Dia 5: pela primeira vez colocamos música clássica para ele se acalmar. Ele pára de chorar e ouve maravilhado, especialmente a Marcha dos Toreadores de Carmen..

Dia 6: os bicos de silicone precisam ser esterilizados a cada vez que são usados. Esqueço o fogo ligado e eles são fritados. Lá vamos nós pra farmácia de novo...

Dia 7: acho que ele está meio amarelado. Minha irmã diz que é "nóia", não é icterícia. Descubro ainda que funciona tirar o leite materno e deixar na mamadeira para ele. Existem umas bombas manuais baratinhas nas farmácias pra isso.

Dia 8: ele faz xixi na gente quase toda a vez em que é trocado. Penso que a melhor coisa que fiz foi trocar o carpete por laminado antes de ele nascer.

Dia 9: descobrimos que ele adora passear de carro. Pára de chorar na hora.

Dia 10: vamos ao pediatra e ele ainda não recuperou o peso que perdeu ao sair na maternidade. Como os bicos de silicone deixam passar pouco leite decido tentar amamentar sem eles algumas vezes. Aos poucos consigo. Quando volto ao pediatra no dia 17, ele já recuperou bem o peso.

Dia 13: consigo abandonar definitivamente os bicos de silicone.

Dia 14: não tenho leite suficiente no final do dia. Então lhe damos uma mamadeira e meia de leite Nan. Ele dorme da meia-noite às 7h da manhã e passa o dia inteiro sem fome. Acho que exageramos.

Dia 15: sem saber o que fazer para que ele pare de chorar decido deixar ele no berço pra ver se pára sozinho. Não é uma boa ideia. Ele se desespera muito mais e é mais difícil acalmá-lo depois. De repente, no colo, sem fazer nada de diferente, ele pára. Não entendo mais nada.

Dia 16: primeiro dia em que fico totalmente sozinha com ele, durante o dia inteiro. É desesperador. Você não se sente a vontade nem pra ir tomar banho deixando ele no berço.

Dia 18: descubro que ele adora sair de casa. Basta abrir a porta e ir até o saguão do prédio que o choro pára.

Dia 21: a única maneira de acalmar o choro de cólica é balançando ele muito em pé e com a barriga virada para baixo. Os braços dóem do tempo fazendo isso, mas ganho músculos.

Dia 22: o guri tem horrores de gases. Para soltá-los, usamos a técnica de encolher e esticar as pernas dele em direção a barriga. Várias vezes.

Dia 23: ele parece sempre irritado quando está acordado. Temos que balança-lo todo o tempo. Aliás, há tempos ele vem dormindo pouco durante o dia.

Dia 27: tento dar um passeio na rua com ele de carrinho. Ele odeia o carrinho e começa a berrar sem parar. As pessoas olham para mim como se eu estivesse maltratando a criança. Volto pra casa com ele no colo e empurrando o carrinho.

Dia 28: conseguimos fazer ele dormir 5h seguidas durante a noite, sem dar leite Nan pra isso. É a glória.

Dia 30: ele acorda bem-humorado pela manhã e sorri pra mim, ainda no berço. Penso que apesar de toda a trabalheira, começa a valer a pena.

Coisas eu aprendi nos 30 dias:
1. Todos tem sugestões e conselhos para acalmar choro, para cólica, para o seu leite vir, para o seu leite ficar "forte", para o que vestir nele. Na dúvida, prefiro seguir os conselhos da pediatra.
2. Em noites desesperadas, quando você realmente precisa dormir umas horas a mais não há nenhum mal em dar um pouquinho a mais de leite Nan fora o peito.
3. O que acalma o choro num dia, não necessariamente acalma no segundo dia.
4. Nem todo o bebê gosta de chupeta.
5. Nem todo o bebê dorme no carrinho.
6. O choro do bebê sempre tem uma causa e os bebês pequenos ainda não entendem o que é manha. A gente tem que tentar várias coisas até descobrir o que é.
7. Música ou barulhos ajudam a acalmar. Água correndo na pia e o barulho da máquina de lavar centrifugando são sugestões que deram certo para mim.
8. O horário da cólica costuma ser no final da tarde. No nosso caso vai até umas 11h da noite.
9. A gente tem que tentar mostrar pra eles a diferença entre dia e noite desde o início. Ou eles dormem na hora errada. Não deixo que ele durma mais que 2 horas seguidas durante o dia.

terça-feira, 22 de março de 2011

Amor de mãe

Existe um mito popular que diz que o único amor verdadeiro é o amor de mãe. Discordo. Creio que existem muitas formas de amar, mas para amor de mãe deveria ser inventada uma nova palavra. Perdoem-me os pais, pois talvez o amor deles seja tão grande quanto, mas eu sou incapaz de entender amor de pai. Amor de mãe eu passei a entender no início desse mês, quando meu filho chegou a esse mundo.

Por mais que ame meus pais, provavelmente eu não daria minha vida por eles. A gente cresce acreditando que a ordem natural é os pais morrerem antes dos filhos. Mas não hesitaria em dar minha vida pelo meu filho.

Amor de mãe, aliás, faz a gente passar a entender as razões de nossos pais ao desejarem nos impedir de fazer uma besteira e ao quererem esconder a parte feia do mundo de nós. Uma mãe faz o impossível para que seu filho seja feliz.

Só amor de mãe é aquele amor que faz a gente chorar admirando o quão perfeita é a obra de Deus ao ver nosso filho dormindo calmamente no berço. Que faz a gente chorar quando ele está acordado, ouvindo maravilhado a sua primeira música clássica. Que faz a gente chorar de desespero, por se sentir impotente para entender a dor que ele sente e que não o deixa parar de chorar.

Amor de mãe faz a gente desejar que todas as dores de nossos filhos passem para nós. Faz a gente sentir falta do cheiro deles, do calor deles no nosso colo, faz a gente perder o nojo por vômito, cocô e xixi.

Amor de mãe faz a gente abandonar o vício por coca-cola zero e chocolate sem pestanejar e sem sentir falta.

Amor de mãe amolece nosso coração e nos torna capazes de entender porque a mãe do bandido sofre e protege, a mãe do drogado não o coloca para fora de casa e a mãe do pestinha ainda assim o defende. Quando você é mãe passa a entender que pelo menos uma pessoa no mundo o ama incondicionalmente.

Uma filha jamais será capaz de retribuir o amor de sua mãe. Esse mesmo amor está guardado apenas para seus filhos. Mas uma mãe não se importa. Porque o amor de mãe é o único sentimento verdadeiramente altruísta. Ele não espera nada em troca.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Enfim um comercial criativo

Comerciais de TV são normalmente chatos. A maioria dos publicitários afronta a minha inteligência achando que eu vou comprar em determinada loja só porque o Gianecchini está na propaganda. Pior, acham que eu vou começar a beber cerveja por causa da Juliana Paes.

No meio do mar da ausência de criatividade, sou obrigada a elogiar os comerciais da Topper incentivando o rugby que passam na TV a cabo. Sem efeitos especiais, sem grandes atores e bem humorados, exploram justamente o fato de que o esporte no país é desconhecido, com uma mensagem final incentivadora. Se você nunca viu:





Dois pontos me parecem bem inteligentes nos comerciais: 1) a alusão à marca é feita apenas no final; 2) deixa um gancho pra o dia em que o país ganhar alguma coisa, como aconteceu há algumas semanas quando a seleção obteve uma inédita vitória sobre a Argentina. Afinal, a Topper poderá dizer um dia algo como "a gente sempre soube que o rugby no Brasil ia ser grande".

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A burocracia acima da lógica

Você já parou para pensar nas razões que levaram à criação da burocracia? A burocracia foi criada pela necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes. Para Max Weber, é a organização eficiente por excelência. Para conseguir esta eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas devem acontecer.

Em resumo, as empresas estavam se tornando muito grandes e difíceis de administrar. Não havia mais lugar para decisões pessoais, então se procurou normatizar a forma como as decisões seriam tomadas para que houvesse mais eficiência.

Pois bem, a palavra chave é eficiência. O engraçado é que se você perguntar para qualquer pessoa hoje o que pensa sobre a burocracia, ela dirá que torna tudo mais demorado. Em resumo: ineficiente.

O que a gente vive hoje é a chamada "burocracia racional", ou melhor, a ditadura do funcionário. Ela apoia-se na crença na legalidade de ordens estatuídas e dos direitos de mando dos chamados por essas ordenações a exercer a autoridade.

Uma amiga passou recentemente por uma situação que me fez ter a certeza de que se dá mais valor à burocracia do que à lógica. O médico da empresa na qual trabalha negou-se a lhe conceder a licença-maternidade a partir do dia x, porque o atestado da obstetra era a partir do dia x-1. Então, ele só podia se ater ao que dizia o atestado, mesmo que a pessoa tivesse trabalhado no dia x. Diga-se de passagem que se a pessoa trabalhou no dia x, foi porque era necessário para cumprir determinadas tarefas no interesse da empresa.

Quando a pessoa comentou: "doutor, por uma questão de lógica se eu vim trabalhar, não significa que o atestado não está contando a partir de x-1?" ele respondeu algo como "lógica não é comigo, lógica é com o teu chefe, eu não posso mudar o que está escrito aí".

Aí, eu me pergunto: pra que serve essa burocracia, então? Não é pra tornar mais eficiente uma empresa? Pra que serve o médico da firma se ele não pode tomar uma decisão simples como "se tu estás te sentindo bem e estás aí trabalhando, então podes trabalhar mais um dia".

Só consigo chegar a uma conclusão: a burocracia deixa as pessoas com medo de tomar qualquer atitude ou decisão que fuja do padrão. Uma pena, porque o mundo só evolui quando alguém tem coragem de tentar o diferente.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Transporte público em Vancouver

Existem basicamente três meios de transporte público em Vancouver: ônibus, Skytrain e Seabus. O tipo de transporte utilizado vai depender do trajeto.

Ônibus é o meio de transporte mais utilizado para a área central e para o transporte em North Vancouver, onde estão várias das atrações turísticas. Um detalhe que é importante saber: não há cobradores nos ônibus. Se quiser pagar em dinheiro, precisa ter o valor exato da passagem, porque o motorista não lhe dará troco. Quem paga em dinheiro deposita numa espécie de "cofre" na entrada do ônibus. Aqui já começa a diferença com o Brasil. O motorista não confere se você está com o valor exato. E provavelmente as pessoas pagam o valor correto.

O Skytrain é um misto de metrô e trem de superfície. Parte de seu trajeto é subterrâneo, parte é na superfície. É o meio de transporte mais rápido para distâncias maiores. O intervalo entre um trem e outro fica entre 2 e 8 minutos, dependendo do horário.

O Seabus é um ônibus de água, ou se preferir, uma balsa bem confortável. Ele liga a parte central de Vancouver ao norte. Há ligação com terminais de ônibus tanto no terminal do centro, quando no terminal em North Vancouver, o que é algo bem inteligente. Você sai do Seabus que apenas fará a travessia na água e ao lado já tem acesso a várias linhas de ônibus. O terminal do centro é chamado de Waterfront e é bem fácil de ser localizado. A travessia é curtinha, dura em média 12 minutos e os intervalos entre um Seabus e outro são de 15 minutos nos horários diurnos.

Para fins de transporte público, a região de Vancouver é dividida em 3 zonas. É importante saber disso, para não pagar mais ou menos do que deve pelo ticket. Para andar na região do centro, é necessário bilhete para 1 zona apenas. Se quiser ir até as atrações em North Vancouver ou para o aerporto, por exemplo, você precisará de bilhete para 2 zonas. Dificilmente você precisará de bilhete para 3 zonas para visitar atrações turísticas, o de 2 zonas é mais do que suficiente.

É importante saber também que o bilhete para 1 zona, que é mais barato, vale para ir para qualquer lugar após às 18h30min nos dias úteis e durante todo o dia em sábados, domingos e feriados.

Uma passagem dá direito de usar qualquer dos três meios de transporte durante 90 minutos e nas três zonas. Isso significa que você pode pegar o Skytrain + 1 ônibus ou 2 ônibus, por exemplo, desde que no período de 90 minutos com apenas o valor de uma passagem.

São vários os tipos de passes também. Para turistas que pretendem ficar pouco tempo, sugiro duas opções: o daypass, que dá direito a utilizar os três meios de transporte público, nas três zonas ilimitadamente durante um dia. Custa C$ 9 dólares (em fevereiro/2010). A outra opção é comprar blocos de 10 passagens. Esses blocos e passes são facilmente encontrados em mercadinhos, farmácias e lojas de conveniência. Se houver um desses desses próximo do ponto de ônibus, pode apostar que ele vende os passes.

Quando você compra o daypass ou o talão de passagens, eles não vêm com a data e horário de uso. Então na primeira vez que for usá-lo você precisará validá-lo. Se for no ônibus é fácil, basta entregar ao motorista. Se for no Skytrain, existem uma máquinas azuis na entrada das estações para isso.

Se você for ficar bastante tempo, como foi o meu caso, o melhor é comprar um passe mensal. Como o nome diz, esse passe dá direito de utilização por um mês ilimitadamente. Mas você não pode comprá-lo, por exemplo, para usar do dia 15 ao dia 15. Todo início de mês você adquire um, que é um cartão. Você só precisa apresentá-lo no momento do uso. Esses passes mensais são comprados por zona (para 1 zona, 2 zonas ou 3 zonas), possuindo, obviamente, um custo diferenciado, dependendo do número de zonas.

O transporte público é seguro e eficiente, mesmo para o horário noturno. E, acredite: não é tão complicado como possa parecer lendo este texto.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

7 erros comuns na gestão de pessoas

Já falei sobre o pesadelo da gestão das pessoas aqui e volto a bater na mesma tecla. Não é fácil gerir gente. Existem profissionais que são excelentes técnicos ou que possuem uma visão de estratégia de mercado privilegiada, mas que não são bons gestores de pessoas. Creio que assim como existem os excelentes técnicos, existem pessoas que possuem uma habilidade ímpar de gerir pessoas, mas infelizmente tais profissionais não são tão valorizados nas empresas. Prova disso é que se você conversar com 10 amigos que trabalham em empresas diferentes, pelo menos 8 deles terá muitas reclamações sobre o chefe. Eis os erros mais comuns que gestores (mormente os de TI) cometem:

1) Acreditar que precisa definir tudo o que precisa ser definido, mesmo a cor do papel higiênico do banheiro
O papel do gestor não é ser o autor de todas as melhores ideias, nem ter resposta para tudo. O gestor que acredita que precisa ser o responsável por toda e qualquer "grande ideia" desvaloriza e desmotiva seus subordinados. O papel do gestor é mediar, enxergar quando a ideia de seu subordinado é boa e referendá-la, atribuindo-lhe o devido crédito. Quando não há consenso, cabe ao gestor decidir. Ele não precisa se desgastar com cada um dos detalhes do dia-a-dia. Coisas menos estratégicas devem ser delegadas, até para que o profissional sinta que tem alguma importância e não é apenas um marionete.

2) Dar nomes aos bois quando o time comete um erro
Humilhação pública não é o melhor quando um funcionário comete um erro. Se ele já não gosta do chefe, terá um motivo a mais para liderar a tropa das reclamações. Se um membro do time comete um erro, o bom gestor deve assumir esse erro como um erro coletivo perante as demais áreas da empresa e falar com esse funcionário em particular, mesmo que a conversa particular seja dura. Expô-lo na frente dos colegas não fará com que o recado seja dado com mais clareza.

3) Ficar de 5 em 5 minutos em volta perguntando se a tarefa foi concluída
Um chefe que conhece seus funcionários sabe quais são aqueles que só trabalham sobre pressão e aqueles que vão entregar a tarefa quando ela estiver concluída. A grande maioria dos funcionários sabe suas responsabilidades e odeia ser tratada como criança. Existem aqueles que precisam do chefe em volta para render? Sim, existem, mas eles são a minoria e vão se mostrar. Assumir que todos precisam de supervisão constante sem nenhum acontecimento passado que justifique, só fará com que aumente a insatisfação.

4) Criticar quando algo sai errado e não elogiar nunca
Esse é o erro mais comum. Gestores adoram fazer reuniões para lavar roupa suja, mas jamais se lembram de elogiar publicamente aquele funcionário que cumpriu suas tarefas com eficiência e no prazo. Todo mundo gosta de ver seu trabalho valorizado e reconhecimento algumas vezes traz mais satisfação do que 5% de aumento de salário.

5) Ignorar que o funcionário possui uma vida fora da empresa
Por vezes, os problemas pessoais são tão graves que não conseguem ficar do lado de fora da porta da empresa. Um funcionário exemplar, pode ter uma fase de baixa se, por exemplo, está com um familiar doente, está fazendo uma reforma problemática na sua casa ou está se divorciando. Um bom chefe, às vezes, precisa ser psicólogo, precisa ouvir e ter a sensibilidade de baixar o nível de exigência em determinados momentos. Afinal, se aquele funcionário sempre foi bom, ele vai voltar a ser.

6) Deixar os subordinados se autogerirem
Existe o tipo de chefe qeu acredita que a área se "autogere" e que não precisa realizar reuniões nunca. Em lugares assim, cada funcionário acaba fazendo aquilo que acha que é o certo, pois ninguém lhe orientou sobre o que é para ser feito. É o primeiro passo para criar panelinhas de colegas, encabeçados por alguma liderança que vai dissidir com outra panelinha, com outra liderança. As consequências podem ser trágicas: na melhor das hipóteses cada panelinha adota um procedimento ou desenvolve a mesma coisa de modo diferente e ambas continuam trabalhando. Na pior, uma panelinha vence a briga no tapa e adota-se a pior ideia.

7) Escolher quem vai assumir a responsabilidade por determinada tarefa por amizade e não competência
Obviamente que existem alguns subordinados em quem o gestor confia mais, muitas vezes por uma questão de afinidade ou até amizade. Porém, isso não quer dizer que esse "amigo" seja a pessoa mais competente para assumir determinada tarefa. Selecionar sempre a mesma figurinha para as tarefas ou projetos mais interessantes é passar a seguinte mensagem pros demais membros do time: o mais puxa-saco vence.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O que fazer em 2 dias em: Vancouver, Canadá

Vancouver se tornou bastante conhecida a partir das Olimpíadas de inverno de 2010 e volta e meia aparece nas listas mundiais de melhores cidades para se viver. Foi também o lugar que escolhi, há alguns anos, para estudar inglês. Apesar da chuva incessante no inverno, é um lugar seguro, com gente educada, onde as coisas funcionam. Ninguém lhe atropela e lhe empurra caso o ônibus esteja lotado. É também um lugar onde você pode andar com sua mochila nas costas, sem medo de um trombadinha qualquer lhe arrancar a carteira e, o melhor de tudo, pode andar tranquilamente sozinho pelas ruas à noite.
A cidade tem cerca de 2 milhões de habitantes em sua área metropolitana (são cerca de 500 mil na área central) e é considerada a terceira maior do Canadá. Se você estiver em um tour pelo Canadá e tiver 2 dias na cidade, sua programação vai depender da época do ano em que for: Vancouver tem vários parques, mas caminhar por eles pode não ser muito agradável entre novembro e março. Já a Grouse Mountain é mais interessante no inverno, quando fica coberta de neve.
Abaixo algumas dicas para os dois dias. Peço perdão pelas fotos, que são da época da velha máquina fotográfica de filme.
1. Caminhar por Downtown até Gastown
Caminhar pela primeira vez pelas ruas de uma cidade de primeiro mundo na época foi experiência marcante. As ruas são amplas, limpas e sem pessoas se batendo todo o tempo. Um roteiro bacana e não muito longo para ser percorrido a pé é ir pela Burrard St em direção ao Canadá Place. Mais ou menos dois quarteirões antes de chegar lá, pegar a W Cordova St em direção ao bairro de Gastown. Gastown foi o primeiro bairro de Vancouver e ainda guarda alguns prédios históricos, bem diferentes da arquitetura moderna do restante da cidade. Ali, há lojas de presentes para turista e o famoso relógio a vapor, projetado em 1875 e criado em 1977, que expele fumaça nas horas cheias e toca música.

2. Grouse Moutain
É a montanha mais próxima do centro, com seus 1.250m. No inverno, fica coberta de neve e se vê muita gente praticando snowboard ou mesmo aquelas caminhadas guiadas na neve, com grampões nos pés. No verão, ainda vale a subida pela vista de Vancouver, especialmente se o dia estiver claro. O acesso é feito através de um bondinho, parecido com aqueles do Rio de Janeiro. Em qualquer época do ano, é possível assistir ao chamado "Theatre in Sky", cinema em alta definição.
Preços e outras informações: http://www.grousemountain.com

3. Capilano Suspension Bridge & Park
Não muito longe da Grouse Mountain, outra atração é conhecer a ponte onde, dizem, foi filmado o primeiro Indiana Jones. Capilano é uma imensa ponte suspensa, a mais antiga do gênero de Vancouver, construída em 1889. Digamos que é desafiador caminhar por uma estreita e instável passagem 69 metros acima do andar do cânion, preso apenas por cordas. A ponte balança pra caramba, especialmente se você não está sozinho nela, mas não exige-se coragem de Indiana Jones para atravessá-la, não.

Além disso, o parque possui o chamado arvorismo contemplativo, o primeiro da América do Norte, você caminha por pontes que ligam árvores a 25 metros de altura. Transporte: Ônibus: 246

4. Canada Place
Talvez eu devesse ter iniciado as dicas por aqui, pois ali há um escritório de turismo em que você obtém mapas e informações, por isso é o melhor lugar para começar o city tour por Vancouver. Além disso, se você caminhar no centro em direção à baia, será o lugar que chamará a sua atenção, pois o prédio parece um "barco a vela gigante". É um centro cultural com salas de convenções.
Transporte: Ônibus 1 ou 5

5. Stanley Park & Vancouver Aquarium
Stanley Park é um parque imenso bem no centro de Vancouver. Foi criado em 1888 e é de frente para o oceano. Possui trilhas para caminhadas, jardins, laguinhos, patos e outros bichos. Uma atração gratuita ali é a coleção de totens no Brockton Point. 
Se for verão, um programa legal é alugar uma bicicleta para percorrê-lo, já que é imenso. Você encontrará onde alugar em lojas ao redor do parque. Também ali está o Vancouver Aquarium, um dos lugares que mais gostei de visitar em Vancouver, com suas belugas, golfinhos e outros animais aquáticos. Aliás, se você olhar séries americanas na TV depois de visitar o Aquarium vai perceber que muitas delas tiveram locações ali. 
Transporte: Se for a pé, é só pegar a direção contrária a de Gastown. Dá pra pegar a Robson St. à esquerda e ir sempre. Ônibus: 23, 35 e 135

6. Visão 360° no Harbour Centre
Na época eu achei caro demais pagar C$15 para olhar a cidade de cima, mas hoje não perderia a chance. Harbour Centre é um dos prédios mais altos da cidade, localizado no centro, entre o Canada Place e o bairro de Gastown. Possui elevador de vidro que leva 45 segundos para chegar ao topo. Lá em cima, você tem uma vista panorâmica de toda área de Vancouver. E o melhor de tudo é que fica pertinho de outras atrações.
Transporte: o prédio localiza-se na 555 West Hastings Street. Eu aconselharia a fazer o passeio em seguida à visita ao Canada Place ou Gastown.

7. Assistir a uma partida de hóquei no BC Place Stadium
Eu diria que é programa quase obrigatório, se você der sorte de estar acontecendo algum jogo do Canucks (time de hóquei de Vancouver) quando estiver lá. O estádio (BC Place) é amplo, confortável e, mesmo no inverno, você não sentirá frio. 


8. Chinese Garden
O jardim já existia quando da minha viagem, mas era pouco divulgado. Mas é a principal atração do bairro de Chinatown (Vancouver tem muitos imigrantes chineses). É possível chegar lá com 15 minutos de caminhada a partir do centro, fica na Carrall St. O jardim é um lugar calmo e muito bonito, onde você esquece por alguns minutos que está em uma metrópole.
Ônibus: 19 ou 22, ou pelo Skytrain, estação Stadium-Chinatown.

9. Mercado de Granville Island
Deixei o mercado de Granvlille Island por último, porque, particularmente, de todas as atrações que listei é que menos gostei, acho que por me lembrar um pouco o mercado público da minha cidade. Chega-se lá em uma viagem curta e baratinha de barco. O trajeto dura cinco minutos. É um lugar para sentar Aproveite para se sentar no deque da cervejaria Granville e tomar uma das melhores geladas da cidade.

Transporte em Vancouver: usar o transporte público na cidade é muito fácil, mas sobre isso falo aqui.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Trilhas no Parque da Guarita

Muito interessante a dica do portal hagah para quem costuma passar férias no nosso litoral e não consegue encontrar nada de muito diferente pra fazer. A Prefeitura de Torres está oferecendo trilhas monitoradas pelo Parque da Guarita. São sete as trilhas oferecidas gratuitamente: Lagoinha, Torre de Fora, Itapeva, Horto, Banhados, Vento Norte e dos Lagos. No site da prefeitura de Torres há outras informações e, inclusive, um mapa dos roteiros. Se fosse escolher apenas uma delas para fazer, escolheria a Lagoinha que percorre praticamente toda a extensão do paredão, mas pelo lado de cima. A única coisa ruim é que as trilhas são oferecidas apenas no verão. Mais informações e agendamento pelo telefone: (51) 3664 1411, ramais 246 ou 247.

Aliás, se você está em Torres, que tal um passeio de balão? Apesar do custo ser proibitivo para a maioria da população, é um passeio diferente onde, a uma altitude de até 600m,o turista vê belas paisagens da região,como o Rio Mampituba,Parque da Guarita,Morro do Farol,Praia da Itapeva e encosta da serra. Mais informações, com a Calabria Viagens e Turismo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bloqueio de ligações de telemarketing

Se você, assim como eu, está cansado de receber ligações de telemarketing, dê uma olhadinha no serviço de bloqueio de telemarketing do Procon/RS.

O PROCON do Rio Grande do Sul a exemplo do que o do estado de São Paulo já vinha fazendo instituiu um cadastro para bloqueio de ligações de telemarketing. Isso mesmo, o consumidor que possui linha telefônica, fixa ou celular em seu nome, no Estado do Rio Grande do Sul e que quiser que esta linha não receba mais ligações de ofertas de produtos ou serviços, poderá inscrevê-la no cadastro de bloqueio de ligações de telemarketing. Após 30(trinta) dias do telefone ser cadastrado, o mesmo ficará impedido de receber telemarketing. A linha só poderá receber chamadas de entidades filantrópicas que solicitam doações ou ligações de empresas que o consumidor expressamente autorizar.

Para se cadastrar, acesse: http://www.proconbloqueio.rs.gov.br/

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sonhos para 2011

Todo o início de ano é igual. As pessoas fixam suas metas para o ano. Não fixei meta alguma para 2011, mas tenho alguns desejos:

- Que as pessoas entendam que todos os que estão dirigindo no trânsito congestionado têm exatamente o mesmo direito de chegar "o mais cedo possível" no destino quanto eu, você ou qualquer outro, portanto, a ultrapassagem pelo acostamento é desnecessária.
- Que as pessoas que alugam casas na praia aprendam que nem todos os vizinhos gostam do tipo de música que elas gostam de ouvir, então, elas poderiam ouvi-la em um volume mais baixo;
- Que eu não veja ninguém jogando papel, toco de cigarro ou lixo de qualquer espécie pela janela do carro;
- Que vizinhos de condomínio solitários entendam que viver em condomínio pressupõe tolerar o latido do cachorro alheio, a troca do piso do vizinho do andar de cima e o choro do bebê da porta ao lado.
- Se os vizinhos não puderem tolerar, que se mudem para um lugar mais tranquilo.
- Que os cupins encontrem uma nova fonte de alimento que não a madeira. Formigas, quem sabe.
- Que eu não precise ler também comentários racistas ou discriminatórios cada vez que leio uma noticia na Internet.
- Que as pessoas entendam que determinadas bricandeiras têm hora e local adequados.

Meus desejos poderiam ser resumidos em um só: quero que me filho conheça um mundo onde reine o respeito e tolerância. Acima de tudo, em 2011, quero começar a educá-lo para que ele não seja como uma das pessoas citadas acima.