sexta-feira, 24 de junho de 2011

2 dias em Gramado

Esse post é muito mais para os leitores de fora do Rio Grande do Sul do que para aqueles que vivem por aqui, pois quem vive por aqui sabe até melhor do que eu o que fazer na serra gaúcha. Gramado é a cidade turística mais conhecida fora do Rio Grande do Sul e o lugar para onde os locais vão em lua-de-mel ou quando querem passar um final de semana romântico.

Particularmente não é meu local preferido para fazer turismo no estado, mas tenho que concordar em algo: Gramado é uma cidade que sabe explorar o turismo. Tem um povo que sabe recepcionar o turista e uma administração municipal que, ao longo dos anos, soube tornar a cidade atrativa em qualquer época do ano. Se você vai na época da Páscoa encontra chocolates artesanais que enchem os olhos. Se vai no inverno, tem o frio, com todos os seus atrativos. Se vai em agosto, o Festival de Cinema, e se vai na época de Natal, encontra as decorações e espetáculos do Natal Luz. Aliás, mesmo nos meses de janeiro e fevereiro, já há quem prefira a serra, longe do congestionamento do litoral.

As dicas que passo a mencionar aqui são meio óbvias para quem é gaúcho, mas para o turista de fora que tem pouco tempo, talvez ajudem a decidir o que fazer. Procurei listar lugares que, independentemente da época do ano, estarão abertos.

1. Comer
Particularmente, acho que é o que há de melhor em Gramado. Não existe melhor lugar para quem quer ganhar peso. Há várias casas de café colonial, de fondue, galeterias, de massas e, apesar de Gramado ter colonização alemã, churrascarias. Creio que para quem vem de fora, se for inverno, o que há de mais imperdível são os fondues e os chocolates. Com relação aos chocolates há vários que são ótimos, mas eu prefiro os da Lugano ou da Planalto. Os sorvetes da loja da Prawer (que também tem chocolates) são uma ótima pedida também.

Para quem nunca provou, vale ir a uma casa de café colonial, ao menos uma vez. Mas vá no almoço ou no jantar, porque é muito mais do que um café. Aliás, se não quiser, você nem precisa tomar o café, pois é servido suco de uva ou vinho.

2. Gramado Zoo
Inaugurado em 2008 e aberto diariamente das 9h às 17h, é o melhor zoológico da Serra Gaúcha (talvez do RS) e abriga 1500 animais, todos da fauna brasileira. O interessante desse zoológico é que ele procura reproduzir o habitat natural dos animais. Não há jaulas, mas vidros blindados para separar o visitante dos bichinhos. Vale a pena conhecer, mesmo se você não tem crianças. A entrada do zoo fica a 700m do pórtico de entrada da cidade pela RS115.

3. Lago Negro
O lago é uma das atrações mais antigas da cidade. Lá é possível dar uma caminhada a pé em volta do lago (ele não é grande) ou andar de pedalinho. O lugar é bonito para quem quer sentar e apreciar a natureza, mas não há muito mais o que fazer além disso. Os mais inquietos provavelmente vão detestar, os mais calmos vão adorar.

4. Minimundo
O parque apresenta réplicas em miniatura de castelos, ferrovias e casas européias. Apresenta também réplica  da Usina do Gasômetro e do porto de Porto Alegre. É bonitinho e diferente. Vale conhecer.

5. Aldeia do Papai Noel
Essa é uma atração mais direcionada para quem vem com crianças. A aldeia do Papai Noel, como o nome diz, simula a morada do velhinho. Lá estão sua casa, sua fábrica de brinquedos, a árvore dos desejos, entre outros atrativos. Para os adultos, o que se pode dizer é que a aldeia fica no Parque Knorr e de lá se tem uma bela vista para o Vale do Quilombo, que é muito bonito. Ah, tem também o monorail, que é uma espécie de trem com trilho para cima, que liga a casa do Papai Noel à fábrica, em um trajeto bem interessante.
Mais informações: http://www.papainoel.com

6. Green Land
Fica ao lado da Aldeia do Papai Noel, então pode ser visitado na saída da visita à Aldeia. Lá estão um lago com lodo terápico, alguns animais, trilhas suspensas e uma ponte pênsil.

7. Vista do Vale do Quilombo
Na saída da cidade, em direção a Canela, há um mirante do Vale do Quilombo. É comum ver as pessoas estacionarem os carros por ali e pararem para admirar o vale. Gasta-se pouco tempo e, se o dia estiver claro, as fotos ficam bonitas.

8. Museus
Gramado tem museus para todos os gostos, quase todos privados. Em dois dias, o melhor é você escolher apenas alguns para conhecer, de acordo com o que gosta mais de fazer. Há o Museu do Perfume, o do Chocolate (junto a Prawer), o DreamLand (museu de cera), o Harley Moto Show (museu de motos), o de minerais e pedras preciosas (com loja), o do Piano, o Medieval e o Mundo Encantado (que é mais um parque que um museu). São todos museus pequenos, para visitas rápidas.

9. Passeio pela cidade
O centro de Gramado é bem pequeno e a melhor alternativa para conhecê-lo é estacionar o carro e andar a pé. Nesse passeio, não deixe de entrar na Igreja de São Pedro, com sua estrutura de pedra basáltica e sua torre de 46 metros. Eu, que gosto de conhecer igrejas, a considero muito bonita, principalmente, externamente. Para quem gosta de tirar fotos com estátuas, na rótula da Bandeiras, há um enorme Kikito, o símbolo do festival de cinema da cidade. Outros cartões postais são a prefeitura e o Palácio dos Festivais, onde acontece a premiação do festival de cinema.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Diário de mãe: o terceiro mês

Semana 1:
O terceiro mês se inicia com as vacinas que devem ser dadas aos 2 meses completos. São a tetravalente (coqueluche, difteria, tétano e meningite), a contra a poliomelite, a contra o rotavírus e ainda a tal de pneumo-10, que nas clínicas privadas é a 13 (protege contra 3 tipos a mais).

A pediatra nos deu a opção de fazer essa tetravalente nos postos públicos ou substitui-la pela hexavalente que acumula a antipólio e também é a segunda dose da Hepatite-B. O argumento decisivo foi o fato de que a vacina pública causa febre e dor por 48 horas em 65% das crianças, enquanto na privada o número cai para 3%. Considerando o histórico de choro do nosso menino, apesar do custo, decidimos não arriscar com a gratuita. Graças a Deus ele não estava nos 3%. A vacina do rotavírus foi feita na rede pública.

Juro que fiquei com pena dele na hora de tomar as vacinas, que são injetáveis na perna (a exceção do rotavírus que é oral). Ele chegou todo alegre na clínica, deitou na maca e estava distribuindo sorrisos. E eu pensando: coitado, não tem ideia do que vem a seguir. Quando foi espetado, o sorriso foi sumindo e o rosto dele foi se ficando num vermelhão só, enquanto ele tomava fôlego para abrir o berreiro. No momento em que abriu, parecia que o mundo ia acabar. Mas passou rápido.

No início do terceiro mês a gente já começa a retomar a vida. Nos primeiros dias de vida, ele levava uma hora e meia entre mamada e arroto. Como fazia isso a cada 3 horas, eu ficava mais ou menos 12 horas por dia em função das mamadas. Agora, ele leva uns 20-25 minutos para mamar e geralmente arrota em mais 10, o que reduziu o tempo diário em função das mamadas pra umas 5 horas.

Então, mães que se desesperaram nas primeiras semanas como eu: existe luz no fim do túnel.

Semana 2:
Ele pegou um resfriado e regrediu ao estágio recém-nascido. Não dorme direito à noite e com isso acaba mamando de 3 em 3 horas novamente. Chora para acordar o prédio inteiro de madrugada. Só quer dormir no colo e em posição fetal. Sabe todos aqueles progressos que havia feito? Nada. De volta a estaca zero.

Quando finalmente melhorou do resfriado, tomou a vacina do Rotavírus. Pois teve reação à vacina. Chorou (ou melhor, berrou) a noite inteira. Nos dois dias seguintes, ficou bem chatinho e teve gases como nunca. Resultado: noites muito mal dormidas.

Semana 3:
Ele retomou os progressos que o resfriado e as vacinas tinham eliminado. Agora mama depois do banho, em torno das 19h30min e vai até meia-noite. Alguns dias é melhor ainda, vai até às 3h da manhã. Daí mama de novo e só mama de novo de manhã. De dia mesmo, os intervalos entre as mamadas estão aos poucos aumentando.

O nosso grande pesadelo que era fazer ele adormecer sem berrar em volta das 21h está terminando. Agora vamos com ele para o quarto nesse horário, com a luz acesa e deixamos ele brincar na cama, se quiser. Depois diminuimos as luzes, pegamos no colo (dormir sozinho no berço, que seria a glória, ele ainda não dorme), ele vai acalmando até dormir. Tem vezes que ele apaga direto após a última mamada, nem precisa ir pro quarto.

Descobrimos um segredinho para dormir. Quando está muito agitado, uso um pouco de funchicória na chupeta. Aliás, é a única maneira de mantê-la na boca, porque ele não é chegado nas chupetas. E olha que já tentamos quatro modelos diferentes. Mas para não preocupar os pediatras: só uso a funchicória quando a situação realmente está desesperadora.

Confirmei a minha desconfiança de que ele adora igrejas. Foi na missa de 100 anos de vida de uma tia do meu marido e continuou encantado com a igreja, em especial, com o candelabro. Acho que vou começar a levá-lo na missa nos sábados.

Mas a melhor notícia de todas foi ele ter se comportado no jantar de aniversário da tia. Ficou lá, no bebê-conforto, bonitinho, enquanto a gente comia. Depois resmungou um pouco, levantei, ele dormiu e ficou lá, quietinho, dormindo, a ponto de as pessoas pensarem que eu minto quando digo que ele é danado.

Semana 4
Acredite ou não, ele está quase gostando de chupeta. Agora toda a vez que tem sono, fica chupando o que encontra pela frente: a blusa da gente, a mão da gente, o pescoço, a mão inteira dele... como a mãe aqui está ficando esperta, aproveito para dar a chupeta nesse momento. Ele segura ela por uns instantes sozinho e segura até a minha mão na chupeta pra que ela não caia. Aí acaba dormindo.

As mamadas do dia também estão ficando mais espaçadas, estão aumentando pra quase de 4 em 4 horas.

Ele está começando a ficar viciado em TV. Aliás, TV é um santo remédio para acalmá-lo quando está prestes a completar 3 meses. Só tem um problema: ele gosta de assistir TV no colo, de barriga pra baixo e sendo balançado. Haja força, ainda mais considerando que ele já passa dos 6,5Kg. Mais uma vez: não acredito em quem diz que eles só fazem manha a partir de um ano.