domingo, 22 de novembro de 2009

O Salar de Uyuni

Esse é um destino que ainda não tive o prazer de conhecer, mas os colegas de GCM Evandro e Márcia lá estiveram e postaram sobre os desafios que encontraram. Afinal, eles chegaram até lá por via rodoviária, partindo daqui de Porto Alegre dirigindo na altitude e em estradas que não eram mais do que trilhas.

Apenas uma breve introdução para quem nunca ouviu falar: o Salar de Uyuni está localizado no altiplano boliviano, a 3.650m de altitude e, segundo a Wikipedia, é a maior planície salgada do mundo. O lugar é conhecido como o "Deserto de Sal", pois estima-se que contenha em torno de 10 bilhões de toneladas de sal. Ele deve ser visitado entre abril e novembro, pois no verão, devido ao descongelamento de geleiras do Andes, fica inundado.

Não deixe de ver as fotos, dicas e o relato do Evandro em seu blog. Vale a pena conhecer mais sobre o Salar, mesmo que você não tenha a intenção de visitá-lo. Outra boa referência é o site Alta Montanha.

domingo, 15 de novembro de 2009

O que fazer em 2 dias em: Lima - Peru

Estava assistindo ao programa Amazing Race - América Latina, no Discovery Channel e, no episódio em questão, os competidores estavam em Lima, no Peru. Foi quando recordei da nossa estada lá. Normalmente quem vai ao Peru apenas passa pelo aeroporto de Lima ou dorme uma noite na cidade, já que as cidades turísticas são em outras regiões. No entanto, Lima tem lugares que valem a pena serem conhecidos. Em dois dias lá você pode visitar:


Plaza Mayor ou Plaza de las Armas: Em torno das praça ficam alguns dos prédios mais importantes: a Casa do Gobierno, a Catedral, a residência do Arcebispo e a prefeitura. A Catedral é impressionante, enorme e antiquíssima, foi construída em 1555. Esses lugares ficam bem no centro da cidade.

Igreja de São Francisco: Pertinho da Plaza Mayor fica o convento e a Igreja de São Francisco, com sua fachada amarela. Também é um prédio antigo e um dos poucos que sobreviveu ao terremoto de 1746 que assolou Lima. No subsolo, há catacumbas, abertas à visitação, que contém ossos de aproximadamente 70.000 pessoas.


Museu Nacional: Lima tem inúmeros museus, mas se for para visitar apenas um deles, eu escolheria o Museu Nacional do Peru. Visitar o museu é uma aula de história peruana e o custo é baixo, apenas 6 soles para adultos. Se você gosta de museus, outro muito bem recomendado é o Museu Larco, um museu privado que fica numa mansão do século 18 e mostra 3 mil anos do Peru pré-colombiano, organizado em ordem geográfica e histórica. O museu também possui uma coleção de artigos de ouro e prata do antigo Peru. O custo é um pouco mais alto que do Museu Nacional, em torno de 30 soles.


Miraflores: É um dos bairros mais simpáticos de Lima. Lá você tem uma visão panorâmica das praias e pode visitar também o Larcomar, que é um shopping center à beira-mar, com uma parte aberta. Nesse bairro, também é possível visitar a Huaca Pucllana, que é um site arqueológico pré-colombiano, onde você pode, inclusive, ver os arqueólogos trabalhando. Infelizmente estava fechado no dia em que passamos, só conseguimos ver do lado de fora. Em Miraflores há ainda o Parque del Amor, um parque bom para caminhar, com uma enorme estátua de um casal se beijando e, que, para mim, pareceu de gosto duvidoso. Mas vale conhecer. É diferente.


Pertinho de Miraflores, dois bairros merecem visita: Barranco um bairro boêmio e colorido (seria uma mistura entre Cidade Baixa e Bom Fim, comparando com Porto Alegre). Lá há uma ponte dos suspiros e também bela vista da cidade. Para quem gosta da noite é o lugar. Outro bairro ali perto é San Isidro, considerado o bairro chique da cidade.

Parque de La Reserva: O Parque foi inaugurado em 2007 e apresenta o maior complexo de fontes de água do mundo. São 13, algumas interativas e todas iluminadas por luz à noite. O parque ainda não existia quando estivemos em Lima, mas a julgar pelas fotos, vale uma visita.

Praias: Apesar de localizar-se às margens do pacífico, os habitantes de Lima parecem não frequentar muito as praias da cidade. Não sei dizer a razão, se o frio ou o mar agitado. Vi apenas surfistas na água. Nós chegamos pertinho, porque afinal de contas, tínhamos que molhar as mãos nas águas do Pacífico, mas foi só isso. Há praias mais famosas e procuradas por surfistas fora da cidade, a mais ou menos 50 quilômetros como Punta Hermosa, Punta Negra e San Bartolo. Dizem os surfistas que as ondas são as melhores do continente, mas para quem tem apenas dois dias e não é surfista, não me pareceu a melhor opção.

Onde ficar: Ficamos em um hotel no bairro de Miraflores que é um bairro moderno e bem agradável. Não recomendo ficar no centro ou no centro histórico, quando cai a noite me pareceu não ser muito seguro. Ficamos próximos do Larcomar. Para nós foi bastante conveniente porque fazíamos as refeições lá, onde o tempero não era tão forte e tínhamos uma certa confiança na origem da água.

Clima: Não existe muita variação de clima ao longo do ano. Chove pouquíssimo na cidade, todavia, a umidade é alta, o que faz com que haja constante névoa. A temperatura é amena e praticamente não há diferença entre inverno e verão. Em janeiro, fica entre 19 e 25 ºC e em julho entre 15 e 18 ºC. Portanto, não existe época do ano ideal.

Dicas:
  • Não tente levar folhas de coca como lembrança ou para preparar seu chá ao sair do Peru para o Brasil. A bagagem é cuidadosamente revistada, a segurança da revista, tanto na entrada, como na saída supera a dos Estados Unidos (pelo menos no voo que peguei).
  • Muito cuidado com a água, pelo menos foi o que nos disseram.Verifique o rótulo da água que você está comprando, mesmo que seja mineral.
  • Acredite se quiser, era difícil encontrar Coca Cola no Peru. Os peruanos tem muito orgulho da sua Inca-Kola, que, apesar do nome, não é nada parecida com a Coca. É refrigerante de cor amarela e, para ser honesta, não foi feito para o meu paladar.
  • Se quiser provar um drinque tipicamente peruano, peça o Pisco Sour, preparado à base de pisco (aguardente peruana feita de uva) e suco de limão.
  • É necessário vacina contra a febre amarela, especialmente se você vai passear também pela região dos Andes depois.
  • O transporte público em Lima não é muito bom. O melhor meio de locomoção são os táxis, cujo custo é bem razoável. Os confiáveis são na cor preta ou amarela, mas pode haver fraude na identificação, então, peça no hotel ou local em que estiver hospedado. Negocie o preço antes, pois muitas vezes eles não têm taxímetro.

sábado, 7 de novembro de 2009

Rafting e Templo Budista em Três Coroas - II

Quando fizemos o rafting, optamos por fazê-lo pela manhã,o que nos deu tempo (após um salsi-pão), de visitar o Templo Budista, também em Três Coroas, ainda no mesmo dia.

Templo Budista 


O que falar do templo? É um lugar que recebe visitas de gente que vem de longe, de outros estados e países, inclusive. Independentemente de sua crença, vale a pena visitá-lo ao menos uma vez, pois é um lugar muito bonito, localizado em uma parte alta da cidade, de onde se tem bonita visão da região. Além de tudo, é um lugar que nos traz calma e serenidade.

Como chegar: O Templo localiza-se no município de Três Coroas. Vindo de Porto Alegre, há duas opções.

  • Vindo pela RS-020: passa-se por Taquara e anda-se em direção a São Francisco de Paula. Dobre à esquerda na parada de ônibus 177 e siga a sinalização. O caminho por aqui é mais perto.

  • Vindo pela RS-115: dobre à direita no primeiro trevo de Três Coroas em direção ao bairro Águas Brancas e siga por 7 km em estrada de terra. Nas bifurcações, entre sempre à esquerda. A estrada é bem estreita em alguns pontos. Para não se perder, lembre-se que o templo fica em local alto, então pense que você deve subir.

Vindo do Parque das Laranjeiras, que foi o nosso caso: voltamos à RS-115 e andamos em direção a Porto Alegre até o próximo trevo. Viramos à esquerda e seguimos.

Horários: Sábados e domingos: das 9h às 16h30min. Nas segundas, o templo é fechado à visitação. De terças a sextas: das 9h às 11h30min e das 13h30 às 17h.

O que fazer lá: Quando você chega de carro, há um portão, trancado. Você deve apertar a campainha e identificar-se pelo número da placa do veículo. Lá dentro, há espaço para estacionar, bem próximo ao templo.

Você será convidado, após sua entrada ser permitida, a ir até o centro de visitantes, onde receberá explicações básicas sobre a doutrina budista e sobre o centro em um vídeo. É importante assisti-lo para entender o que você está vendo.

Após o vídeo, você provavelmente visitará o templo, que é a maior construção do local. Não é possível fotografar na parte interna do templo. Ninguém entra lá de calçados também. Você será convidado a retirá-los na entrada. O templo é lindíssimo. Há locais específicos para os praticantes realizarem suas preces e explicações sobre a doutrina budista em cada canto. O colorido é muito bonito.


Também é possível visitar a Casa das Lamparinas, as rodas de oração e ver as estátuas, todas muito detalhadas. Chamou-me a atenção as rodas de oração. Elas giram 24 horas por dia mandando preces e bençãos a todos os povos. Uma forma mecânica de oração, o que me pareceu, sem dúvida, mais inteligente do que os meios tradicionais.

Aprende-se bastante sobre a doutrina budista lá. No próprio templo, há placas contando a história de Buda, um príncipe que abandonou a riqueza para buscar a "cura do sofrimento". Anos mais tarde,  sentado sob uma árvore Bodhi, em uma noite de lua cheia, ele, de repente, experimentou extraordinária sabedoria, compreendendo a verdade suprema do universo e alcançando profunda visão dos caminhos da vida humana (a iluminação).

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Rafting e Templo Budista em Três Coroas - I

Esses dois passeios podem ser feitos em um final de semana, para quem mora na região Metropolitana de Porto Alegre, Serra ou Vale do Sinos. O primeiro é mais bacana se você reunir uma turma de no mínimo umas 6 pessoas. O segundo pode ser feito na sequência, no mesmo dia, e não, necessariamente, em turma.

Rafting

Tudo bem, o rafting é uma aventura. Mas ali em Três Coroas, no Rio Paranhana, ele é de nível 2 ou 3, ou seja, o mais tranquilinho, na escala que vai até 6. Exige algum esforço físico apenas nos braços, mas não o suficiente para doer. O ponto de partida é o Parque das Laranjeiras, em Três Coroas. Ali há pelo menos umas 3 empresas que realizam o passeio.

Duração: O passeio dura de 1:30 a 2 horas

Como é: Uma vez contratado o passeio, primeiro, você recebe o material (macacão estilo surfista e capacete), veste e ouve algumas explicações do guia. As explicações são importantes, porque ali você vai aprender os comandos básicos para manejar o remo para frente ou para trás e quando deve parar de remar e sentar no centro do bote.

Depois, rumamos na caçamba de um caminhão até o ponto de partida do rafting que é próximo a uma represa. Descemos, ajudamos a carregar o bote e "caímos" na água.

As pessoas mais pesadas do grupo sentam na parte da frente do bote, o instrutor e uma pessoa mais leve atrás. O restante do grupo se acomoda nas outras posições. Em um bote é possível arranjar até 9 pessoas. Nesse caso, uma não rema.

O importante é seguir sempre as instruções do guia. Quando alguém cai na água, não há motivo pra pânico (eu caí), pois todos usam coletes salva-vidas. Basta agarrar o companheiro pelo colete e puxar.

Durante a próxima hora você vai alternar períodos de corredeira, com períodos de mansidão. Rema-se apenas na corredeira. Na mansidão deixa-se o bote levar. A sensação no período de corredeira é muito parecida com a sensação de descer uma ladeira de carro, dá um certo friozinho na barriga.

Para o nosso grupo, foram realizadas duas atividades fora do bote. Na primeira, encostamos o bote, descemos e cada "senta" na corredeira deixando ela levá-lo, até um ponto onde se agarra uma corda. A segunda é bem parecida, mas fazemos isso em trenzinho, um companheiro segurando o colete do outro.


No finalzinho do rafting, houve uma parte em que remamos em direção a uma grande pedra (é o que retrata a foto ao lado). Parece que o bote vai virar, mas não. E é bem divertido pra quem está na frente.

Parque das Laranjeiras, como chegar: O Parque fica a aproximadamente 92 Km de Porto Alegre e a 20Km de Gramado. Indo em direção a Gramado pela RS-115, em Três Coroas, vira-se à direita. Existem placas sinalizando, basta ficar atento a elas quando se aproximar da rótula de entrada para Três Coroas. Segue-se uns 15 Km, parte por asfalto, parte por calçamento e parte por estrada de chão e chega-se ao parque.

Além do rafting podem ser realizadas outras atividades lá como rapel, trekking e tirolesa. Há uma pousada (com restaurante) e cabanas para serem alugadas. Também há churrasqueiras que podem ser utilizadas pelos visitantes.


Como contratar o rafting: Nós fizemos o passeio pela CENTRAL SUL RAFT e foi tudo bem. Eles foram super atenciosos e nos entregaram sãos e salvos no final. O nosso instrutor era engraçadíssimo, inclusive. Outras empresas são a Raft Adventure e a Exxtreme.

O que usar: Você vai receber macacão, capacete e colete salva-vidas. Digo com 100% de certeza que vai molhar o calçado, então use algo que possa ser molhado. O ideal é algo que não seja escorregadio, então chinelos não são aconselháveis. Eu usei uma sapatilha-tênis de pano lilás (para facilitar a identificação embaixo da água :-) ), mas poderia ser tênis comum ou papete.

Quando ir: A água do rio é muito fria, mas você sente mais logo que se molha, depois esquece o frio e vai estar com a roupa própria, então, em tese pode ser feito a qualquer época do ano. Dias bem quentes são os mais convidativos, você não sente muito o sol exatamente por conta da água fria. No alto do inverno, com chuva, não deve ser muito agradável, não.

Sobre o Templo Budista, falarei no próximo post.