sábado, 26 de abril de 2008

Parque das 8 Cachoeiras

Sei que tenho andado sumida do blog. Época de aulas e de provas na faculdade e de vários lançamentos de sites no trabalho, então os posts tendem a diminuir até final de junho.

Sempre que um feriado se aproxima, começo a procurar sites sobre trilhas aqui por perto, no RS ou em SC. E é impressionante como são poucos os sites ou blogs com dicas sobre trekking por aqui. Se alguém tiver alguma dica, comente aí, será um serviço de utilidade pública.

Na minha opinião, um dos lugares mais legais pra quem gosta de trilhas é o Parque das 8 Cachoeiras em São Francisco de Paula. O parque não é muito divulgado, nem muito conhecido, nós o descobrimos por acaso em um dos finais de semana em que estivemos em São Francisco. Vimos a placa, fomos seguindo e achamos o parque. Ele fica próximo ao centro, mas o acesso não é muito fácil, uma estradinha de chão muito ruim.

É possível ir ao parque apenas para passar o dia, a entrada por pessoa na baixa temporada (como agora) é de R$ 5,00, mas também é possível acampar ou alugar uma das cabanas pra passar o final de semana. Quando fomos, no ano passado, eram poucas cabanas, mas é possível que já tenha aumentado alguma coisa.

Mas a atração principal do parque são mesmo as cachoeiras. São 8, como o nome diz e o acesso a cada uma delas se dá por uma trilha. A primeira delas, chamada de Remanso é de facílimo acesso: menos de 15 minutos de caminhada pela própria estrada e você está na base. Também é possível vê-la pelo topo, numa outra trilha, também bem fácil, embora um pouco mais longa.

A segunda de mais fácil acesso é a cachoeira da Neblina. No parque, dizem que leva-se de 30 minutos (os tempos são sempre de ida e volta) e o caminho é bem delimitado, sem grandes dificuldades pra atravessar. Ela fica bastante cercada pela mata e tenho a impressão que o nome se deve ao fato da queda d'água realmente lembrar neblina.

Na classificação do parque, as cachoeiras da Ronda e Escondida recebem grau de dificuldade 3, a primeira delas com tempo de aproximadamente 40 minutos para ir e voltar e a segunda de aproximadamente 30 minutos. Particularmente, nós levamos menos de 20 minutos pra chegar nelas, mas quando você chega não volta em seguida, acaba ficando um tempinho lá pra curtir.

Quando visitamos a cachoeira da Ronda, era outono, mas o tempo estava quente. Chegamos lá no meio da tarde e ficamos um longo tempo ao sol, com respingos de água pra nos refrescar de vez em quando. Já na cachoeira Escondida, fomos no inverno, estava frio, sem sol. Talvez por isso eu gostei mais da trilha da Ronda, mas elas tem graus de dificuldade semelhantes. Em ambas é preciso atravessar pedras e segurar-se em cipós para pular certos obstáculos. É preciso um bom tênis pra não escorregar e ter algum cuidado, por este motivo, não são todos que se arriscam, quem vai com crianças normalmente desiste. Mas eu acho que vale a pena e não é assim tão complicado.

A cachoeira do Quatrilho talvez seja a trilha mais interessante. Já fizemos duas vezes e foi a única cachoeira que nos arriscamos no banho (embora a água estivesse gelada). Leva-se 2 horas e meia pra ir e voltar, mas o caminho é tranqüilo, a maior parte dele é plano e ele é muito bem sinalizado. O grau de dificuldade indicado pelo parque é 4, mas imagino que seja pela distância, porque o caminho é mais fácil do que para a Escondida.

As últimas três trilhas são as mais difíceis. A trilha que leva para a cachoeira dos Pilões e da Ravina é a mesma. A duração é de 1 hora e 30, porém, é preciso descer e subir escadarias, então, é preciso preparo físico. Além disso, uma das escadarias é bastante segura, com proteção em volta, mas a outra não lhe dá muita confiança, não... Além disso, quando fomos, havia uma parte em que tínhamos que seguir pelo córrego então não foi possível não molhar pés e tênis. Só para os mais aventureiros!

A única trilha que não conseguimos fazer ainda (e isso nos deixou bastante frustrados) foi a das Gêmeas Gigantes. O tempo de ida e volta é de 5 horas e é necessário atravessar 22 vezes os córregos até chegar nela. Isso quer dizer molhar os pezinhos. Fomos preparados pra isso, mas depois de mais de 1 hora de caminhada a decepção: uma árvore que segurava uma escadaria havia caído e a cascata estava inacessível. Olhamos pra ver se encontrávamos um caminho alternativo, mas achamos arriscado demais e retornamos.

Quem gosta de trekking sabe que nada mais motivador do que a caminhada terminar num lugar bonito. E, ainda não vi uma cachoeira feira, por isso gosto bastante do parque. Cada trilha tem uma característica diferente, bem como cada uma das cachoeiras. Vale a pena.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Prêmio Sem Noção (2)

Eu já falei sobre o Prêmio Sem Noção aqui antes o que dispensa comentários adicionais.

Pois bem, sábado à noite, supermercado lotado, todas as filas do caixa com várias pessoas esperando. A senhora passa as suas coisas pelo caixa e, subitamente, lembra-se que se esqueceu de pegar creme de leite. O empacotador, bem querido, se oferece para ir buscar. Todas as pessoas da fila (eu, inclusive, que seria a próxima a ser atendida) fazem cara feia. Depois de intermináveis minutos o guri volta com duas caixinhas de creme de leite. Então, a senhora diz:
- ah, mas eram duas latas...
O guri volta lá pra dentro e mais alguns intermináveis minutos se seguem antes de ele retornar com as duas latas.
Então a senhora calmamente paga as compras. Depois, ela calmamente guarda o dinheiro na carteira, sem arredar o pé de onde está, o que impede a pessoa que está em seguida na fila (ou seja, eu) de colocar as suas compras no guichê pra que seja finalmente atendida.

Na Inglaterra as pessoas são capazes de levar a sua sacola pro supermercado ao invés de usarem sacos plásticos que destróem o meio ambiente. Se você não leva, o supermercado te cobra pelo saco plástico, o que significa que o preço dele não é embutido nos produtos como ocorre aqui (ou alguém tinha a ilusão de que o saquinho era de graça?). Sem contar o fato de que na Inglaterra as pessoas também são capazes de empacotar as próprias compras, o que também reduz o custo do supermercado que não precisa ter funcionários só pra isso.

O Brasil pode progredir economicamente, pode até vir a ser um país rico. Mas nunca será de primeiro mundo enquanto o povo não aprender regras mínimas de convivência social.

sábado, 12 de abril de 2008

Sorte

Nem tudo é azar. Ontem, por milagre, eu consegui frear o carro e evitar um engavetamento. Tudo porque um militar resolveu parar repentinamente o trânsito pra que um caminhão (também militar) arrancasse do lugar onde estava estacionado em plena José Bonifácio. Eu já estava lamentando o meu carro amassado, quando por milagre ele respondeu ao comando do freio e parou!

Oxalá o inferno astral tenha passado.

domingo, 6 de abril de 2008

Inferno Astral

Tenho uma capacidade enorme de pensar demais sobre tudo o que me acontece. Pra maioria das pessoas, um tombo é só um tombo, mas eu fico horas pensando no que fez o universo conspirar para que eu caísse justamente na parte mais molhada da rua. Deve ser autocrítica em excesso, só pode.

Essa breve introdução é pra justificar que é claro que eu não poderia aceitar facilmente o fato de que a série de coisas que me aconteceu no último mês fosse obra do acaso. Como não tenho nenhuma outra explicação plausível, eu atribuí ao meu inferno astral.

Na internet, encontra-se as seguintes definições para Inferno Astral:

"Inferno Astral é o período de 30 dias que antecede a data de seu aniversário. Nessa época, a cada ano, você fica mais sensível e precisa se dar a si mesmo(a) mais atenção. Durante essa fase, recomenda-se fazer um balanço de sua vida e quando se deparar com problemas, esforce-se por resolvê-los." (astral-on-line.com)

Que ótimo... só preciso me esforçar para resolver problemas então durante o inferno astral!

"No mês que antecede nosso aniversário, o ponteiro se encontra transitando na casa 12 da roda zodiacal (a última), ligada ao signo de Peixes, que pode indicar sofrimento, doenças e fatalidades.
É possível nas quatro semanas anteriores ao aniversário algum acontecimento desfavorável na vida da pessoa.Se nenhum aspecto negativo for formado, nada acontecerá.É sempre necessário que exista um ‘pano de fundo’ indicador de algo para que um evento aconteça.Nem sempre o mês que antecede o aniversário apresenta desgraças, doenças ou acontecimentos dramáticos.O certo é todos viverem o mês que antecede o aniversário como sendo um período de recolhimento, meditação e interiorização." (astro-saber.com)

Essa eu gostei mais ainda. Especialmente da parte que menciona que a casa 12, ligada ao signo de peixes pode indicar desgraças (peixes é o meu signo).

Particularmente, não sou ligada em astrologia, acho uma grande bobagem, porque se eu acreditasse, também acreditaria que todas as pessoas que nasceram no mesmo dia em que eu, no mesmo ano e na mesma faixa horária, teriam personalidade igual a minha, o que já tive provas contundentes de que não é verdade. Mas como explicar ?

- que tenha caído um temporal no meu primeiro dia de aula, justamente às 6h30 da tarde, na hora em que eu saía do trabalho e estava sem carro e sem sombrinha?
- que eu tenha tido uma enxaqueca de quase desmaiar bem no dia e horário da minha apresentação de trabalho ?
- que eu tenha levado dois tombos num intervalo de duas semanas, os dois com vários esfolamentos, sendo que o segundo esfolou uma área previamente esfolada da minha mão?
- que no dia em que eu cheguei em casa após o dito tombo e tinha exatamente 20 minutos pra tomar banho, me arrumar e chegar na faculdade não tinha uma gota de água no prédio para que eu pudesse sequer fazer um curativo (quem dirá tomar banho)?
- que justamente no dia do meu aniversário, que casualmente era véspera de feriadão de Páscoa, um professor mala teimou que tinha que dar aula até às 10h30 da noite.

Enfim, estou precisando de simpatias para espantar o inferno astral... que já deveria ter-se ido, mas ainda não foi.