segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ah, os médicos...

Desconfio que em breve os médicos de Porto Alegre alertarão suas secretárias para que não me deixem agendar consultas com eles, mas enquanto isso não acontece, continuo com minha campanha pela humanização da medicina que iniciei no post A angústia da espera.  Poderia até dizer que esta é uma parte 2 daquela explanação.

O fato é que, passados 6 meses daquele post, finalmente fui consultar outro mastologista para pedir uma segunda opinião sobre operar ou não o nódulo (supostamente benigno) que tenho no seio. Desta vez escolhi uma mulher, acreditando que ela valorizaria mais o pedaço do meu seio que querem arrancar.

Ela foi simpática, atenciosa, etc, mas disse exatamente essas palavras: "não tenho a menor dúvida de que tem que operar". Pior: elogiou o ser antipático que me atendeu em janeiro, dizendo que eu deveria fazer a cirurgia com ele, porque ele é ótimo. Super ética, não me quis como paciente, me mandou de volta pro bossal!

Juro que estou começando a acreditar que eu deva ter um karma de outra vida com o bossal!

O problema dos médicos (e tenho uma irmã médica) é justamente acreditar que basta o cara ser tecnicamente bom pra ser um bom médico, o que, do ponto de vista do paciente, é uma inverdade. Do nosso ponto de vista, pro cara ser bom, ele tem que ser um pouco mais que isso. Valorizo atitudes como atenção, saber ouvir e demonstrar um mínimo de interesse pelo meu conforto e bem estar. Médico interessado em operar na sexta-feira de tarde, pra me deixar dormir no hospital, porque ele tem mais o que fazer do que esperar 3 horas lá pra me dar alta, não tem a menor chance comigo... Pessoas que retiram tumores saem do hospital no mesmo dia, por que eu, que vou tirar um pedacinho de nada, tenho que dormir lá?

Quem não gosta de gente, tem que fazer faculdade de ciências da computação, não medicina (ah, mas aí o cara não vai ter o "status").

Então, se algum doutor estiver lendo isso, aprenda. Eu vou continuar procurando um mastologista de confiança, porque está bem difícil.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

16 meses

Não sei se existe uma idade em que as crianças passam a entender as coisas, mas posso dizer que com 1 ano e 4 meses, meu gurizinho já entende pra caramba o que a gente diz. O vocabulário dele continua pequeno, mas entende tudo. Sabe quando vai passear, quando vai tomar banho, que tem que colocar babeiro pra comer, que tem que levar o prato pra pia depois de comer, enxerga o que há na mamadeira... sabe quando é xingado e o que fez de errado pra ser tratado daquela maneira.

Já sabe que precisa esperar o "homenzinho verde" aparecer pra atravessar a rua, que deve dar a mão para atravessar a rua, que chaves abrem portas e portões e que certas coisas devem ser colocadas no lixo (mas não a mamadeira dele).

Meu guri sabe mostrar seu nariz, seu umbigo, sua cabeça, sua língua e sua orelha. Mostra também a mão e o pé. Quando digo "vamos escovar os dentinhos", corre para o banheiro e espera a pasta de dente.

Já sabe mandar beijo, mas só quando ele está a fim. Não gosta de trocar fraldas, mas gosta de colocar o casaco, porque faz isso antes de ir para a rua.

Sabe o que é "cacaca" e insiste em colocar na boca mesmo assim.

E o mais bonitinho de tudo: sabe rodopiar e sambar.