segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Diário de mãe: o primeiro concerto

Penso que bebês devem ser brindados com boa música. Nunca apresentei pro meu pequeno funk ou rebolation, estilos que não gosto e que tem pouca validade. Mas apresentei desde seus primeiros dias a música clássica que é universal e sobrevive aos séculos.

Pois fazia tempos que queria levá-lo para assistir um concerto. Mas temia que ele não gostasse ou começasse a fazer barulho, então, um ambiente fechado era inviável. Consegui finalmente levá-lo ao concerto de Natal do Zaffari, no último domingo, no Parcão. Se ele começasse a chorar era fácil de sair e seu resmungo não seria tão notado.

Sabe aqueles momentos em que você sente a maior felicidade em ser mãe? Foi o que aconteceu ali. No início, ele estava curioso e quieto, prestando atenção às pessoas, às luzes, às árvores e ao palco. Depois, ficou numa alegria só. Dava gargalhadas, pulava no colo, parava para ouvir as pessoas aplaudirem... e quando elas paravam de aplaudir, aí  começava a vez dele bater palminha. Cantou aaaaaaaaahhhhhhhh junto com o tenor, flertou com uma menina que estava ao seu lado e em nenhum momento chorou. Aguentou uma hora de concerto. Não exigimos mais dele, pois já começava a ficar frio e tarde.

Na hora de voltar pra casa, ele ficou excitadíssimo. Fomos e voltamos a pé e, para voltar, passamos em meio ao parcão. A satisfação dele olhando para as sombras que as árvores e as luzes da noite faziam, era imensa. Ele ria e sacudia os bracinhos em total felicidade.

Bebês são assim: se chateiam com pouco, porém, se alegram com menos ainda. Mas a alegria dele é tão pura, genuína e contagiante, que me faz pensar por que para nós, adultos, não é tão simples assim.

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