domingo, 31 de maio de 2009

Dicas Úteis para Iniciantes no Trekking

Essas dicas são direcionadas para quem não tem experiência em trilhas, mas tem vontade de iniciar. Algumas são bastante óbvias, mas é sempre bom relembrar.

  • Se é a primeira vez que fará uma trilha e não faz exercícios com regularidade, não inicie por aquela de 20Km e um dia inteiro de caminhada. Trilhas fáceis para iniciar são as do Parque do Itaimbezinho (principalmente a Trilha do Vértice que é um pouco maior) ou as do Parque da Ferradura, em Canela. No Parque da 8 Cachoeiras, em São Francisco de Paula também existem opções de trilhas fáceis e curtas. A da nascente do Rio do Sinos que falei aqui recentemente já pode ser considerada de nível médio.
  • Não faça maluquices. Se for sozinho ou com alguém que também não conhece a região procure informação antes de se aventurar: a distância que vão percorrer, se há sinal de celular,
  • Acorde com as galinhas e saia cedo, especialmente no inverno. Não espere o anoitecer pra voltar. Quando estiver anoitecendo é bom você estar bem longe de mata fechada ou de qualquer região desconhecida. O site Trilhas e Aventuras traz um modelinho para estimativa de tempo de caminhada. Achei difícil de calcular por esse modelo sem um GPS, pois você tem que saber quanto em metros vai subir e descer durante a trilha.
  • Gaste 5 minutos antes e 5 minutos após a trilha para um alongamento nas pernas e braços. Pode parecer bobagem, mas ajuda a reduzir as famosas dores musculares pós-trilha.
  • A regra é respeitar a natureza. Lembre-se: a mata é o habitat dos bichos que ali estão, você é o invasor. Se encontrar algum animal selvagem no caminho, não mexa com ele. Mas isso é bastante incomum. Já vi cobras, aranhas, urubus, mas nunca cruzei com pumas ou gatos selvagens.
  • É comum você chegar em pontos onde parecem existir duas trilhas a seguir e você ficar em dúvida. Nesse caso, procure sempre seguir pela trilha mais marcada. Se errar, não se preocupe: normalmente as trilhas "alternativas" não seguem muito longe e logo diminuem. Conheço pessoas que no caminho de ida costumam empilhar pedras ou mesmo colocar galhos em determinada posição para auxiliar na volta. Se lhe der mais segurança, faça isso. Só não vale deixar lixo no caminho.Um calçado confortável é fundamental. Se tiver condições, invista em um tênis ou bota de caminhada. Os tênis para trekking normalmente tem o solado dentado. E as botas pra trekking são aconselháveis porque protegem o tornozelo. Apesar das mulheres darem preferência pro bonito, é melhor investir em algo que seja macio. De preferência de cor escura, pois você vai certamente sujá-lo. É possível encontrar bons tênis e botas pra trekking por R$ 150. Mais dicas sobre calçados pra trekking você encontra aqui.Evite usar calçado novo. Se comprou sua bota de trekking, amacie-a. Não espere para estreá-la naquele trekking em que vai caminhar o dia inteiro.
  • Não leve bolsas ou mochilas que fiquem viradas para frente. É bem mais difícil manter o equilíbrio com elas. Use mochila nas costas e leve o estritamente necessário. Quanto mais peso você carregar mais vai se cansar e mais difícil será manter o equilíbrio. Lembre-se: é proibido carregar na mochila peso superior a 10% do seu peso.
  • Nas trilhas mais difíceis, algumas pessoas carregam "poles" ou bastões. Eles também ajudam a manter o impulso e o equilíbrio, mas não são indispensáveis. Você também pode improvisar com galhos que encontrar no caminho.

O que vestir
  • Não existe uma regra do que usar, mas as roupas também devem ser confortáveis e maleáveis. Calças de ginástica como as de supplex e abrigos de tactel são bons porque secam rápido. Em geral, tecidos sintéticos de poliéster como TacTel, Micromattique, Coolmax, Dry-Fit( ou outro "Dry"), além de secarem rápido, protegem mais dos raios solares que as de algodão. Esse tipo de roupa, no entanto, tem um custo um pouco mais elevado. Se não tiver condições de adquirir não há problema. Já fiz muita trilha com calça de moletom e camiseta de algodão. Mas aí é bom levar uma muda de roupa na mochila.
  • Sempre que ando na mata dou preferência para calças, mesmo no verão. Elas não vão evitar que você seja picado por uma cobra, mas sempre são uma proteção a mais contra os insetos e contra os galhos e pedras que vão lhe arranhar.
  • É sempre bom carregar uma capa de chuva. Ela não mantém você totalmente seco, mas pelo menos ajuda a manter a temperatura do corpo em caso de chuva. E a capacidade que o tempo tem de mudar constantemente em nosso país não pode ser ignorada.
Lanche
  • Leve água. Pode ser nessas garrafinhas com bico dobrável que são encontradas nas lojas de R$ 1,99 ou um cantil.
  • Não exagere no que vai levar para lanche. Dê preferência para alimentos que lhe dêem alguma energia e não ocupem muito espaço como sanduíches, barrinhas de cereal, chocolates. Salgadinhos costumam provocar sede e você estará levando quantidade limitada de água, então melhor evitar. Frutas só em potes plásticos. Soltas na mochila elas costumam amassar e sujar o que está lá dentro.
Acessórios

Indispensável: protetor solar e repelente de insetos. Sou alérgica a insetos, então para mim repelente é fundamental. Para você talvez outro item seja mais importante. Lanterna e canivete podem ser úteis também. E um kit de primeiros socorros básico (pode ser um apenas para todo o grupo, não precisa cada integrante carregar o seu). Outros acessórios que podem ser úteis:

  • Muda de Roupa (no mínimo um par de meias e uma camiseta limpos e secos)
  • Chapéu ou Boné
  • Óculos de Sol (com cordinha, pois é muito fácil perder no caminho)
  • Lanterna Pequena
  • Canivete
  • Relógio
  • Capa de Chuva leve
  • Papel higiênico
  • Uma toalha (não precisa ser grande, mais para secar o suor e limpar as mãos)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Trilha da Nascente do Rio dos Sinos em Caraá



Para quem mora na região de Porto Alegre, Vale do Sinos, Serra ou Litoral gaúcho, uma das trilhas proximas e mais características é a da Nascente do Rio do Sinos. Característica porque realmente é uma trilha, com pouco trecho de estrada e quase todo pela mata mesmo. Quem aprecia trilhas não muito fáceis, mas que também não necessitem de corda durante todo o tempo, vai se divertir.

Como chegar
Caraá fica a pouco mais de 100 quilômetros de Porto Alegre. Você pode seguir pela BR-290 até a entrada de Santo Antônio da Patrulha. Lá, pegue a RS-030. Você também pode ir por Gravataí, diretamente pela RS-030 (a chamada estrada velha). Entre à esquerda no supermercado Nacional, sentido Caraá, e rode 38 quilômetros pela estrada de chão até chegar ao início da trilha. Existe uma única placa que diz indica a trilha a 6 Km. Pouco após essa placa você terá que deixar o carro. Nós deixamos depois da ponte de madeira que segue essa placa.

Distância
Aproximadamente 6Km de ida e volta que são percorridos em 4 ou 5 horas, dependendo de quantas paradas se faz para fotos ou lanche ou banho.

E se precisar de guia?
Entre em contato com a prefeitura de Caraá pelo fone (0xx51) 3615-1324. Como nós estávamos em um grupo grande, contratamos um, o Wagner, por indicação da prefeitura. Ele foi muito atencioso e preocupado com a segurança do grupo. Levou, inclusive, corda adicional para o ponto mais difícil. Há grupos que percorrem a trilha sem guia. Mas se você está num grupo maior o custo é baixo, então, eu recomendaria.

Dificuldade
De modo geral a trilha tem um nível de dificuldade médio. No início, você anda pela mata e precisa ter cuidado apenas com as teias de aranha no alto. Em seguida, quando as pedras começam a ficar mais úmidas, precisa ter algum cuidado para não escorregar. Quanto mais próximo da nascente, mais úmido fica. Havia, no nosso grupo, uma menina de 7 anos que adorou a caminhada.

Nós fomos em uma época de profunda seca, mais um pouco e "adeus" cascata. Assim, foi possível fazer uma caminhada seca, ou seja, não molhamos calçados. Mas quando o rio está mais cheio, certamente será necessário cruzar alguns córregos.

O que você vai ver
No início da trilha, você passa por duas casas de aluguel da região, a do Ivan e a segunda, na beira do penhasco. A trilha é estreita, mas plana. Dependendo da época do ano, encontra-se amoras nos arbustos do caminho.

São três cachoeiras. Logo no início da mata, há a primeira que é bem pequena. É preciso sair um pouquinho para a direita da trilha para alcançá-la. Se você olhar muito para baixo, corre o risco de cruzar o córrego e não enxergá-la.

Após essa primeira cachoeira começam as pedras e a trilha começa a acompanhar o córrego, à esquerda. Há alguns pontos mais difíceis de passar, mas nada que apavore. Aqui já é possível tocar a água cristalina do que irá se transformar no Rio dos Sinos.

Após mais ou menos 1 hora de caminhada alcança-se a segunda cachoeira, de aproximadamente 20 metros. Ela não é tão alta como a última, mas na minha opinião foi a mais bonita, talvez porque fosse a com maior volume de água. Também é um local bom de parada para descanso e banho (se for verão).

Logo após a segunda cachoeira vem a parte mais difícil. É uma longa e íngreme subida. Existem algumas cordas para auxiliar (na verdade sem as cordas seria bem complicado). Mas depois daquela descida da Pedra Furada, até que não achei das piores, porque é um trecho bem curtinho. O mais difícil é descer, porque você não enxerga direito onde está pisando.

Depois dessa parte difícil, caminha-se mais uns 40 minutos e tudo parece fácil. Enfim, chega-se ao ponto conhecido como Nascente do Rio do Sinos. É uma queda d'água de aproximadamente 100 metros com água bastante gelada. Alguém comentou que a sensação de molhar os pés era de umas 300 agulhas, então, a frase não é original, apenas copiei. No nosso grupo, houve quem se aventurasse a molhar os pés. Banho, ninguém.

Início da trilha é por essa estrada, fácil, plana.

A primeira cachoeira

Dá pra acreditar que é o Rio dos Sinos?

A segunda cachoeira

Enfim, o objetivo: a nascente do Rio dos Sinos

sábado, 9 de maio de 2009

Trilha da Pedra Furada

A Trilha da Pedra Furada é a mais famosa de Urubici. É uma trilha com duração aproximada de 5 horas e deve ser percorrida com guia pelos seguintes motivos:

1) Em alguns pontos é muito difícil encontrar a trilha.
2) A parte final é bastante difícil.
3) O tempo em Urubici muda muito. Você pode ter tempo ensolarado e, num piscar de olhos, a névoa cobrir tudo e você não enxergar a trilha o suficiente para retornar.

Para encontrar indicações de guia, você deve procurar a Secretaria de Turismo do Município. É fácil de encontrar, fica na avenida principal, ao lado da Igreja. O nosso foi o Iran (só existem 3 guias "oficiais" na cidade) que confessou já ter feito a trilha umas 200 vezes e com todas as condições possíveis de tempo e temperatura.

A trilha inicia-se no Morro da Igreja. Deixa-se o carro no primeiro estacionamento (junto a porteira de entrada da Aeronáutica) e caminha-se um pouquinho pelo asfalto. O final do “corrimão” da curva do asfalto marca o início da trilha. Eu jamais encontraria sozinha!

O guia comentou conosco que a trilha subdivide-se em três momentos distintos e fui obrigada a concordar:




Esse seria o final da primeira parte
Caminho dos Aromas: No início da trilha se vê muito pouco. A umidade constante da região faz com que os arbustos fechem a trilha, então você caminha envolto por muitas árvores e arbustos e sem poder pisar muito a sua esquerda (existe um precipício desse lado). Ao término dessa parte do caminho você se depara com a visão das pirâmides (eu sei, a foto não ajuda). Caminha-se uns 30-40 minutos nesse trecho.
Caminho das Pedras: A segunda parte é bem “trilha”. Muitas pedras, um pouco de subida, um pouco de descida, mas sem grandes dificuldades. Chega-se a “beira do abismo” durante o caminho das pedras e se consegue avistar o Morro da Igreja, em dia claro.
O arco da pedra furada foi tudo o que conseguimos enxergar.Pedra Furada propriamente dita (eu prefiro batizar como Caminho dos Sobreviventes). Essa é a parte mais difícil da trilha. É quando descemos pelo paredão até a Pedra. Existe trilha definida, mas pense em você descendo por uma parede com pedras e caraás úmidos para se apoiar. É isso. A notícia boa é que essa parte passa rápido. Depois disso é mais mata fechada e pedras - uma mistura dos caminhos dos aromas e das pedras. Essa é a parte mais longa da trilha, ou se não for, é o que parece ser. Mas enfim, depois disso você finalmente chega na pedra furada. Então cada um faz seu ritual. Há quem diga que o arco é mágico e que é uma passagem para outra dimensão. Bom, eu não encontrei a tal dimensão. Apenas muita névoa. Mas fiquei imaginando como seria em um dia ensolarado.


A volta foi definitivamente mais tranquila. Primeiro por saber por onde estava passando. Segundo, porque não tivemos a descida do paredão apenas subida. Subidas são definitivamente mais fáceis, foi preciso só força nas pernas e braços para uma quase-escalada.

As fotos não ficaram nada boas por causa do dia completamente enevoado. Infelizmente, era nosso último dia na cidade. Talvez seja uma boa desculpa para voltar. Acho que não fiquei tão traumatizada para não desejar percorrer a trilha novamente.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Trilha do Morro Campestre

Um dos passeios mais interessantes que fizemos em Urubici não aparece nos guias das atrações turísticas. Pelo menos não da forma como fizemos. Deixamos a cidade caminhando, seguindo pelo que chamo de direção 2 (virando à esquerda no semáforo da cidade, pela perspectiva de quem está indo para a BR-282). Caminhamos pela zona rural, seguindo pela estrada de terra por cerca de 8Km. No meio do caminho, apreciamos as macieiras carregadas, as plantações de tomate, os animais, as pequenas propriedades e seus açudes. O dia estava lindo o que tornava tudo mais encantador.



Estrada para o Morro Campestre. No alto, à direita, a pedra que caracteriza o morro
Ao visualizar a placa que dizia Rio Sete Quedas, dobramos à esquerda, mas acabamos desistindo da trilha, como já expliquei, mesmo depois de ter passado no meio de um rebanho (eram uns 20 animais, não sei se isso se qualifica como rebanho) que insistia em ficar no meio da estrada.

Voltando à estrada, caminhamos mais 2Km até chegar à porteira de uma propriedade que dizia "Fazenda Morro da Cruz". Esperamos a chegada de uma família para nos certificar de que era ali mesmo e entramos. Como é propriedade privada, paga-se R$ 2 para subir até o Morro Campestre (ou Morro da Cruz, como os nativos o chamam).


Visão do alto do morro

É possível subir os 1.500m que restam de carro, se você tiver um 4x4. Carros comuns que tentaram subir desistiram e foram a pé. Para nós, 1500m de subida eram nada perto do que já havíamos caminhado. Subida forte, mas curta. Até que finalmente chegamos ao alto do Morro Campestre. A visão da zona rural de Urubici é impressionante, como vocês podem ver na imagem ao lado. E a pedra é muito peculiar. Lembra um pouco a Pedra Furada, muito embora seja bastante menor. Consegue-se inclusive "escalá-la".

A Cruz


A parte final da trilha

A foto em forma de cruz ao lado nos rendeu boas gargalhadas. Quando estávamos no topo, chegou uma família, com uma menina que ficou decepcionada porque a cruz que ela havia visto da estrada havia sumido. A "cruz" era a foto ao lado.

Depois da exploração, retornamos. Então percebemos o quanto as pessoas que moram nesses povoados do interior continuam hospitaleiras, mesmo nos tempos de hoje. Recebemos duas ofertas de caronas para a cidade. Uma, inclusive, de um grupo de cavalgada. Agradecemos e preferimos continuar nossa aventura.

De volta à cidade, paramos na padaria próxima à pousada. Afinal, depois de todo esse exercício eu merecia um brigadeiro.

Não vou dizer que não cansamos, afinal foram devem ter sido 23km ao todo. Começamos a caminhar em torno das 9h da manhã e paramos as 17h da tarde. Mas foi divertido. Fica a dica de programa alternativo.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Urubici - Atrações Turísticas

Para percorrer as principais atrações turísticas de Urubici, você tem apenas três direções possíveis:

Direção 1: Morro da Igreja e Pedra Furada, Serra do Corvo Branco, Gruta de e Cavernas do Rio dos Bugres



Na direção 1 você está na rua principal da cidade. Se você veio de Lages, pela BR-282 na única sinaleira existente vai virar à esquerda. Se veio de São Joaquim ou pela Serra do Rio do Rastro, vai virar à direita. Siga 10 km pela estrada de chão (que em breve será asfaltada).

Morro da Igreja e Pedra Furada
Já falei aqui que são a atração máxima da cidade. É possível, ainda, percorrer uma trilha que leva até a Pedra Furada.

Cascata Véu de Noiva
Fica no caminho para o Morro da Igreja. Bem sinalizada, você segue a placa indicativa e anda não mais de 300m em estrada de chão. A cascata fica em propriedade particular e cobra-se R$ 1 pela visitação. Há uma tirolesa no local para os mais aventureiros. Não é a cascata mais bonita, mas vale a visita.


Serra do Corvo Branco
Se você não virou à direita para subir o Morro da Igreja e seguiu reto, vai andar por cerca de 20Km de estrada de chão pela zona rural de Urubici. Essa estradinha (bem ruim nos km finais) termina na Serra do Corvo Branco. O lugar é bem bonito, você está rodeado de paredões, mas o que mais chama a atenção é a estrada que liga Urubici e a cidade de Grão Pará. Ela é comparável à Serra do Rio do Rastro, mas menos extensa e mais íngreme e sinuosa. Subir ou descer em dia de chuva e névoa deve ser realmente uma aventura. É de fazer inveja a muitos circuitos de Fórmula 1.

Cavernas do Rio dos Bugres
A estrada é a mesma do Morro da Igreja, porém, você dobra à esquerda bem antes de chegar ao Morro da Igreja. Fique atento à placa indicativa, pois ela está meio escondida e não há outro ponto de referência. Depois de virar à esquerda, ande aproximadamente uns 8Km até um moinho. Ao lado direito desse moinho, há uma porteira, você deve abrir e percorrer mais uns 600m. A distância total do centro é de 11Km.

Reza a lenda que as cavernas foram escavadas pelos índios (por isso o nome "bugres"), servindo de abrigo contra o frio. Elas parecem muito mais tocas de insetos do que propriamente cavernas. São curtinhas, baixas e se interligam. Para apreciar, melhor levar uma lanterna, elas realmente são muito escuras.



Direção 2: Morro do Campestre e Rio Sete Quedas
Na direção 2 você está na rua principal da cidade. Se você veio de Lages, pela BR-282 na única sinaleira existente vai virar à direita no semáforo. Se veio de São Joaquim ou pela Serra do Rio do Rastro, vai virar à esquerda. Siga pela estradinha de chão por cerca de 8Km. A primeira atração será o Rio Sete Quedas



Rio Sete Quedas
A única forma de visitar as Sete Quedas é através de uma trilha, em uma propriedade particular. A entrada é exatamente onde está a placa indicativa, seguindo uma estradinha que passa por uma casa verde de madeira. Os carros são deixados no final da estrada.

Não tenho muita informação sobre a trilha porque desistimos no início, quando me deparei com a imagem ao lado, bem na pedra que eu teria que pisar. Alguém se arrisca a dizer que cobra é? A princípio achei que fosse não-venenosa, mas quando a foto ficou pronta, fiquei na dúvida. Ela parece ter aquelas fossetas que as venenosas têm.

Uma pessoa da região nos indicou um modo de ver ao menos parte da trilha, seguindo pela estradinha (à esquerda da trilha) e atravessando uma cerca por entre o capim. Ali não há trilha mesmo e o capim é bastante alto, mas conseguimos chegar em uma das quedas. Segundo informações de um pessoal que estava fazendo a trilha (com botas altas de borracha e guia nativo), essa queda é a quarta: existem duas para cima e 3 para baixo (sim, eu também tentei ficando entender onde estaria a sétima).

Aqui você obtém mais informações sobre essa trilha

Morro Campestre
Fomos a pé desde o centro de Urubici e batizamos o caminho como "Trilha do Morro Campestre".


Direção 3: Cascata do Avencal, Inscrições Rupestres e mirante da cidade

Localizam-se todas na estrada que liga a Serra do Rio do Rastro e São Joaquim a Urubici (SC-430).

Cascata do Avencal
Se você vem para Urubici por São Joaquim, ainda na estrada, cerca de 5km antes de chegar à cidade encontrará a entrada para a visão de cima Cascata do Avencal. Fica em um parque, onde se pode fazer tirolesa, arborismo e outras atividades recreativas. Paga-se uma taxa de R$ 3, mas no dia em que fomos não havia ninguém para cobrar. Não exige esforço físico, o carro fica estacionado pertinho e há dois mirantes muito bons para fotografias.

A visão de baixo da cascata é um pouco mais difícil de ser encontrada. Fica a 2Km da cidade, à direita de quem vem de Urubici e à esquerda de quem ainda não chegou à cidade. Como ponto de referência, há um ponto de ônibus e 3 casinhas de madeira no lado contrário da estrada de onde se deve entrar. Dirige-se pela estradinha por mais alguns km e você encontra várias placas dizendo que se trata de propriedade particular, mas que a passagem até a cascata é permitida.

Quando a estradinha acaba, existe uma trilha, relativamente fácil de ser percorrida e praticamente sem possibilidades de você se perder no caminho. São cerca de 20 minutos de caminhada. Grande parte da trilha é sobre as pedras e elas se tornam bastante escorregadias próximo à cascata, mas mesmo que você decida não se arriscar na parte final, é possível aproximar-se bem e conseguir boas fotos.



Mirante

É a atração mais visível para quem chega a Urubici vindo de São Joaquim, especialmente num dia de sol como o que tivemos a sorte de encontrar. Impossível passar pela estrada e não encontrar.

Inscrições Rupestres
A foto não mostra muito, porque realmente não consegui uma boa imagem, mas pouco antes de chegar à cidade (menos de 2km), na mesma estrada do Mirante (logo após ele) você encontra uma placa indicativa das inscrições. São sinais nas rochas, feitos por povos antigos em lugares considerados sagrados, com aproximadamente 4.000 anos. Li em algum lugar que o melhor horário para visitação no período da tarde, no entanto, fomos no período da manhã. Talvez por isso eu não tenha achado muito interessante.