Dicas
- O passeio deve ser reservado com antecedência. Você até pode chegar na hora e dar a sorte de conseguir embarcar, mas se o dia estiver bonito é mais difícil. As reservas são feitas pelo telefone:
- O preço em dezembro de 2009 para o passeio Zonal Sul é de R$ 15.
- Mesmo com reserva você deve chegar meia-hora antes do horário marcado para o passeio.
- O passeio dura cerca de 1 hora e meia.
- O ônibus não faz paradas durante o passeio. Então não é muito fácil para fotografar, mas se consegue.
O Trajeto
A saída é no largo da Epatur (Travessa do Carmo, 84 - Cidade Baixa).
O ônibus segue primeiramente pela Av. Borges de Medeiros, passando pelo shopping Praia de Belas e o Parque Marinha do Brasil. Na passagem pelo parque o guia nos conta que este é considerado o pulmão da cidade com seus 70 ha.
Em seguida, passamos pelo Estádio Beira-Rio. As turistas atrás de mim gostaram muito do estádio (era dia de jogo do inter), mas eu prefiro não comentar a respeito. Aliás, existem três assuntos proibidos nesse blog: futebol, religião e visão político-partidária. Cada um tem sua preferência e que viva feliz com ela.
Seguindo pela Diário de Notícias, subimos em direção à Vila Assunção. Aqui, quem senta no andar de cima sente um medinho. Como a Av. Guaíba é estreita, passamos junto aos fios e às árvores. E como estamos altos conseguimos ver algo que as casas próximas do rio escondem: o centro visto de longe, emoldurado pelo nosso rio/lago/estuário. Muito bonito. Olhando a orla sinto pena do que foi feito dela. Enquanto cidades como Montevideo a deixaram com praias e calçadões acessíveis à população, nossos antepassados a transformaram em clubes e em propriedades privadas.
Seguindo um pouco mais, passamos pela Tristeza e seus condomínios de casas da classe média-alta. As turistas atrás de mim dizem que se sentem nos Estados Unidos. Ouvimos do guia duas explicações interessantes sobre a origem do bairro: a primeira de que o antigo estancieiro daquelas terras (no tempo em que o bairro era uma estância) perdeu uma filha, atingida por um raio, mergulhando em uma tristeza sem fim. A segunda explicação é menos trágica: como Guaíba que ficava do outro lado do rio possuia um bairro chamado Alegria, batizou-se esse de Tristeza.
Andamos, então, em direção a Ipanema, que recebeu o nome porque se imaginava possível construir ali uma praia semelhante à Ipanema carioca. Percorremos a avenida devagar e o ônibus dá uma paradinha. Um dos poucos pontos possíveis de foto. Deve ser interessante fazer o passeio no horário do final de tarde e pegar o famoso pôr-do-sol de Ipanema.
Depois de Ipanema, o ônibus segue para a Cavalhada. Se você olhar para trás, enquanto o ônibus sobe a Av. Cavalhada terá uma bonita visão do rio. Passamos pela entrada da famosa casa do jogador Ronaldinho Gaúcho. Todos no ônibus olharam na direção, sem ver muita coisa. Diz o guia que apenas a partir das trilhas ecológicas do Morro do Osso se consegue ver a casa.
Seguimos em direção ao bairro Vila Nova e depois em direção ao Belém Velho, já considerados fora da zona urbana da cidade. Então subimos até o bairro Cascata no alto do Morro da Pedra Redonda, onde vimos o que considero o ponto alto do passeio, o Santuário Mãe de Deus. Aqui o ônibus não chega a parar totalmente, mas ele faz um giro de 360º que nos permite visualizar toda a cidade e até mesmo a Ponte do Guaíba lá longe. Apesar de viver há 15 anos em Porto Alegre nunca tinha subido lá. Vale a pena. Só lamentei não estar um dia mais ensolarado.
Seguindo o passeio passamos pelos bairros Glória, Medianeira, Azenha, o Estádio Olímpico e finalmente retornamos ao ponto de partida. Apesar de ser um passeio relativamente rápido, vi partes da cidade que realmente desconhecia. Deixo então a dica tanto para quem mora em Porto Alegre, como para quem está de passagem.
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