domingo, 23 de outubro de 2011

Diário de mãe: choro que não acaba mais

Faz duas semanas e meia que o picorrucho continua chorando todas as noites. Isso significa que faz duas semanas e meia que não tenho uma noite completa de sono. O melhor que consegui nessas duas semanas foi meia noite de sono, dando Tylenol pra ele às 3h da matina. Estou praticamente convencida de que o problema são os dentes e rezando ansiosamente pra que eles nasçam de uma vez. Ele está com a gengiva branquinha na parte de baixo, então acho que quando nascerem virão 2 dentinhos praticamente juntos. Isso deve justificar a agonia do coitado, aliás, que tenta ficar mordendo qualquer coisa que aparece todo o tempo. E quando não tem nada ao alcance pra morder, ele morde a própria gengiva.

Mas a grande novidade do oitavo mês de vida é que ele já se movimenta um monte sozinho, para nossa agonia. Se está sentado no berço, consegue ficar em pé, se apoiando. Se está sentado no chão, consegue ficar na posição de engatinhar. Se está na posição de engatinhar, consegue se virar e voltar a sentar. E já se arrasta pra frente e pra trás no chão. Chega a ser engraçado vê-lo tentando engatinhar. Ele tenta pegar impulso encostando a cabeça no chão ao invés de movimentar os braços.

Ele também já sabe quando vai sair para passear. É só abrir a porta de casa pra ele dar gritinhos de "aaaaaaaaaahhhhhhhhhh". Talvez ele goste de ouvir o eco da própria voz no corredor.

Meu filho nunca foi criança de estranhar ninguém, mas já tem medo de algumas coisas agora. Tem medo de barulho muito forte (como o da reforma no prédio) e de uma boneca velha da minha irmã que a gente dá corda e se mexe sozinha. Minha mãe tem um quadro de Jesus pendurado na parede. Ele tem fascínio pelo Jesus. Quando a avó pergunta: "cadê o Jesus da vovó?", ele olha para o quadro e faz "uhuh".

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