Todo mundo deveria fazer um testamento. Ou pelo menos todo mundo que tem algum bem e não concorda com o que a divisão padrão dos bens dada pela lei. Nesse ponto, você deve estar se perguntando, por qual motivo alguém com 30 e poucos anos estaria já pensando num testamento. Bom, eu sempre me interessei por sucessões, foi o segundo motivo que me levou a cursar direito (o primeiro foi a possibilidade de um dia obter a concessão de um cartório, como todo mundo sabe). Mas independente de gostar ou não de direito, você sabia que...
... se você é casado e sem filhos e seus pais são falecidos, seu marido vai herdar toda a sua herança?
... se você é casado e sem filhos, seus pais são falecidos, você tem apenas um avô vivo, seu marido vai herdar 1/2 do que você tem e seu avô o outro 1/2? Não interessa que você tenha, por exemplo, irmãos e preferiria deixar pra eles essa metade do avô.
... se você não é casado, mas tem um companheiro, vulgo, união estável, vocês não tem filhos, esse companheiro só vai ter direito a metade + 1/3 dos bens que vocês adquiriram na constância da união, mesmo que você só tenha um sobrinho-neto de parente?
... se você tem um pai que nunca apareceu pra lhe ver depois da separação da sua mãe e você for solteiro e sem filhos, esse pai vai herdar metade daquilo que é seu?
... se o seu pai teve 2 filhos de uma união anterior ao casamento com sua mãe, mas você nunca teve nenhum contato com esses meio-irmãos, eles serão seus herdeiros, caso você não tenha filhos, pais ou cônjuge vivo? (Quando falo em cônjuge, falo de "papel passado", porque se for companheiro, eles herdam igual).
Por essas e outras eu defendo o testamento.
Aguarde, no próximo post... a defesa do casamento.
Webex com LXC
Há 5 semanas
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