domingo, 24 de agosto de 2008

Balanço Final

Existe nas Olimpíadas uma honraria concedida a atletas que demonstrem alto grau de esportividade e espírito olímpico durante a disputa dos Jogos. É a Medalha Pierre de Coubertin, que já foi ganha pelo brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, aquele que foi agredido pelo fanático religioso quando estava na 1a posição na Maratona de Atenas 2004.

Seguindo este espírito, poderíamos também implementar outras medalhas de honraria para certas participações olímpicas, como por exemplo:

Medalha Atleta mais fominha: unanimidade absoluta, Michael Phelps, com suas 8 medalhas de ouro e sua mão mágica na batida que não deram chance pra ninguém.

Medalha Replay: este prêmio seria dividido entre Daiane dos Santos e a seleção feminina de futebol que repetiram as atuações anteriores, a primeira pisando fora do solo, a segunda repetindo a prata.

Medalha "ué, vocês vieram mesmo pra Olimpíada?": para a equipe do basquete feminino do Brasil que conseguiu uma vitória apenas em toda competição.

Medalha "o importante é competir": para Joanna Maranhão, 5º lugar em Atenas e 22º em Pequim que declarou "estar mais feliz com o desempenho do que muito atleta que ganha ouro".

Medalha "o importante não é competir": para o lutador sueco Ara Abrahamian que jogou fora a medalha de bronze, irritado com uma decisão dos juízes que o tirou da final. Forte concorrente da categoria "eu não sei perder" também.

Medalha Bateu na trave: aqui temos um número enorme de brasileiros pra dividir a honraria: Renata e Talita que ficaram no quarto lugar do vôlei de praia, Ana Marcela, a atleta da maratona aquática que terminou em quinto, o revezamento 4x100 masculino e feminino que chegou em quarto e Tiago Pereira, quarto nos 200m medley.

Medalha "um dia eu chego lá": para a seleção de basquete da Lituânia que nas últimas 5 olimpíadas foi derrotada nas semi-finais, nunca chegando a uma final olímpica.

Medalha Lambança Geral: Honraria dividida pelo responsável pelas varas das atletas do salto com vara feminino que conseguiu perder a vara da brasileira Fabiana Murer e para a Organização dos Jogos, achou que cairia bem um pedido de desculpas onde diz que "o atleta é o responsável por cuidar do seu equipamento".

Medalha "Se eu não sou o centro das atenções, eu não brinco": para a CBF representada por seu presidente Ricardo Teixeira por:
a) ter feito toda a confusão com a história do logotipo na camisa, muito bem narrada pelo Bob Fernandes. A melhor parte é onde ele diz que os jogadores adversários "sentirão falta da camisa 5 estrelas". Lógico! Está explicado porque perdemos para a Argentina. Foi a falta do símbolo da CBF na camisa.
b) ter colocado em seu site que o futebol teve 100% de aproveitamento nos jogos, em clara afronta ao COB.
Ora, ora, na minha humilde opinião, considerando o dinheiro que o futebol masculino movimenta nesse país em comparação com outros esportes, Ronaldinho Gaúcho e cia. não fizeram mais do que a obrigação em ganhar aquela medalha de bronze. Alguém por um acaso paga ingresso para ver outros esportes, como se paga no futebol? Já fui assistir jogo de vôlei da Liga Nacional ali na Ulbra e não pagamos nada.

Medalha Pavio Curto: para o atleta cubano Angel Valodia Matos que inconformado com a desclassificação no taekwondo agrediu o árbitro com um pontapé.

Medalha A-L-E-L-U-I-A: Para a seleção de vôlei feminino que, enfim, perdeu o medo de ganhar.

Medalha "O tempo não passa": Para a nadadora americana Dara Torres que aos 41 anos de idade, ganhou 3 medalhas de prata deixando para trás em uma das provas uma australiana de 17 (e olha que ela foi mãe aos 39).

Medalha Musa Olímpica: Alguém tem alguma dúvida? Yelena Isinbayeva, a russa do salto com vara, craque na competição e uma simpatia, o que demonstra que um grande campeão também sabe se portar.

Medalha Maior Decepção: Diego Hypolito - não tem como explicar o que aconteceu no final daquela prova que já estava ganha.

Medalha de Melhor Maquiagem: Mais uma vez o prêmio vai para a organização dos jogos, pela cerimônia de abertura. Segundo o IG: "o mundo acabou por saber que a beleza que viu pela televisão tinha sido melhorada por computador, uma criança que cantou durante o show foi substituída por uma outra de rosto mais bonito, que dublou a voz da primeira, e que faltaram representantes das minorias étnicas chinesas".

Medalha de Melhor Fotografia: Puxa, a organização dos jogos está levando todas.... Durante as maratonas masculina e feminina, enquanto os competidores passavam pela Praça Tiananmen, a foto de Mao Tse Tung aparecia por vários segundos com foco centralizado na TV. Muito estratégico!

Medalha Maior Surpresa: Sem dúvida, César Cielo, um nome que não era tão festejado quanto Tiago Pereira, mas que foi lá, fez a sua parte e ganhou 2 medalhas, uma delas o primeiro ouro da história da natação brasileira. Não teve quem não se emocionou com o choro durante o hino nacional.

Menção Honrosa: Agora, sem brincadeira, para as mulheres do Brasil, principalmente Maurren Maggi, as meninas do vôlei, Kétlyn Quadros, Natália Falavigna e as velejadoras Fernanda Oliveira e Isabel Swan. Não fosse por elas, a nossa posição do quadro de medalhas seria fraquinha, fraquinha.

PS.: O post de hoje é dedicado ao Juliano que acertou as 15 medalhas, enquanto eu previ 12. Sim, Juliano, tu entendes mais de esporte do que eu. Nunca questionei isso :). Mas, sem falsa modéstia, acho que este post prova que estou em constante evolução, pelo menos no que diz respeito à atenção.

sábado, 23 de agosto de 2008

Somos país de Sprint

Há 3 dias, éramos um país com 1 medalha de ouro e 5 de bronze. Ocupávamos a inglória 38ª colocação no quadro de medalhas. Mas quem é experiente em Olimpíadas e até mesmo em PAN, sabe que o Brasil é país de sprint - sprint, pra quem não sabe é aquele gás que os corredores dão no final das corridas e que muitas vezes os fazem ganhar posições -, ou seja, nossas medalhas sempre aparecem no final da competição, já que somos um país tradicionalmente de esportes coletivos. Pulamos de 6 pra 15 (já estou contando a do vôlei masculino, que será no mínimo prata) em 3 dias e pulamos para a 22ª colocação do quadro. Belo sprint! E comprovando o prognóstico que eu considerava otimista da revista Sports Illustrated.

Ganhamos 4 medalhas na quinta, 3 medalhas na sexta e 2 no sábado e ficamos bem próximos de mais 2. Por milésimos de segundos não fomos bronze no atletismo nos revezamentos 4x100 masculino e feminino. Ficamos com o inglório 4º lugar.

Vou ser obrigada hoje a morder a língua publicamente. Eu não acreditava que o vôlei feminino fosse levar o ouro, dado o histórico de derrotas fantásticas. As pessoas falam muito de Atenas 2004 e do PAN do ano passado, mas elas entregaram também o mundial de 2006 pras russas quando também já estavam com o jogo quase ganho no 4º set. Enfim, que bom que superaram. Aprenderam finalmente a ganhar. Ainda bem que a final foi contra as americanas. Se fosse contra russas ou cubanas, sei não...

Por fim, essa é para quem já não aguenta mais ouvir falar em Olimpíada. Pois bem, Olimpíada também é cultura. Estava eu aqui assistindo a maratona e descobri que existe um país chamado Eritrea (deve ser Eritréia em português). Imaginei que devia ser um país novo já que tenho a mais absoluta certeza de que não existia nos meus tempos de escola. Pois bem, é um território que separou-se da Etiópia em 1993. Não perca o monumento tradicional do país, é no mínimo original.

Amanhã, veja aqui o balanço final.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Um pouco de humor na Olimpíada

A mensagem que resume a atuação brasileira nessa Olimpíada é:

"De onde menos se espera é de onde não sai nada mesmo."

Mas o melhor blog sobre Brasil nas Olimpíadas (já tinha sido sucesso no PAN) é o Bronze Brasil. Foi o texto mais criativo sobre a derrota brasileira para a Argentina: Enganamos los hermanos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ainda sobre a Olimpíada

Eu não sei se só acontece com a gente, mas foi de última o sumiço da vara da brasileira Fabiana Murer na competição de salto com vara. Será que se ela não tivesse chance real de medalha isso teria ocorrido? Ainda mais considerando que uma chinesa desconhecida também estava na disputa?

Não adianta os críticos dizerem que quem é bom salta com qualquer vara, porque isso não é verdade. Mas como somos Brasil, país sem nenhum poder no cenário internacional vai ficar por
isso mesmo.


Confiança

Estou confusa. Os mesmos narradores e comentaristas que enalteceram o espírito vencedor do Cielo quando disse que ganharia a final dos 50m na natação, criticaram o Diego Hypolito pelo excesso de confiança. Quer dizer, se ganha é porque tinha confiança, se perde é porque tinha confiança.


Comparações

Outra coisa que me deixa enfurecida são as comparações mal-feitas. As pessoas olham o quadro de medalhas e saem falando, sem conhecimento de causa. Por exemplo, os comentários de que o Brasil está atrás do Zimbábue, do Quênia e do Azerbaijão no quadro de medalhas.

Em primeiro lugar, a ordenação do quadro não é feita pelo número de medalhas e sim pela quantidade de ouro, prata e bronze. Um país que tenha apenas 1 medalha de ouro e 1 de prata vai ficar na nossa frente no quadro, porque não temos prata, apesar dos 5 bronzes. Critério injusto na minha opinião - acho que o correto seria atribuir peso 3 aos ouros, 2 às pratas e 1 aos bronzes - mas quem sou eu.

Então pra quem não sabe: a medalha de ouro do Zimbábue e as 3 de prata foram ganhas por uma única atleta, Kirsty Coventry, da natação, que pra falar a verdade estuda e treina nos EUA há muito tempo. Já as medalhas do Azerbaijão foram na Luta Greco-Romana e no Judô que parecem ser os grandes esportes do país. E quanto ao Quênia, as 7 medalhas são exclusivamente do atletismo. Lembrem-se Quênia é o país dos corredores, eles estão sempre na ponta nas maratonas.

Enfim, pra um país ser potência olímpica só precisa desenvolver 2 esportes em que um número grande de medalhas esteja em disputa, como atletismo, natação ou ginástica. Apostar em tênis, basquete, handebol é bobagem se o objetivo é saltar no quadro.


ATENÇÃO: Aviso geral

A medalha olímpica do futebol conta 1 no quadro de medalhas, igualzinho a qualquer uma das de
qualquer outra modalidade. Então, caso o Brasil vença da Argentina amanhã não tem nenhum motivo pra carnaval, ok?

domingo, 17 de agosto de 2008

Breve Comentário sobre a Olimpíada de Beijing

Não em expert em esportes. Sou apenas uma brasileira que acompanha Jogos Olímpicos pela TV desde 1984 e ao longo de 7 edições dos jogos aprendeu alguma coisa. Então, eu realmente fico aborrecida com as bobagens que ouço dos nossos narradores, repórteres e comentaristas nas transmissões. Não posso escrever todas as bobagens que ouvi nos últimos dias porque levaria até a próxima Olimpíada pra escrever, mas algumas eu tenho que comentar.

Por exemplo, os comentaristas não paravam de comentar que o insucesso de Diego Hypolito e Jade Barbosa era devido ao fato de esta ser a primeira Olimpíada da qual participaram. O que eles esqueceram é que esta também é a primeira Olimpíada de Cesar Cielo, da norte-coreana que ganhou a medalha de ouro do salto e do chinês que ganhou o ouro no solo também. Quem vai pra ganhar, ganha não interessa se é a primeira ou a décima-quinta vez. Aliás, como eles explicam então o fracasso da Daiane dos Santos? Afinal, não era a primeira Olimpíada dela.

Não acho que o resultado geral da ginástica tenha sido ruim. O Brasil começou um trabalho sério na ginástica há oito anos apenas. A geração que começou a usar esta estrutura cedo, com 5 ou 6 anos, idade em que os ginastas começam, deve ter hoje 12, 13 anos. Portanto, ainda não tem idade para participar de Olímpiada.

Vi uma entrevista com a chefe da equipe de ginástica brasileira hoje. Ela disse que o Brasil conta hoje com 14 centros de treinamento. São esses centros que garimpam os futuros talentos. Será necessário dar continuidade a esse trabalho por pelo menos mais 8 anos até dar resultados concretos. Não vai ser nem em Londres ainda. Basta comparar com o vôlei. O trabalho de desenvolvimento do vôlei começou nos anos 80. E tirando a medalha de 1992, a seqüência de resultados positivos só começou a ser sentida nesta década. Foram necessários, portanto, 20 anos de trabalho pra estarmos entre as melhores equipes na quadra e na praia, como somos hoje.

Claro que existem os fenômenos. Daiane dos Santos, por exemplo, começou aos 12 anos e não tinha a estrutura de hoje. Se ela tivesse 5 anos e começando agora, seria difícil competir com ela no futuro.

Outra grande bobagem foi a aposta da imprensa em Thiago Pereira por causa das 6 medalhas do PAN. PAN nunca foi balizador pra Olimpíada, basta olhar pra quais países ganharam medalhas na natação em Beijing. Apenas EUA e Brasil das Américas. E os EUA sabidamente mandam a equipe B ou C pro PAN. Então, pra saber se alguém tem chances reais de medalha, por favor, olhem os tempos em comparação com o recorde mundial. Qualquer atleta que faça 3 ou 5 segundos a mais que um recorde mundial num PAN não vai ter a menor chance numa Olimpíada com ou sem Michael Phelps.

César Cielo também não é resultado de investimentos em natação no Brasil. Era um guri talentoso que incentivado por Gustvo Borges (que graças a Deus parece ser inteligente o bastante pra enxergar que a estrutura dos EUA faz diferença) teve a coragem de abandonar a vida aqui porque sabia que jamais seria campeão olímpico sem foco e sem treinamento adequado. Lembro que durante a euforia do PAN, um único comentarista do SportTV comentou que o tempo do Cielo quando ganhou os 50m livre era tempo bom o suficiente para credenciá-lo a uma Olimpíada.

Não somos potência olímpica e não seremos enquanto o Brasil não resolver outros problemas mais graves como saúde e educação. Nas escolas públicas as crianças não têm aula de educação física, sejamos sinceros. O que as professoras fazem é dar uma bola aos guris e uma corda (de pular) pras gurias. Nas escolas particulares surge outro problema: nenhum pai de classe média aconselha o filho a ir pra natação ou atletismo. Conheço alguns casos de pessoas que seriam bons atletas, mas optaram por uma faculdade quando chegou o momento de fazer uma opção.

Além disso, existe a cultura futebolística. As emissoras de TV passam o campeonato paulista da série B em rede nacional e não passam uma partida de basquete. Agora para futebol, seja de campo, de areia, de salão ou o tal de showbol, sempre tem espaço. Aliás, basta olhar os pais com seus filhos no domingo de manhã num parque qualquer. A criança mal sabe andar e o pai já está lá com uma bola pro coitado chutar. Futebol no Brasil é praticado pelas crianças que moram na Vila dos Papeleiros e pelas que moram na Bela Vista. E provavelmente 1 entre 15 pais incentivaria um filho a entrar pro vôlei ou pra natação, ao invés da escolinha de futebol.

Nas Olimpíadas, o Brasil é o país da vela. Nas últimas 7 edições foram 12 medalhas, 6 de ouro. Estranhamente, um esporte caro em um país subdesenvolvido, que durante muito tempo foi praticado por filhos de boas famílias que podiam se dar ao luxo de comprar os barcos e só competir. Hoje, com a regra do COB que divide os recursos da lei Agnelo Piva entre as modalidades esportivas de acordo com o seu desempenho, existem vários programas sociais da vela espalhados pelo país.

Em tempo: antes dos jogos começarem eu anotei 12 medalhas para o Brasil. Fiz uma estimativa pensando em 3 do vôlei (de quadra e de praia), 3 do judô, 1 do futebol feminino, 1 da vela, 1 da ginástica (eu acreditava no Hypolito), 1 do atletismo (Maurren Maggi ou Fabiana Murer), 1 da natação (eu achava que o Cielo ou o Kaio Márcio podiam ganhar um bronze) e 1 de algum atleta que não é muito conhecido e ninguém espera. Até agora estou bem próxima... acertei as 3 do judô e a derrota do Hypolito foi compensada pelo ouro do Cielo.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Passeios Próximos - Maria-Fumaça


Um dos passeios turísticos mais conhecidos daqui do Rio Grande do Sul é o de Maria-Fumaça em Bento Gonçalves. Pra quem procura algo pra fazer num sábado, recomendo. É um passeio que não exige esforço físico algum, diverte desde a criança até o velhinho de 80 anos e é relativamente perto de Porto Alegre (cerca de 120 Km), numa viagem que não cansa.

Como chegar a Bento: de Porto Alegre, o melhor caminho de carro é por São Leopoldo pela BR-116. Dali pega-se a RS-122 (até São Sebastião do Caí), a RS-446 (até Garibaldi) e
RS-470. A estrada é boa, está quase toda duplicada, falta apenas um pequeno trecho.


Onde: Para quem sai de Bento, o embarque é na Estação Férrea de Bento Gonçalves. Para quem vai tomar o trem em Carlos Barbosa, existe um ônibus a partir da Estação Férrea de Bento que leva até Carlos Barbosa, sem custo.
Quando: Os passeios normalmente são às quartas e aos sábados, às 9h, 10h45min, 14h e 16h
Quanto: R$ 48 na alta temporada (julho, dezembro, janeiro) e R$ 43 no restante do ano. Confirme os valores no site oficial.
Dica: Agende antes de ir, especialmente durante o inverno. Vimos muita gente chegar lá e não conseguir ingresso. Se reservar, chegue com meia-hora de antecedência. Também vimos algumas pessoas chegarem em cima da hora e a reserva já ter expirado. Não adianta chorar.

O passeio dura aproximadamente 1 hora e tem uma parada de 15 minutos na Estação Ferroviária de Garibaldi, onde são servidos suco de uva e champanha. Tanto, na saída, como nessa parada e na chegada, há sempre muita música italiana cantada e tocada "ao vivo".

No trem, acontecem algumas encenações teatrais, mais música, dança e se ouve um pouco sobre a história da região e da locomotiva. É quase como um retorno ao passado mesmo, se você esquecer os celulares dos outros passageiros tocando no caminho. Além disso, vale observar a empatia que os moradores da região tem com a Maria-Fumaça. Por onde ela passa eles acenam e abanam. Ela exerce particular fascínio sobre bebês de colo e crianças pequenas... até eles muito educadamente acenam.

Plus: O ingresso dá direito também a assistir o show no Parque Temático Epopéia Italiana. Gostei tanto quanto do passeio. É uma encenação interativa sobre a imigração italiana que dura uns 45 minutos. Conta a história de um casal da região Lazaro e Rosa desde a Itália até o Brasil. O interessante do espetáculo é que a platéia caminha pelos cenários junto com os personagens. No final, degustação de vinho, suco de uva e biscoito.