Pra não ser repetitiva, quero contar aqui parte da minha trajetória até chegar na cidade, porque depois que eu terminei pensei que deveria ter feito uma promessa antes da trilha, o pagamento teria sido muito justo. Eu cheguei lá a pé, literalmente. Percorri a chamada trilha inca, que começa no Km 82 de uma tal estrada, próxima de Cuzco. A saga da trilha eu vou deixar pra contar em outra ocasião, mas entender o último dia da trilha é essencial pra esse post, por isso tenho que relatá-lo.
Um dia começa exatamente à meia-noite, isso todo mundo sabe. O nosso literalmente começou nesse horário, pois foi o horário que começou a chover. Lá pelas 3 da manhã a barraca inundou (esqueci de dizer, mas dormíamos em barracas na trilha) e a gente teve que recolher tudo e ir se abrigar no restaurante, único lugar seco possível, onde ficamos até umas 5h da manhã. Aí começamos a caminhar.
A caminhada era facílima se comparada com os dias anteriores, era apenas caminhar uns 9 Km e descer degraus. O problema era fazer isso carregando 10 kg nas costas (o que corresponde a quase 20% do meu peso corporal) e com a chuvarada caindo na sua cabeça. Lá pelas tantas eu esqueci o que era poça d'água e o que não era. Não fazia a menor diferença onde eu estava pisando.
Quando chegamos na porta do sol (a porta do sol é o lugar onde se avista a cidade de longe - intipunku) tudo o que vimos foi uma parede branca. Só deu pra ver as ruínas quando chegamos pertinho mesmo. E eram lindas. O problema é que depois da noite anterior e do início da manhã, apesar de achar o lugar bacana, tudo o que eu queria era um banho quente em um lugar limpo. Como eu estava completamente encharcada, com peixinhos nos pés, toda a vez que eu parava de caminhar um pouco tremia de frio, o que fez com que eu entendesse muito pouco das explicações que o guia nos deu. Uma pena, pois ele sabia muito de cultura inca.
Terminada a visita, tomamos o ônibus mais que depressa pra Aguas Calientes, o povoado próximo à cidade. Sorte nossa o motorista ter nos deixado entrar molhados do jeito que estávamos. Algum tempo pra encontrar o hotel e finalmente o meu sonhado banho quente... o hotel parecia um castelo encantado depois daquilo tudo. E a cama, então, nossa que cama boa :) O problema nesse dia é que eu até tinha roupas secas pra usar, porque colocamos uma capa de chuva na minha mochila, mas o Juliano... não colocamos na dele, tudo o que havia dentro encharcou também. Tivemos que mandar secar no hotel, enquanto dormíamos um pouco.
No dia seguinte, sim... retornamos a Machu Picchu com sol e calor. E aí as fotos falam por elas mesmas... foi quando eu olhei pra aquilo tudo e disse "puxa"... compare a do primeiro dia com a do segundo.
Como no primeiro dia não conseguimos ver nada da Porta do Sol e estávamos bem mais dispostos depois de uma boa noite de sono, decidimos caminhar cerca de 4 Km até lá. Realmente dá pra ver a cidade pequenininha lá embaixo. Ouvi um comentário na época que no dia 21/06, data do solstício de inverno, o sol e se projeta por essa rocha até um templo lá na cidade, templo esse sagrado.
Existem alguns sites bacanas que explicam melhor as construções da cidade, então pra não plagiar a informação aí vão os links:
- http://www.peru.info/p_ftohistoriaptg.asp?pdr=576&jrq=4.1.16.7&ic=6&ids=2560
- http://www.machupicchu.com.br/machupicchu/templos/templos1.htm
- http://www.ciaecoturismo.com.br/ (mais resumido de todos)
Os 7 lugares mais incríveis
1 - Laguna Torre (El Chaltén - Argentina)
2 - Lake Tahoe (Califórnia/Nevada - Estados Unidos)
3 - Capela Sistina (Vaticano)
4 - Machu Picchu
5 - ...
6 - ...
7 - ...
Aguarde, faltam apenas 3 lugares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário