domingo, 19 de agosto de 2012

1 ano e 5 meses

Impressionante como ao longo do último mês, meu filhote fez vários avanços silábicos. Claro, ele só fala aquilo que lhe interessa, mas é bonitinho de vê-lo se comunicando.

Aprendeu a dizer "esse" para o objeto que está escolhendo. Também diz "aqui" ou "ali" para mostrar onde está determinada coisa ou pessoa. Já fala direitinho "papai" e "mamãe". Também diz "mãe" e atira objetos no chão apenas para dizer "caiu".

Ele tem palavras (embora não corretas) para mostrar o que quer: "adi" significa "abre", "muma" significa "arruma", "ninina" é "menina" e "au" seguido de um abano é "tchau".

"Din don" é o balanço da pracinha. Ele ama ir pra pracinha. Pega a chave, corre pra porta e diz "din don". Não sei como ele aprendeu, mas sobe sozinho no escorregador. Quando chega lá em cima, senta direitinho. O único problema é escorregar propriamente. Ele ainda se desequilibra pra escorregar e a gente tem que ficar de olho.

Também aprendeu a dizer "cocô" quando enxerga sua fralda suja. Aliás, quando faz cocô, ele chega perto da gente e anuncia. O próximo passo é fazê-lo dizer isso antes de sujar a fralda.

Não sei se com todas as crianças é assim, mas o espertinho testa cada vez mais seus limites. Se antes ele parava quando a gente dizia "não", agora ele sabe que é "não", mas faz mesmo assim, encarando. Obviamente que ele aprendeu o significado da palavra castigo. Não tem sido muito eficiente deixá-lo sentado num cantinho, como as psicólogas orientam, já que ele é muito inquieto. Mas colocá-lo no quarto e fechar a porta por 1 minuto, tem ajudado bastante. Ele volta bem comportado.

Essa coisa do castigo, aliás, tem-me feito passar por situações embaraçosas na rua. Nós o ameaçávamos dizendo que se fazia algo errado era "pá". Pois agora, na rua ou no supermercado, quando eu olho bem séria, ele imita o "pá" batendo na perninha. As pessoas devem pensar que o coitado é espancado em casa.

Ele está naquela idade em que faz escândalos, esperneando quando contrariado. Hoje mesmo, na rua fez dessas. Quando faz isso, não cedo para ele ficar quieto. Eu o retiro do lugar onde está falando baixo, mas bem sério. Não sei se é o melhor remédio, mas sempre odiei criança birrenta e prefiro os olhares de reprovação do que filho mal-educado.

A questão toda é que o mau humor e sua birra são na maioria das vezes em casa. Na pracinha, ele brinca direitinho, não tira brinquedo das outras crianças, fica ao lado, esperando a sua vez. Sabe repartir os brinquedos. Quando quer brincar com algo, ele dá uma coisa sua em troca. O problema é que ele simplesmente não gosta de voltar pra casa, como se o lugar em que mora fosse o consultório do dentista.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Honrarias olímpicas

Seguindo o exemplo do post de 2008, fecho aqui o balanço de Londres com os vencedores nas categorias do blog:

Medalha "já não vi esse filme antes?": para seleção masculina de futebol - sem comentários adicionais.

Medalha "já não vi esse filme antes? - parte 2": para Fabiana Murer e o vento que não a deixou passar de 4,55m.

Medalha "eu continuo sendo o cara": para Usain Bolt que parece não ter percebido o tal vento e quebrou todos os recordes olímpicos  das provas em que participou.

Medalha "eu não sou mais o cara": para César Cielo que dominou a prova dos 50m da natação nos últimos quatro anos e deixou pra perder justo na olimpíada.

Medalha "a injustiçada da olimpíada": para a pobre esgrimista coreana Shin A. Lam que perdeu uma luta em que faltava um segundo para o fim (houve 3 reinícios, que levam mais do que 1s e o cronômetro permaneceu travado) e ficou sentada na pista por mais de 40 minutos, aos prantos.

Medalha "escolhendo adversário": para a seleção feminina da Noruega de handball que se fez de morta, classificando-se em 4o na chave e derrotou o Brasil, que tinha sido 1o nas quartas de final quando este chegou a estar a frente por diferença de 6 gols.

Medalha "a gente veio pra semifinal": pra delegação de natação brasileira que parou quase inteira nas semifinais.

Medalha "o chorão da olimpíada": para o dominicano Félix Sanchez, de 37 anos que ganhou os 400m com barreira e chorou desconsoladamente no pódio

Medalha "cena marcante": para a troca de número de identificação entre Kirani James e Oscar Pistorius (o atleta amputado, que corre com próteses) na semifinal dos 400m rasos. Nesse caso, o vencedor

Medalha "a persistência é a alma do negócio": Pra seleção de basquete da Lituânia (já falei deles aqui em 2008), a única seleção que conseguiu fazer alguma frente pro basquete dos EUA, por algum tempo.

Medalha "sem pudor": pra atleta tcheca flagrada tirando a calcinha em pleno estádio olímpico.

Medalha "se fazendo de morto", para os quartos colocados que saíram campeões ao final: feminino do Brasil no vôlei, handball feminino da Noruega, Arthur Zanetti (que tinha sido quarto na classificatória).

Medalha "batendo na trave" (alguns de novo): pros brasileiros Thiago Pereira, Bruno Fratus, Diogo Silva, Thiago Camilo, Maria Suelen e Marilson dos Santos. Todos ficaram em quarto ou quinto.

A frase mais cliché: "A ficha não caiu..." - dita por todos os brasileiros que ganharam uma medalha.

Segunda frase mais cliché: "Não sei o que aconteceu." - dita por quase todos os brasileiros que perderam.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Pitaco olímpico

Tenho bem mais interesse por esporte olímpico do que de futebol, então, apesar de não ser especialista, sinto-me habilitada para dar meus pitacos aqui de quatro em quatro anos.

Quem costuma acompanhar Olimpíada sabe que sempre se falou no baixo número de medalhas trazidas pelos atletas brasileiros relacionando tal fato à falta de investimento no esporte olímpico e à falta de infra-estrutura de treinamento.

Creio que esse mito foi definitivamente derrubado. Nunca se investiu tanto em esporte no país como no último ciclo olímpico, os sites de notícias não param de anunciar. O problema é que não basta só dinheiro. É necessário dinheiro bem empregado. Como somos campeões da modalidade de mau uso do dinheiro público, por que seria diferente no esporte? Nesse ano, foi montada uma superestrutura para os atletas em Londres. A pergunta é: de que adianta superestrutura dias antes dos jogos?

Iniciativas como bolsa-atleta são interessantes, mas o maior volume de dinheiro deveria ser investido mesmo em educação. E quando falo em educação, falo em escolas com infra-estrutura decente e não onde faltam até mesmo vidros e portas. Escolas que tenham computadores, mas também tenham quadras esportivas e ofereçam esportes como atividades extraclasse aos alunos. Aliás, que ofereçam outras atividades pra quem também não gosta de esporte, como música. Isso sim, traria a transformação social que se almeja, porque colocaria foco na cabeça de crianças e adolescentes que hoje estudam em um turno e no outro ficam por aí. E desse volume de gente é que uns poucos se sobressairiam e aí, sim, teriam apoio pra fazer disso uma profissão.

Mas isso é sonho.

A realidade é que tivemos bons e maus exemplos nesses últimos jogos. Não vou falar aqui de atleta que amarela, porque em toda seleção há atletas que falham. O nosso problema é ter poucos atletas bons o bastante pra ganhar medalha. Se o volume fosse maior, a falha de um ou de um time, não teria tanto peso.

Talvez seja cedo para dizer, mas me parece que o boxe está fazendo bom uso do investimento. Saltamos de nenhuma representatividade para 2 medalhas e outras tantas quartas de final. O judô parece ter feito uma preparação adequada e também teve resultados bem mais significativos, principalmente no feminino, do que em outros jogos.

Já não se pode dizer o mesmo da natação. Creio que o único nome novo com representatividade surgido nos últimos quatro anos (apesar de não ganhar medalha) foi Bruno Fratus. Quase a totalidade da delegação piorou seus tempos pessoais nessa olimpíada. Isso só pode significar uma coisa: preparação mal feita, afinal a maioria dos atletas costumam melhorar marcas pessoais nos jogos. Se quase uma delegação inteira piorou é porque algo está errado.

Ginástica é um caso a parte. Existe uma richa na confederação da categoria formada pelos atuais dirigentes, que defendem que o monopólio do esporte permaneça com determinados clubes (como o flamengo) e os antigos, que defendiam a manutenção de uma seleção permanente. Quando houve a mudança de dirigentes, os técnicos estrangeiros foram embora, o que pode explicar a questão da ausência de renovação na seleção feminina. Aliás, achei muito legal a medalha de ouro não ter saído de um desses clubes de peso (lembrem-se que os irmãos Hypólito e Jade Barbosa são atletas do flamengo) e sim de um atleta que há bem pouco tempo só recebia apoio da prefeitura de sua cidade. Mostrou que o atleta pode ser vencedor, apesar da sua confederação. Antes da competição iniciar quem entende de esporte sabia que se alguém tinha alguma chance na ginástica era o Zanetti e não o Hypólito.

Lembro que uma vez Oleg, o ucraniano que treinava a seleção feminina de ginástica, ter dito que não se fazia uma seleção de ginástica com 5 meninas boas, já que as lesões no esporte são muito comuns. Países como a China tinham 100 em condições, de modo que uma ginasta poderia ser substituída às vésperas da competição sem grande prejuízo. Talvez seja uma lição que a gente tenha que aprender em vários esportes.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ah, os médicos...

Desconfio que em breve os médicos de Porto Alegre alertarão suas secretárias para que não me deixem agendar consultas com eles, mas enquanto isso não acontece, continuo com minha campanha pela humanização da medicina que iniciei no post A angústia da espera.  Poderia até dizer que esta é uma parte 2 daquela explanação.

O fato é que, passados 6 meses daquele post, finalmente fui consultar outro mastologista para pedir uma segunda opinião sobre operar ou não o nódulo (supostamente benigno) que tenho no seio. Desta vez escolhi uma mulher, acreditando que ela valorizaria mais o pedaço do meu seio que querem arrancar.

Ela foi simpática, atenciosa, etc, mas disse exatamente essas palavras: "não tenho a menor dúvida de que tem que operar". Pior: elogiou o ser antipático que me atendeu em janeiro, dizendo que eu deveria fazer a cirurgia com ele, porque ele é ótimo. Super ética, não me quis como paciente, me mandou de volta pro bossal!

Juro que estou começando a acreditar que eu deva ter um karma de outra vida com o bossal!

O problema dos médicos (e tenho uma irmã médica) é justamente acreditar que basta o cara ser tecnicamente bom pra ser um bom médico, o que, do ponto de vista do paciente, é uma inverdade. Do nosso ponto de vista, pro cara ser bom, ele tem que ser um pouco mais que isso. Valorizo atitudes como atenção, saber ouvir e demonstrar um mínimo de interesse pelo meu conforto e bem estar. Médico interessado em operar na sexta-feira de tarde, pra me deixar dormir no hospital, porque ele tem mais o que fazer do que esperar 3 horas lá pra me dar alta, não tem a menor chance comigo... Pessoas que retiram tumores saem do hospital no mesmo dia, por que eu, que vou tirar um pedacinho de nada, tenho que dormir lá?

Quem não gosta de gente, tem que fazer faculdade de ciências da computação, não medicina (ah, mas aí o cara não vai ter o "status").

Então, se algum doutor estiver lendo isso, aprenda. Eu vou continuar procurando um mastologista de confiança, porque está bem difícil.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

16 meses

Não sei se existe uma idade em que as crianças passam a entender as coisas, mas posso dizer que com 1 ano e 4 meses, meu gurizinho já entende pra caramba o que a gente diz. O vocabulário dele continua pequeno, mas entende tudo. Sabe quando vai passear, quando vai tomar banho, que tem que colocar babeiro pra comer, que tem que levar o prato pra pia depois de comer, enxerga o que há na mamadeira... sabe quando é xingado e o que fez de errado pra ser tratado daquela maneira.

Já sabe que precisa esperar o "homenzinho verde" aparecer pra atravessar a rua, que deve dar a mão para atravessar a rua, que chaves abrem portas e portões e que certas coisas devem ser colocadas no lixo (mas não a mamadeira dele).

Meu guri sabe mostrar seu nariz, seu umbigo, sua cabeça, sua língua e sua orelha. Mostra também a mão e o pé. Quando digo "vamos escovar os dentinhos", corre para o banheiro e espera a pasta de dente.

Já sabe mandar beijo, mas só quando ele está a fim. Não gosta de trocar fraldas, mas gosta de colocar o casaco, porque faz isso antes de ir para a rua.

Sabe o que é "cacaca" e insiste em colocar na boca mesmo assim.

E o mais bonitinho de tudo: sabe rodopiar e sambar.

domingo, 24 de junho de 2012

15 meses

Achei que quando o menino completasse 1 ano e 3 meses seu repertório de palavrinhas estaria maior, mas que nada. A única adição de palavra no mês foi o "cacaca". Para qualquer coisa agora ele diz "cacaca" antes de levar à boca. Qualquer coisa mesmo: terra, inseto, papel, seu próprio sapato, o controle remoto da TV, nada escapa.

O que estou gostando nessa fase é que os livros de histórias estão começando a chamar a sua atenção. Ele tem um livro de bichinhos de fazenda, adora folhear o livro e fazer os barulhinhos dos bichos. Minha mãe também guardou alguns livros de histórias do nosso tempo de infância que ele adora folhear.

Muito mais do que falar, seu interesse atual consiste em: subir e descer do sofá, ligar e desligar a TV sem parar, trocar de canal sem parar. Quando desliga a TV, gesticula com os bracinhos e fala "bou", de "acabou".

O que continuo não gostando é de acordar no meio da noite (logo eu, que acho que a noite foi feita para se dormir). Pois de uns tempos pra cá, o menino resolveu acordar no meio da noite e ficar acordado, se remexendo na cama. Chega a levar 2 horas para dormir novamente. Lógico que tentamos deixá-lo no próprio berço, mas aí ele fica em pé por horas. E como tenho medo que ele se jogue do berço, acabo ficando acordada também. O mais engraçado dessa história é que ele não tem dificuldade para dormir às 9h da noite, é muito tranquilo. Mas perde o sono de madrugada e aí não tem jeito.

A única coisa que faz com que ele durma uma noite completa é Hixizine (um antialérgico que dá sono). A pediatra disse que eu poderia usar por 10 dias. Foram dias melhores, mas tive que parar e aí o inferno voltou. Meu marido acha que ele é mal-educado e indisciplinado por minha causa, mas não me considero uma mãe permissiva, pelo contrário passo quase o dia inteiro xingando o guri. Deve, sim, ser castigo divino porque nunca tive a menor paciência com meninos hiperativos. Aliás, estou convencida de que mesmo com pais não-permissivos, algumas crianças são difíceis mesmo.

Ao que tudo indica o guri não vai ser daqueles que deixa a casa desorganizada. Ele adquiriu um novo hábito que é o de levar a mamadeira para a pia quando termina. Também já sabe colocar embalagens vazias no lixo. E o mais engraçado de tudo: ele pega o papel higiênico e passa no meio das pernas (por cima da roupa) como se estivesse se limpando.

Com 1 ano e três meses, foi necessário fazer o reforço das vacinas Pentavalente e Pneumo. Ele nunca tinha feito escândalo pra tomar a picada, mas dessa vez, fiquei envergonhada. Entrou na sala de vacinas e já começou a chorar. Será que ele lembra da última vez? Impossível.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Mau momento

Dias atrás me deparei com um texto que expressa muito bem o que aconteceu com minha família recentemente. Foi escrito por Cláudia Laitano, para a Zero Hora e publicado em 07.04.2012. Chama-se "Cair do Cavalo". Em resumo, o que ela comenta é que todo mundo um dia cai do cavalo (alguns literalmente).

Meu pai submeteu-se a uma cirurgia de grande porte semana passada. As primeiras 48 horas seriam determinantes pro sucesso. A cirurgia foi super bem sucedida, as primeiras 48 horas foram tranquilas e ele já contava com a alta da UTI no dia seguinte. Todos nós contávamos. Cheguei em casa na noite de quinta-feira feliz e aliviada. Então, na última noite de UTI, sofreu um infarto que o colocou numa situação bem mais complicada.

Agora estamos todos aqui, tentando assimilar o que aconteceu, rezando e tentando tocar a vida. Claro que como toda a desgraça vem acompanhada de desgraças menores, estamos tendo outros pequenos problemas pra resolver. E a gente fica o tempo todo pensando que o dia de amanhã vai ser melhor.

Segundo o texto que citei acima (que peço a licença para transcrever), "para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos, e nossa atenção tem que estar o tempo todo sendo reorientada para onde ela deveria estar: aqui e agora. Cair do cavalo pode ser inevitável, mas prestar atenção na paisagem é o que faz o passeio valer a pena".

O problema numa hora dessas é tentar tirar alguma coisa de positivo sem pensar em futuro. Porque a gente passa a maior parte do tempo pensando que amanhã vai ser melhor. Aliás, ao longo dos últimos anos, tenho sempre pensado que tudo vai melhorar. Meu filho passava noites chorando enquanto bebê? Até ele completar um ano passa. Ele já está com um ano e continua a berrar. Então, penso que quando ficar um pouco mais velho passa. O trabalho está ruim? Vou passar num concurso melhor. E aí se vão mais de 3 anos no mesmo trabalho ruim e sem a menor perspectiva de um novo concurso.

Nesse tempo, se eu não prestar bem a atenção, talvez eu não perceba como é bom dormir com meu filho ao meu lado na cama e talvez esqueça que este mesmo trabalho ruim me dá a chance de ficar mais tempo com ele e também de desenvolver outros projetos, que podem não render nada financeiramente, mas que são importantes pra que me sinta útil na sociedade.

Então, por mais difícil que a situação se apresente, não dá pra pensar em ser feliz amanhã. A vida tem que seguir o seu curso e se a gente não encontrar uma forma de ser feliz com o que tem, talvez não seja feliz nunca.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A escolinha e o bebê de 1 ano

Uma questão sempre polêmica é o quando colocar um bebê na escolinha. Tenho uma opinião pessoal que não é embasada em nenhum artigo científico. Também não sou psicóloga, nem pedagoga, nem estudiosa do tema. Minha opinião é baseada unicamente na minha experiência como mãe.

Se eu tivesse a opção de não colocar meu filho na escola antes dos 2 anos, não colocaria. Meu bebê começou a ir com 1 ano, pela necessidade. Mas não vi grandes benefícios pra ele desde que entrou.Os benefícios são pra nós, já que a escola fica próxima de casa e não perdemos muito tempo.

Primeiro: dizem que crianças que vão para a escolinha aprendem a dormir sozinhas. Meu guri vai apenas meio turno, então, essa parte ficou prejudicada, pois ele dorme antes de ir. Também dizem que se tornam mais independentes. O que notei foi exatamente o contrário: ele ficou muito mais grudado em mim, desde que começou a ir pra lá.

Mas o que de pior aconteceu foram as doenças: em três meses de escolinha, ele pegou duas gastroenterites, uma amigdalite, um resfriado atrás do outro e ainda uma tosse, que não deixava nem ele, nem nós dormirmos direito à noite. Tivemos uma semana de trégua e novo resfriado com tosse. Quando esse resfriado parecia controlado, febre de quase 39 C.

Comecei a ficar preocupada com esse monte de doenças, mas, então, uma colega, que tem a filha com 11 meses me disse ontem que decidiu tirá-la da escolinha por enquanto. Fazia dois meses que a menina tinha uma gripe que não sarava. Quer dizer, parece que escolinha e esse nosso clima de sobreviventes (e olha que o clima nem tem estado tão ruim assim) não combinam.

Pra completar, ele nem sempre come a comida da escolinha, o que nos obriga a sempre ter uma janta extra em casa. Aliás, a janta, nas escolinhas, é servida antes das 17h, então, mesmo que jante, ele vai ter que jantar novamente em casa depois.

O que eu vi de beneficio até agora: apenas o convívio social com outras crianças. Creio que ele aprendeu a se defender delas, mas ainda não gosta de brincar com elas. Na verdade, ele não se interessa muito por brincar com crianças da sua idade. Gosta é de olhar os grandes correndo na pracinha.

Na apresentação do dia das mães estava esperando que ele dançasse, como faz aqui em casa. Mas que nada: ficou assustado com aquele monte de gente e só queria colo.

Também acho bobagem fazê-los fazerem trabalhinhos nessa idade ou "portfólio", como sei que algumas escolas montam. Eles ainda não tem concentração suficiente pra isso, já foi uma briga fazê-lo parar quieto 1 minuto pra colocar a mãozinha na tinta num cartão para as avós.

Enfim, se tivesse outra opção, nesse exato momento, daria um tempo na escolinha.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Diário de mãe: 14 meses

Antes de completar 14 meses, aconteceu o que talvez tenha sido o momento mais emocionante desde o nascimento do meu filho. Ele olhou bem nos meus olhos e chamou: mamã. Depois disso, passou a fazer isso com frequência. Quando me vê, diz o mamã e também fala o papá ou babá para o pai. É lindo ver que aquele serzinho que era tão pequenino agora já corre por aí e fala palavras com significado. Li em algum lugar que com 1 ano e 3 meses, 75% das crianças fala mamá, papá e mais três palavras. O meu já fala "gol" quando atira uma bola, o "não, não" sacudindo os dedinhos e o "nenê", para fotos de crianças.

 Recentemente, ele descobriu "A Galinha Pintadinha". Realmente é um santo remédio, como dizem. Ele fica vidrado no computador assistindo e dançando por uns bons minutos. Já faz até o gesto dos dedinhos quando eles se saúdam na música e dá voltinha.

A fase atual é a fase das travessuras. Ele já fez algumas nos últimos tempos:
1) Virou um balde cheio de água na área de serviço e me "ajudou" a secar, espalhando tudo para os dois lados, com as mãozinhas.
2) Virou um saco de arroz na cozinha, enquanto eu cozinhava (e também ajudou a juntar espalhando tudo pro lado).
3) Todos os dias puxa o rolo de papel higiênico, tira pedacinhos e me traz.
4) Todos os dias leva a balança (de pesar) para algum lugar e sobe para ficar mais alto e alcançar o objeto de desejo.

O pequeno também já cumpre algumas ordens. Ele tem a mania de bater na gente e puxar o cabelo. Pois quando digo, "na fulana é só carinho", ele pára de bater e passa a mãozinha delicadamente pelo rosto da pessoa. Também já traz alguns objetos quando peço e já se encaminha pro banheiro, quando falamos que é hora do banho. Também sacode a cabeça afirmativamente quando pergunto se ele quer papá (comida).

Apesar de ser uma fase em que a gente tem que ficar todo o tempo de olho neles (haja energia), talvez estejamos vivendo o melhor momento desde que ele nasceu. Ele faz uma descoberta nova a cada dia e a gente vibra muito com isso. É uma fase boa também porque ele já tem um horário fixo de soninho durante o dia e dorme quase 2 horas, o que nos dá algum descanso.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

13 meses

Fiquei impressionada em como o entendimento do guri aumentou depois que completou 1 aninho. Ele ainda não fala muita coisa, mas já diz "nenê", quando vê uma criança, "gol", quando lança uma bola e "vrrrrrrrrr", quando empurra seus carrinhos. Também fala "papa" quando me vê preparando sua comida e a campeã de todas as palavras: "não, não", sacudindo o dedinho indicador. Só que entende quase tudo o que a gente diz, desde que não esteja bravo ou com sono.

Dias desses nos deu novo susto. Virou-se no trocador no momento em que estava sendo vestido, após o banho e não fui rápida o bastante para segurar: caiu e bateu de testa no chão. Acho que nunca o vi chorar tanto e tão gritado, pobrezinho. Depois, foi ficando sonolento e decidi levá-lo a uma emergência em um hospital. Poderia ter ficado só observando em casa, mas fiquei com medo, principalmente, por causa do sono dele. O guri teve que fazer a primeira tomografia da vida dele. Provavelmente não se lembrará, porque apagou antes dela, mas ficamos todos mais tranquilos. Já posso chamá-lo de "cabeça-dura" agora. Não quebrou nada, graças a Deus!

Na atual fase, ele está muito interessado por brinquedos de rosquear e encaixar. Tem um interesse especial por chaves, uma vez que parece compreender que estas abrem portas.

Anda muito briguento para dormir durante o dia. Não quer de jeito nenhum. O que tenho feito é deixá-lo acordado pela manhã, dar o almoço em torno das 11h30min e depois deixá-lo dormir tomando o suco. Se dorme bem nesse horário, depois vai bem até às 21h. Se não dorme, acaba ficando com sono no fim da tarde, o que é péssimo, porque atrapalha o horário de ir para a cama à noite.

Aliás, na noite passada, pela primeira vez (acredite se quiser), consegui fazê-lo passar a noite inteira sem mamar. Jantou às 17h e, novamente, às 19h30min, além de tomar 240ml de leite antes de deitar. Sempre invejei mães que dizem o filho dormir a noite inteira desde os 3 meses. O meu até estava dormindo bem, mas virava bicho, se não tinha leite ali pela 1h da manhã. Espero que de agora em diante, eu consiga finalmente eliminar essa mamadeira do início da madrugada.

Depois de um mês frequentando a escolinha, não posso dizer que houve uma grande evolução ou regressão no comportamento dele. É fato, que agora pega muito mais "ites". Em pouco mais de um mês foram 3 (gastroenterite, otite, amigdalite), isso sem contar um resfriado. Mas, falando de evoluções, acho que apenas aprendeu a se defender de outras crianças (antes ele era bem paspalho). O lado ruim, é que aprendeu a tirar brinquedos dos outros também, o que não achei uma boa. Ah, e agora sabe dar voltinha dançando. Uma graça de ver!