Existe nas Olimpíadas uma honraria concedida a atletas que demonstrem alto grau de esportividade e espírito olímpico durante a disputa dos Jogos. É a Medalha Pierre de Coubertin, que já foi ganha pelo brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, aquele que foi agredido pelo fanático religioso quando estava na 1a posição na Maratona de Atenas 2004.
Seguindo este espírito, poderíamos também implementar outras medalhas de honraria para certas participações olímpicas, como por exemplo:
Medalha Atleta mais fominha: unanimidade absoluta, Michael Phelps, com suas 8 medalhas de ouro e sua mão mágica na batida que não deram chance pra ninguém.
Medalha Replay: este prêmio seria dividido entre Daiane dos Santos e a seleção feminina de futebol que repetiram as atuações anteriores, a primeira pisando fora do solo, a segunda repetindo a prata.
Medalha "ué, vocês vieram mesmo pra Olimpíada?": para a equipe do basquete feminino do Brasil que conseguiu uma vitória apenas em toda competição.
Medalha "o importante é competir": para Joanna Maranhão, 5º lugar em Atenas e 22º em Pequim que declarou "estar mais feliz com o desempenho do que muito atleta que ganha ouro".
Medalha "o importante não é competir": para o lutador sueco Ara Abrahamian que jogou fora a medalha de bronze, irritado com uma decisão dos juízes que o tirou da final. Forte concorrente da categoria "eu não sei perder" também.
Medalha Bateu na trave: aqui temos um número enorme de brasileiros pra dividir a honraria: Renata e Talita que ficaram no quarto lugar do vôlei de praia, Ana Marcela, a atleta da maratona aquática que terminou em quinto, o revezamento 4x100 masculino e feminino que chegou em quarto e Tiago Pereira, quarto nos 200m medley.
Medalha "um dia eu chego lá": para a seleção de basquete da Lituânia que nas últimas 5 olimpíadas foi derrotada nas semi-finais, nunca chegando a uma final olímpica.
Medalha Lambança Geral: Honraria dividida pelo responsável pelas varas das atletas do salto com vara feminino que conseguiu perder a vara da brasileira Fabiana Murer e para a Organização dos Jogos, achou que cairia bem um pedido de desculpas onde diz que "o atleta é o responsável por cuidar do seu equipamento".
Medalha "Se eu não sou o centro das atenções, eu não brinco": para a CBF representada por seu presidente Ricardo Teixeira por:
a) ter feito toda a confusão com a história do logotipo na camisa, muito bem narrada pelo
Bob Fernandes. A melhor parte é onde ele diz que os jogadores adversários "sentirão falta da camisa 5 estrelas". Lógico! Está explicado porque perdemos para a Argentina. Foi a falta do símbolo da CBF na camisa.
b) ter colocado em seu site que o futebol teve 100% de aproveitamento nos jogos, em clara afronta ao COB.
Ora, ora, na minha humilde opinião, considerando o dinheiro que o futebol masculino movimenta nesse país em comparação com outros esportes, Ronaldinho Gaúcho e cia. não fizeram mais do que a obrigação em ganhar aquela medalha de bronze. Alguém por um acaso paga ingresso para ver outros esportes, como se paga no futebol? Já fui assistir jogo de vôlei da Liga Nacional ali na Ulbra e não pagamos nada.
Medalha Pavio Curto: para o atleta cubano Angel Valodia Matos que inconformado com a desclassificação no taekwondo agrediu o árbitro com um pontapé.
Medalha A-L-E-L-U-I-A: Para a seleção de vôlei feminino que, enfim, perdeu o medo de ganhar.
Medalha "O tempo não passa": Para a nadadora americana Dara Torres que aos 41 anos de idade, ganhou 3 medalhas de prata deixando para trás em uma das provas uma australiana de 17 (e olha que ela foi mãe aos 39).
Medalha Musa Olímpica: Alguém tem alguma dúvida? Yelena Isinbayeva, a russa do salto com vara, craque na competição e uma simpatia, o que demonstra que um grande campeão também sabe se portar.
Medalha Maior Decepção: Diego Hypolito - não tem como explicar o que aconteceu no final daquela prova que já estava ganha.
Medalha de Melhor Maquiagem: Mais uma vez o prêmio vai para a organização dos jogos, pela
cerimônia de abertura. Segundo o IG: "o mundo acabou por saber que a beleza que viu pela televisão tinha sido melhorada por computador, uma criança que cantou durante o show foi substituída por uma outra de rosto mais bonito, que dublou a voz da primeira, e que faltaram representantes das minorias étnicas chinesas".
Medalha de Melhor Fotografia: Puxa, a organização dos jogos está levando todas.... Durante as maratonas masculina e feminina, enquanto os competidores passavam pela Praça Tiananmen, a foto de Mao Tse Tung aparecia por vários segundos com foco centralizado na TV. Muito estratégico!
Medalha Maior Surpresa: Sem dúvida, César Cielo, um nome que não era tão festejado quanto Tiago Pereira, mas que foi lá, fez a sua parte e ganhou 2 medalhas, uma delas o primeiro ouro da história da natação brasileira. Não teve quem não se emocionou com o choro durante o hino nacional.
Menção Honrosa: Agora, sem brincadeira, para as mulheres do Brasil, principalmente Maurren Maggi, as meninas do vôlei, Kétlyn Quadros, Natália Falavigna e as velejadoras Fernanda Oliveira e Isabel Swan. Não fosse por elas, a nossa posição do quadro de medalhas seria fraquinha, fraquinha.
PS.: O post de hoje é dedicado ao Juliano que acertou as 15 medalhas, enquanto eu previ 12. Sim, Juliano, tu entendes mais de esporte do que eu. Nunca questionei isso :). Mas, sem falsa modéstia, acho que este post prova que estou em constante evolução, pelo menos no que diz respeito à atenção.